Conservação E Preservação De Documentos
Pesquisas Acadêmicas: Conservação E Preservação De Documentos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vania22k • 28/5/2014 • 1.565 Palavras (7 Páginas) • 525 Visualizações
Preservação e conservação de documentos
Giliane
Turma Delta
Serra, 24 de Abril de 2014
Introdução
A conservação dos documentos pode ser dividida em duas frentes: a preservação – que é a ação de retardar ou prevenir danos através da manutenção de instalações adequadas – e a restauração de documentos já comprometidos em sua integridade
O papel envelhece, torna-se amarelado, feltroso ou quebradiço de acordo com os agentes agressores a que teve sujeito. Seja qual for a causa do dano, esse sempre recai sobre a celulose.
Os agentes de destruição compreendem os internos e os externos.
Conservação Preventiva: consiste em ações indiretas para retardar a deterioração e prevenir danos através da criação das condições ideais para a preservação do bem cultural de acordo com a compatibilidade de seu uso social.
• Conservação consiste principalmente em ações diretas no bem cultural degradado, com o objetivo de estabilizar suas condições e retardar sua deterioração.
• Restauração: consiste em ações diretas no bem cultural danificado ou deteriorado com o objetivo de facilitar a sua percepção, apreciação e compreensão, respeitando suas propriedades estéticas, históricas e físicas.
Agentes internos:
Abrangem os elementos provenientes da própria matéria-prima e dos métodos de produção, que causam reações físico-químicas agressivas.
No caso de papéis muito antigos esse problema praticamente não existe pois os papéis feitos de trapo são muito resistentes, contém celulose quase pura e sua conservação por isso é muito boa. Já os feitos de madeira oferecem poucas condições de sobrevivência, em função da má qualidade da matéria-prima e dos resíduos químicos deixados em seu processamento.
Agentes externos:
Clima tropical: os altos graus de temperatura e umidade, com oscilações bruscas, aceleram os processos químicos de envelhecimento do papel, em especial o feito de madeira. A temperatura e umidade ficam acima dos parâmetros ideais que são 65% de umidade relativa e temperatura média abaixo de 25o. C. O clima é responsável pela condensação de umidade, alteração no volume dos materiais e favorece o crescimento de micro-organismos e insetos nocivos. Uma regra geral estabelece que as reações químicas dobram a cada elevação de temperatura de 10oC. No caso especial da celulose, mostrou-se que testes artificiais de envelhecimento indicam que cada aumento de 5oC quase dobra a taxa de deterioração, mesmo na ausência de luz, poluentes ou outros fatores.
Todo papel possui uma característica comum: absorver ou perder água de acordo com a umidade do local onde se encontra. Quando a umidade varia, aumentando ou diminuindo, as fibras do papel se dilatam ao absorver o excesso de umidade ou se contraem ao perder umidade. Esse movimento de contração e dilatação provoca rupturas na estrutura do papel, causando seu enfraquecimento.
Poluição do ar: os gases de enxofre (dióxido de enxofre) combinados com a umidade do ar desenvolvem o ácido sulfúrico, que ataca fortemente papéis e couros. Além disso, a falta de higiene de depósitos acarreta depósitos de poeira que contém resíduos da poluição, que combinados com a umidade do ar, formam substâncias agressivas aos papéis. Outros poluentes podem decorrer da volatilização de solventes de pinturas e de produtos de limpeza que contenham derivados de petróleo. Entretanto, frequentemente, observamos a liberação destes resíduos químicos, o que se constitui num problema que se agrava quando o edifício conta com um sistema de ar condicionado central, o qual reutiliza o ar contaminado.
A poeira é constituída de cristais de arestas pontiagudas que cortam as fibras do papel. Você já observou que alguns volumes mais antigos têm os cantos desgastados? Isso se deve à repetida “ação de lixa” que o uso e o movimento de vai-e-vem produz, devido ao atrito dos grãos de poeira. A poeira contém esporos de fungos que aderem aos materiais orgânicos e quando encontram condições adequadas para seu desenvolvimento se proliferam causando a degradação do papel.
Produtos químicos nocivos: muitas vezes produtos químicos utilizados no acervo, como inseticidas e fungicidas também podem ser prejudiciais aos documentos pelas reações químicas que desenvolvem sobre os materiais. Outros agentes nocivos podem ser considerados os grampos metálicos, adesivos plásticos, auto-adesivos, papeis e papelões ácidos.
Acondicionamento e manuseio: algumas formas de acondicionamento, voltadas para proteger, contribuem ainda mais para a destruição do acervo. Caixas de papelão muito pesadas podem ocasionar a compactação dos papéis que além de sofrerem rasgos e armações durante a retirada e reposição, tornam-se mais sujeitos a infestação de insetos e microrganismos.
As embalagens não devem ser feitas de papel ácido, tipo kraft, que contém lignina, enxofre e acidez, os quais migram para os documentos. As amarrações com barbante provocam tensão e favorecem o corte das margens dos documentos.
Acidentes: inundações, fogo sãos responsáveis por muitas perdas de acervo. A Instalação de equipamentos modernos de detecção de fumaça e controle do fogo deve ter prioridade nos prédios antigos e modernos que abrigam acervos.
luz: a luz emite radiação ultra-violeta e infra-vermelha, ambas duas causadoras de danos ao papel. A luz tem dois efeitos sobre o papel: uma ação clareadora, que causa o desbotamento oi escurecimento [sic] de alguns papeis e tintas; o segundo efeito é uma acelerada degradação da lignina (componente natural responsável pela firmeza e solidez do conjunto de fibras, agindo como uma espécie de cimento) que porventura esteja presente no papel, tornando-a progressivamente escura. As fibras do papel se rompem em unidades cada vez menores, até se tornarem insuficientes para manterem a folha unida. As reações invisíveis produzem uma quebra na estrutura molecular do papel, resultando no seu enfraquecimento, ou seja, acelera o processo de envelhecimento deste tipo de material.
Use lâmpadas incandescentes em vez de fluorescentes. Elas são menos prejudiciais.
O homem: O homem, consciente ou inconscientemente, é um dos maiores
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