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Consciente e inconsciente

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Por:   •  31/3/2014  •  Tese  •  2.159 Palavras (9 Páginas)  •  377 Visualizações

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Introdução

A mente humana pode ser divida em duas partes: a consciente e a inconsciente. A mente consciente pode ser associada com a atenção, isto é, estamos conscientes quando estamos atentos ou focalizando alguma coisa em especial. O consciente tem função de organizar, julgar, decidir, discernir, raciocinar, dividir, multiplicar etc., o consciente comanda o subconsciente. No inconsciente são gravadas nossas memórias, que chamamos de programas internos. O inconsciente possui uma linguagem própria muitas vezes falada através de metáforas e não faz diferença entre o real e imaginário. A base lógica para a instalação de uma nova memória é a união de uma forte emoção a um pensamento qualquer, útil ou não. No inconsciente estão as pulsões, abrangendo atos que são temporariamente inconscientes.

Consciente e inconsciente

• Consciente:

A consciência é uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como subjetividade, auto-consciência, sentiência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. É um assunto muito pesquisado na filosofia da mente, na psicologia, neurologia, e ciência cognitiva.

Alguns filósofos dividem consciência em consciência fenomenal, que é a experiência propriamente dita, e consciência de acesso, que é o processamento das coisas que vivenciamos durante a experiência. Consciência fenomenal é o estado de estar ciente, tal como quando dizemos "estou ciente" e consciência de acesso se refere a estar ciente de algo, tal como quando dizemos "estou ciente destas palavras".

o Alterações da Consciência:

Alterações Normais: Sono (é um comportamento e uma fase normal e necessária. Tem duas fases distintas, que são: sono e sonho (vivências predominantemente visuais classificadas por Freud como um fenômeno psicológico "rico e revelador de desejos e temores").

Alterações Patológicas: qualitativas e quantitativas.

Quantitativas:

- Rebaixamento do nível de consciência: obnulação da consciência (grau leve a moderado - compreensão dificultada), sopor(incapacidade de ação espontânea) e coma(grau profundo - impossível qualquer atividade voluntária consciente e ausência de qualquer indício de consciência).

- Síndromes psicopatológicas associadas ao rebaixamento do nível de consciência:

1. Delirium (diferente do "delírio", é uma desorientação tempo-espacial com surtos de ansiedade, além de ilusões e/ou alucinações visuais)

2. Estado Onírico (o indivíduo entra em um estado semelhante a um sonho muito vívido; estado decorrente de psicoses tóxicas, síndromes de abstinência a drogas e quadros febris tóxico-infecciosos)

3. Amência (excitação psicomotora, incoerência do pensamento, perplexidade e sintomas alucinatórios oniróides)

4. Síndrome do cativeiro (a destruição da base da ponte promove uma paralisia total dos nervos cranianos baixos e dos membros)

Qualitativas:

1. Estados crepusculares (surge e desaparece de forma abrupta e tem duração variável - de poucas horas a algumas semanas)

2. Dissociação da consciência (perda da unidade psíquica comum do ser humano, na qual o indivíduo "desliga" da realidade para parar de sofrer)

3. Transe (espécie de sonho acordado com a presença de atividade motora automática e estereotipada acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários)

4. Estado Hipnótico (técnica refinada de concentração da atenção e de alteração induzida do estado da consciência)

• Inconsciente:

O inconsciente é o objeto de estudo da psicanálise e, para as linhas dinâmicas, ele é o responsável pela organização do psiquismo humano, é a base de toda a vida psíquica. Para as abordagens psicodinâmicas, os fenômenos conscientes são apenas uma manifestação do inconsciente. Outras manifestações do inconsciente são o sonho, a histeria, atos falhos, lapsos e outras.

O inconsciente designa um dos sistemas do aparelho psíquico definido por Freud, que se constitui de conteúdos, aos quais foi negado o acesso ao plano da consciência, por se tratarem sempre de algo penoso para o indivíduo. O inconsciente pode representar o ponto mais importante da descoberta Freudiana.

A noção de inconsciente na psicanálise surgiu das experiências de tratamento realizadas por Freud, que demonstrou que o mundo psíquico não pode ser reduzido aos conteúdos conscientes e que certos conteúdos só se tornam acessíveis depois que superamos algumas resistências ou repressões. Freud considerava a existência do inconsciente como um “lugar psíquico”, especial, que deve ser concebido como um sistema que possui conteúdos, mecanismos e provavelmente uma “energia” específica. O sonho foi o principal caminho que Freud trilhou para a descoberta do inconsciente. Para o inconsciente, não existem as noções de passado e presente e os conteúdos podem já terem sido conscientes ou podem ser genuinamente inconscientes.

O consciente e o inconsciente não são opostos, eles completam-se mutuamente para formar o “si mesmo” (Self). O Self engloba não só consciente, mas também, o inconsciente. Segundo Jung, por mais que ampliemos nosso campo de consciência, por mais que nos tornemos conscientes de nós mesmos através do autoconhecimento, sempre haverá uma parte indeterminada e indeterminável de material inconsciente. É por isso que o Self é uma instancia que ultrapassa, pois ele contém o Todo e até aquilo com que não entramos em contato.

Sempre que falamos na relação consciente/inconsciente, estamos nos referindo a uma tensão que existe e que funciona como uma auto regulação da psique humana. A forma com que o inconsciente se comunica com o consciente é simbólica, e na medida em que tal linguagem é compreendida, tornando-se consciente, ocorre uma amplificação da consciência. Assim, o símbolo torna-se mediador nesta relação, uma vez que é a melhor maneira de se expressar algo de que não se tem consciência, ele só permanece vivo enquanto possuir significados. Além disso, o símbolo pode ser visto como uma linguagem universal, uma expressão de problemáticas que estão além dos conflitos individuais.

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