Conforto Acustico
Artigos Científicos: Conforto Acustico. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 10/10/2014 • 4.752 Palavras (20 Páginas) • 1.170 Visualizações
A noção de conforto ambiental deve-se aos nossos 5 sentidos. Portanto, é uma resposta subjetiva, determinando quais condições são favoráveis ou não.
Figura 1- Excesso de ruído. Fonte: http://www.eps.ufsc.br/ergon/disciplinas/EPS5225/index.htm
A acústica estuda os fenômenos do som e sua interação com nossos sentidos para minimizar as condições desfavoráveis, como ruídos, buscando:
9 Eliminar/reduzir ao máximo os ruídos que podem comprometer a audição;
9 “Controlar” os sons, evitando interferências excessivas (ecos, reverberações, etc.), garantindo entendimento perfeito entre ouvinte e locutor.
2- CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2.1 Natureza do som
Som é uma onda mecânica e depende de quatro fatores:
9 Fonte: excitação mecânica da superfície - inicia a perturbação.
9 Superfície: quando excitada pela fonte produz vibrações;
9 Meio de propagação: caminho físico do som – sólido, líquido ou gasoso; Receptor: o de maior interesse, na acústica é o homem.
Figura 2- Representação gráfica de uma onda sonora. Fonte: site – www.feiradeciencias.com.br
O som se propaga por movimentos oscilatórios - molécula oscila em seu ponto original – e causa regiões de condensação e rarefação (a pressão varia).
A perturbação da superfície (fonte primária) desencadeia movimentos oscilatórios sucessivos no meio (fonte secundária), até chegar ao receptor.
Facilitando o estudo do comportamento de ondas sonoras, convenciona-se:
9 Frente de onda - “linha” que une pontos de mesma fase (rarefação ou compressão). Esférica próxima à fonte e plana quando afastada;
9 Raio sonoro -consiste em uma linha imaginária perpendicular à frente de onda que determina a direção da frente de onda
Figura 2- Fonte: Bernardi, 2003.
2.1.1 Recepção do som pelo ouvido humano
A função do sistema auditivo é transformar ondas mecânicas do som em impulsos elétricos (entendíveis ao cérebro), e é formado por três partes:
9 O ouvido externo: pavilhão (“concha acústica” cartilaginosa), que capta os sons encaminhado-os pelo canal auditivo até o tímpano;
9 O ouvido médio: tímpano (membrana) vibra e transmite a energia para os ossículos martelo, bigorna e estribo, nesta ordem, reduzindo a amplitude da onda e intensificando a energia para o ouvido interno;
9 O ouvido interno: membrana tubular (caracol), preenchida de líquido que transmite a energia vibratória às células, e estas mandam estímulos eletroquímicos ao cérebro pelo nervo auditivo.
Figura 3- Ouvido humano. Fonte: site:
www.corpohumano.hpg.ig.com.br/aprsensoriais/ouvido/ouvido.html (16/08/05)
Curiosidade: a intensidade é percebida pela quantidade de células excitadas no
caracol, e cada segmento vibra em uma determinada nota
Figura 4- Diferença de sensibilidade do ouvido. Fonte: site
www.corpohumano.hpg.ig.com.br/apr_sensoriais/ouvido/ouvido.html (16/08/05)
2.1.2. Som X Ruído
Distinguimos dois tipos de som, pela agradabilidade ou desconforto: o som musical e o ruído; ou ainda pelas características físicas.
Figura 5- Som e ruído. Fonte: Feira de ciências
Ruídos podem incomodar (percepção subjetiva) ou danificar imediata e irreversivelmente o ouvido, conforme o tempo e intensidade de exposição.
Valor em dB (A) pelo qual o nível sonoro corrigido ultrapassa o nível
critério RESPOSTA DA COMUNIDADE
CATEGORIA DESCRIÇÃO
0 Nenhuma Não se observa reação
5 Pouca Queixas esporádicas
10 Média Queixas generalizadas
15 Enérgicas Ação comunitária
20 Muito Enérgicas Ação comunitária vigorosa
Tabela 1: Respostas estimadas da comunidade ao ruído. Fonte: NBR 10151 (ABNT, 2000).
2.2 Características do som - onda sonora
O entendimento das características físicas do som como onda é de suma importância para os estudos de projetos acústicos!
2.2.1 Freqüência (f), Comprimento de onda (λ) e Fase
Para a Física, freqüência é a quantidade de vezes que a molécula oscila em 1 segundo, medida em Hertz ou c/s (ciclo por segundo). Também considerada o inverso do período (T) e determina o tom grave ou agudo.
Figura 6- O ponteiro do relógio à esquerda realiza uma rotação marcando um segundo. A onda à direita completa um ciclo. A freqüência é igual a um Hertz. Fonte: Philips Eletronics (2000). p.12
O som mais grave que o ouvido humano consegue detectar é de
aproximadamente 20 Hz, e mais agudo está na faixa de 20.000 Hz
Figura 7- Freqüências e tons. Fonte: Ferraz Neto (2005) - www.feiradecienias.com.br
Freqüência Tipo de onda sonora
<20Hz Infra-som
20 Hz a 20.000Hz Sons audíveis (Humano)
20.0000Hz a 10 GHz Ultra-som
> 10GHz Hiper-som
Tabela 2- Tipos de onda sonora de acordo com a freqüência. Fonte: Adaptado de: Araújo e Regazzi (1999), p.52.
Verifica-se através das figuras anteriores que é possível determinar a oscilação completa da partícula, o comprimento de onda (λ), medido entre picos.
Existe uma relação inversa do comprimento de onda com a freqüência. Quanto menor a freqüência, maior o λ e quanto maior a freqüência, menor o λ.
Figura 8- Comprimento de onda X Freqüência - inversamente proporcionais.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Frequ%C3%AAncia
Outra característica da propagação de ondas é a fase, que depende do instante em que a onda começou, acarretando outros fenômenos.
Figura 9- Fase. Fonte: Ramalho e Gioia
Aqui, podemos falar do Efeito Doppler - mudança aparente de freqüência. Se fonte e observador se aproximam, o som fica mais agudo - a freqüência aparentemente aumenta e λ diminui. O contrário acontece se fonte e observador se afastam - freqüência diminui e λ aumenta (som mais grave).
Figura 10- Efeito Doppler. Fonte: site http://www.numaboa.com.br/coreto/tutor/grafs/doppler.gif
2.2.2 Amplitude, Intensidade, Escala Decibel e Nível de pressão sonora
Amplitude é o máximo valor atingido no eixo vertical (crista ou vale) em um período. É a grandeza responsável pelo “volume” do som.
Assim, ao invés de dizermos que o “volume” do som está “alto/baixo”, devemos dizer que ele está com alta/baixa amplitude ou intensidade.
Figura 11- Amplitude e intensidade. Fonte: site www.feiradeciencias.com.br
Amplitude e intensidade (ou pressão sonora) são diretamente proporcionais (aumentam ou decaem na mesma proporção).
Intensidade é a energia transmitida pelo som, em watt/m2, e reduz proporcionalmente ao quadrado da distância - duplicando a distância em relação à fonte, o som “diminui” 4 vezes.
Figura 12- intensidade e sons. Fonte : site www.feiradeciencias.com.br
Figura 13- pressão e nível e pressão sonora. Fonte: B&K, apud Cetesb, 2005.
A faixa muito ampla de intensidades (10-12 a 1 watt/m²) e o fato de incrementos iguais de sensação sonora necessitar de excitação exponencial forçaram a simplificação dos cálculos e manipulações dos dados sonoros.
Assim, adotou-se uma função logarítmica definindo a intensidade da sensação auditiva, resultando no nível sonoro de intensidade ou no nível sonoro de pressão, medidos em decibel (dB) - 1 bel = 10 decibéis.
Figura 14- Medidor de pressão sonora (“Decibelímetro “). Fonte: site www.squ1.com
2.2.3 Velocidade
A velocidade mede o espaço percorrido em determinado tempo. Independe da freqüência e da amplitude da onda, mas depende das características do meio em que se propaga: pressão, umidade, temperatura e do próprio meio (materiais diferentes).
Tabela 3- Velocidade do som em diferentes meios. Fonte: adaptado site www.squareone.com
2.3 Propagação do som
Qualquer planejamento de projeto acústico se baseia nos fenômenos de propagação do som no ar e sólidos, pois o som não se propaga no vácuo.
2.3.1 Reflexão
Para ondas de qualquer natureza, os ângulos dos raios incidentes e refletidos são iguais em uma mesma superfície, independente de sua natureza.
Figura 15- Reflexão. Fonte: site www.feiradeciencias.com.br
Contudo, a forma da superfície - plana (a), convexa (b) ou côncava (c) - interfere na direção do raio refletido, conforme apresentado na Fig. 16.
Figura 16- Comportamento do som: superfícies planas, convexas côncava. Fonte: CARVALHO, 1967, p.14.
Para raios divergentes, o som difunde, raios convergentes há formação de um foco, que deve ser evitado perto do ouvido do espectador.
A reflexão é a responsável pelos ecos e reverberações.
2.3.2 Absorção e Refração
A absorção ocorre na superfície incidente e é responsável pelo decaimento da energia sonora, fenômeno importante na arquitetura.
A energia absorvida pode ser transformada em outros tipos de energia (principalmente térmica), produzir nova fonte sonora no material incidente, ou refratar o som para o terceiro (energia transmitida).
Figura 17- Exemplo de absorção, reflexão e transmissão de som incidente em uma superfície. Fonte: (METHA; JOHNSON e ROCAFORT, 1999).
2.3.3 Difração
Escutar sons através de obstáculos não contínuos decorre deste fenômeno!
As ondas de rádio contornam as montanhas dessa forma. As de menor freqüência (ondas curtas) são as que mais refratam e as de baixa freqüência formam sombra (ausência de propagação atrás do obstáculo)!
Figura 18- Onda sonora se propagando com bareira. Fonte: Adaptado de: Araújo e Regazzi (1999), p.48.
Também pode ocorrer sobre obstáculo com orifício, pelo qual o som passa, e a onda difratada tem seu centro de propagação a partir do orifício.
Figura 19- Difusão sonora. Fonte: Carvalho, 1967, p. 17.
2.3.4 Interferência de ondas, Ondas Estacionárias e Harmônicos.
A interferência é a superposição da propagação de ondas. Pode ser: Construtiva - ondas em mesma fase somam suas amplitudes;
Destrutiva - ondas em fases diferentes anulam suas amplitudes.
Figura 20- Interferência de ondas. Fonte: Adaptado de: www.feiradeciencias.com.br
Este fenômeno associado à reflexão é responsável pela formação de ondas estacionárias - superposição de ondas iguais, mas de sentidos opostos.
Figura 21- Ondas estacionarias. Fonte: site www.feiradeciencias.com.br
Figura 22- Ondas estacionárias em cordas vibrantes. Fonte: http://www.moderna.com.br/moderna/fisica/faces/Cap.35.pdf
A interferência também é responsável pelos harmônicos - freqüência fundamental (f0) superposta por parciais (múltiplos de f0), - responsável pelo timbre, nos permitindo diferenciar sons de vozes e instrumentos diferentes (Fig.23).
Figura 23- Harmônicos. Fonte: Ramalho e Gioia, 2005.
3. COMPORTAMENTO DO SOM NOS RECINTOS
Figura 24- Incômodo na sala de aula. Fonte: Revista Nova Escola, n.º 179 Ed. Abril S/A (Jan/fev-2005)
Condições acústicas desfavoráveis acarretam problemas como: dificuldade de comunicação, irritabilidade e efeitos nocivos à audição e saúde.
3.1 Reverberação
Em ambientes fechados, existem dois campos sonoros: da fonte e o refletido. Chegando juntos, reforçam o som, chegando separados, em pequeno intervalo, atrapalham o entendimento, caracterizando a reverberação.
Figura 25- Campo direto e reverberado.
Fonte: <html.rincondelvago.com/absorcion-de-ondas-sonoras.html>
O tempo de reverberação mede o tempo entre: o desligamento da fonte e a extinção do som no ambiente, no qual a intensidade sonora cai 1 milhão de vezes (60 dB) - e representa a capacidade de absorção sonora do ambiente.
Figura 26- Nível de pressão sonora: decaimento em função do tempo. Fonte: (METHA; JOHNSON e ROCAFORT, 1999)
Esta medida depende do volume da sala (mais importante) da área das superfícies, do coeficiente de absorção de cada revestimento e da absorção.
Figura 27- Esquema da Sala reverberante do Laboratório de Acústica da UNICAMP.
Fonte: Adaptado do Laboratório de Conforto acústico-FEC/UNICAMP, junho/2005.
Tempos de reverberação de 3 a 2 segundos são aceitáveis; de 2 a 1,5, bons e de 1,5 a 0,5s muito bons, segundo Watson (apud Carvalho, 1967).
Figura 28- Tempos de reverberação recomendados para diversos tipos de recintos fechados em função do volume da sala. Fonte: NEPOMUCEMO (1977), p.55.
3.2 Eco
O eco é a repetição nítida e distinta de um som direto que, após refletido, chega aos nossos ouvidos em intervalo acima de 1/15 de segundo.
Considerando-se a velocidade do som no ar em 345 m/s, o objeto que causa essa reflexão no som deve estar a uma distância de 23 m ou mais.
3.3 Ruído e Inteligibilidade da voz
Uma conversa depende da inteligibilidade (> 90%) - nível de barulho baixo, ausência de ressonância forte, eco e concentração sonora - permitindo a compreensão do som em todo o ambiente, ainda que razoavelmente.
É útil o som que chega ao ouvido antes de 0,05 s, aumentando a sensação auditiva. Acima deste intervalo é prejudicial, dá origem à confusão (reverberação), pois, o ouvido bloqueia e se recompõe naquele intervalo.
Para cada volume de ambiente existe uma reverberação ideal garantindo a inteligibilidade. Para tempo de reverberação alto, uma palavra não tem tempo ser ouvida antes que se pronuncie a seguinte.
À relação entre som direto e som útil, chamamos nitidez ou clareza.
Figura 29- Variação da inteligibilidade da voz: platéia mais distante não ouve adequadamente.
Fonte: Fonte: www.ecophon.com.es/templates/Print.asp?id=14204& renderoption=5&CurrFName=/templates/eco_FDPage1.as
3.4 Acústica arquitetônica
O tratamento acústico visa atenuar o nível de energia sonora, através de isolamento atenuador, tratamento absorvente ou os dois combinados.
Para ouvintes em local diferente da fonte sonora, indicam-se barreiras ou painéis isolantes - no mesmo ambiente, superfícies acústicas absorventes.
3.4.1 Acústica dos recintos fechados
O comportamento do som nos recintos fechados depende
9 Da forma interna-o comportamento do som controlado pela reflexão - paredes e teto - quanto mais irregular maior será o desvio e enfraquecimento da energia sonora.
9 Capacidade de absorção e,
9 Do volume do compartimento
Recintos fechados devem possuir também condições mínimas de conforto térmico e visual e funcional.
AULAS DE MÚSICA SALAS DE AULAS AUDITÓRIOS COMERCIOS
Figura 30- Salas para aulas de música, aulas, auditórios; comerciais.
Fonte: www.ecophon.com.es/templates/Print.asp?id=14204&renderoption=5&CurrFName
=/templates/eco_FDPage1.asp>
9 Sala de aula
A boa comunicação é o principal objetivo. Sala mal projetada acarreta altos níveis de estresses aos professores e alunos e comprometem a qualidade do aprendizado (OITICICA e GOMES, 2004).
9 Sala de conferência o Devem possuir condições adequadas à inteligibilidade á fala.
o Baixos níveis de ruído;
o imunidade a ecos: deterioram a inteligibilidade- a mensagem atrasada se sobrepõe à mensagem, mais recente- mascaramento da informação.
o Reverberação controlada - não pode ser eliminada totalmente.
9 Teatros e afins
Nestes projetos admitimos que todo som é imediatamente absorvido pela platéia, sendo muito importante o estudo do traçado geométrico dos raios refletidos . Exemplo de boa acústica pode ser visto na fig. 31.
Figura 31- Sala São Paulo – vista interior da sala de concertos. Fonte: DI MARCO,2001.
Figura 32- Reflexão do som em painéis suspensos em teto de salas. Fonte: <club.telepolis.com/adrodriguez/acustica.html >
3.4.2 Acústica de recintos abertos - Concha acústica
É necessário que o som seja dirigido e concentrado sobre a platéia, por refletores chamados de concha acústica, devido à forma côncava.
Na construção da concha acústica, devemos ponderar:
9 A topografia: apresentar um plano inclinado para localizar a platéia;
9 O micro-clima: de preferência silencioso e desprovido de ventos, só tolerado no sentido concha/platéia (velocidade máxima: 15 Km/h).
A água é uma ótima superfície refletora, ao contrário da grama (absorvente).
Para as audições ao ar livre, o alcance da voz humana normal, sem refletores ou amplificadores, é de cerca de 40 m para frente, 30 m para os lados e 20m para trás.
Interferência dos espelhos d’água: melhora a sensação térmica - conforto térmico.
Figura 33- O parabolóide de revolução nas conchas acústicas Fonte: CARVALHO (1967), p.48.
Figura 34- Esquema de concha acústica: reflexão sonora. Fonte:
<club.telepolis.com/adrodriguez/acustica.html>
Existem várias formas de compor uma concha acústica (perfil):
1. Platéias grandes no sentido da largura - superfície com uma sucessão de parábolas, ou seja, todos os focos sobre uma mesma linha curva;
Figura 35- Conchas acústicas para platéias desenvolvidas no sentido da largura.
Fonte: CARVALHO (1967), p.48.
Solução prática e econômica: refletor, mas recurvado na sua parte superior, com instrumentos dispostos ao longo ou mesmo integrados no eixo XY (Fig. 36).
Figura 36- Outro tipo de concha acústica. Fonte: CARVALHO (1967), p.49.
2. Quatro refletores planos: 1 de fundo, 2 laterais inclinados (sem reflexões entre si, mas reforçadores do som) e teto inclinado: caro e eficiente.
Figura 37- Vista da concha acústica, em 2002. Fonte: Prefeitura Municipal de Santos/Decom
<http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0241.htm>
3. Refletor acústico para centro de praças ou áreas circulares que produz excelentes resultados nos chamados “coretos”.
Figura 38- Versão “moderna” dos antigos coretos. Fonte: CARVALHO (1967), p.50.
Figura 39- Vista da concha acústica em praça 1.º Maio-Centro, cidade de Londrina/PR. Fonte:Pref. Municipal de Santos/Decomwww.londrina.pr.gov.br/turismo/concha.php3>
Os revestimentos devem ter: elevado coeficiente de reflexão sonora, resistência à intempéries, estrutura rígida monolítica evitando vibrações nas ligações.
4- ISOLAMENTO ACÚSTICO, CONTROLE DE RUÍDO E DO SOM
Um projeto de isolamento ou controle de som/ruído inicia-se no planejamento, considerando:
9 Localização e classificação do som: objetiva e física;
9 Níveis sonoros adequados às diferentes situações, horários e locais;
9 Custo: opções técnicas reduzem a utilização de materiais isolantes (caros)
1. Determinar o nível de ruído produzido por fontes e dependências, classificando-os conforme o nível aceitável;
2. A locação: edificações, fontes e cômodos, segundo a função e silêncio necessários - ruidosos e silenciosos o mais distante possível;
3. A locação de fontes e máquinas que transmitam seus ruídos através da estrutura e diretamente acima das fundações (DE MARCO, 1982);
4. Adequar aberturas (portas e janelas) aos interesses do isolamento.
Os itens 1, 2 e 3 são medidas de controle na fonte; o item 4 na trajetória e no homem ocorre com a utilização de equipamentos de proteção individual –EPI’s
A resistividade acústica - velocidade do som no material multiplicado por sua densidade - define o material acusticamente duro (resistividade alta) e mole (resistividade baixa). Devem ser o mais diferente possível da substância em cuja propagação do som se deseja isolar (Lei de Berger). A absorção ajuda a reduzir o som reverberante, mas seu efeito é pequeno frente ao isolamento. Assim, técnicas de isolamento barateiam o projeto.
Figura 40- Tabela com valores de A1/A2 em função de R. Fonte: Carvalho (1967), p.75.
4.1. Tipos de isolamento
Isolamento aéreo
Trata-se da propagação do somruído no ar. Por isso, devemos usar materiais pesados e densos, sendo que a quantidade de isolamento depende:
9 Da freqüência do som incidente
9 Das características construtivas da parede: quanto mais densa, maior o isolamento (rigidez)
Com isso, o peso de uma parede isolante pode se tornar excessivo e custoso.Então, novas técnicas devem ser utilizadas, como a seqüência de materiais com resistividade diferente. Ex.: paredes duplas (colchões de ar)-isolam de 5 a 10dB. Sua espessura tem o limite ótimo a partir do qual devemos utilizar outros materiais e técnicas.
INTERAÇÃO COM CONFORTO TÉRMICO: colchões de ar são excelentes isolantes térmicos. Painéis espessos e aberturas “fechadas” contribuem para a manutenção do calor no ambiente e/ou falta de ventilação adequada.
Isolamento de Impacto
Trata do ruído que se propaga nos sólidos (preocupação nos prédios de apartamentos) e neste caso, os materiais utilizados são elásticos e duráveis.
Figura 41- Ruído de impacto sobre piso, entre pavimentos de edifícios. Fonte: www.ecophon.com.es/templates/Print.asp?id=14204&
renderoption=5&CurrFName=/templates/eco_FDPage1.as
São utilizados colchões de ar “mole” e outros materiais, tais como: concreto celular, tecidos, feltros, linóleo, lã-de-vidro, Eucatex, estruturas independentes ou pisos flutuantes (laje para piso de concreto ou madeira), apoiada em capa flexível (lã, vidro, isopor, borracha, etc), que o separam totalmente da laje estrutural.
INTERFERÊNCIA –CONFORTO FUNCIONAL:tecidos e materiais podem ser combustíveis.
INTERFERÊNCIA-CONFORTO VISUAL: possui alto coeficiente de reflexão e bastante leve.
IMPORTANTE: peso das máquinas deve ser considerado para que não compacte o material isolante, ocorrendo a perda das características isolantes.
Figura 42- Exemplo de isolamento entre paredes - “sanduiche”.
Fonte: www.decibel.com.ar/espanol/DESCARGAS/Downloads.html , 2005
4.2 Barreiras e materiais
Figura 43– Barreira acrílica em rodovia
Fonte: http://www.plasticos-do-sado.pt/pt/cat/bar/bar2.htm
O sucesso efetivo na escolha e implantação de uma barreira deve-se a:
9 A aceitação da população afetada;
9 A integração da barreira com outros fatores ambientais: paisagem, iluminação, clima, acesso, fauna, cultura, história, segurança, etc;
9 Aspectos técnicos: criatividade, materiais, cor, tipo, eficiência, tamanho, forma, ângulo de incidência, aberturas na superfície (fissuras/frestas muito largas não atenuam o som, e estreitas podem amplificá-lo), custos, integração com planejamento urbano e vegetação local.
Figura 44- Soluções para minimizar o ruído ambiental. Fonte: barreiras acústicas power point.
O principal efeito da barreira: redução do raio sonoro direto, formação de zona de sombra e difração do raio sonoro.
O bom desempenho da barreira depende da geometria do anteparo, das distâncias fonte/barreira/receptor, das condições atmosféricas, da influência do piso, do material do anteparo, da influência da vegetação e da psicoacústica.
Figura 45- Efeito dos raios sonoros na barreira. Fonte: Bernardi, 2002.
O desempenho é avaliado de forma objetiva - níveis de pressão sonora, parcelas transmitidas, refletidas, absorvidas e difratadas - ou subjetivamente – percepção - antes e depois da instalação da barreira.
4.2.1 Tipos de barreiras:
A - Barreiras reflexivas
Sólidos homogêneos, opacos ou transparentes. Ex.: madeira e concreto.
Interação com conforto visual: permite visão total ou parcial e obstrução parcial da iluminação
B - Barreiras absortivas
Porosos, geralmente opacos. Ex.: fibra de madeira, concreto granulado e lã mineral revestidos por materiais mais robustos.
C - Barreiras reativas
Geralmente material opaco, com cavidades ou ressonadores atenuando freqüências específicas - som penetra por pequenas aberturas na superfície.
Figura 46- Tabela Atenuação de fons para vários materiais. Fonte: Carvalho (1967), p. 76.
Qualquer tratamento acústico ou intervenções técnicas desejadas para o controle de ruído ou qualidade do som em salas deve ser realizado com consulta ao profissional habilitado.
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