Consumo Paivo

Introdução

Na atualidade, raramente vemos crianças brincando, pois a maioria passa grande parte do seu tempo em frente a uma televisão ou computador, sendo influenciadas pela mídia com suas propagandas comerciais.

O Brasil, hoje, é recordista mundial na quantidade de horas que as crianças assistem televisão: 4 (quatro) horas e 51 (cinqüenta e um) minutos por dia³,

Cientes dessa quantidade de horas e voltando-se para o público infantil, as empresas fazem propagandas cada vez mais chamativas e criativas, mostrando para as crianças que para ser feliz é preciso consumir, ou adquirir um brinquedo ou um jogo eletrônico.

Será que podemos colocar a culpa somente na mídia, ou os pais também têm uma parcela de culpa no consumismo dos filhos? A ausência dos pais seria um motivo para eles comprarem o que tanto os filhos desejam como forma de suprir essa distância?

As crianças não podem ser tratadas como adultos em miniatura. Elas necessitam de proteção especial por conta de sua peculiar condição de pessoas em desenvolvimento.

Este estudo objetiva conhecer os males causados pelo consumismo desenfreado, a influência da mídia e o comportamento dos pais diante dessas crianças consumistas.

Este trabalho justifica-se pela possibilidade de demonstrar os efeitos da mídia e propaganda no desenvolvimento da criança e impactos desse processo na formação de pessoas autônomas e críticas; futuros cidadãos responsáveis pelo próprio sustento e desenvolvimento da sociedade.

³ informação destacada da matéria jornalística redigida por Lucien Luiz em 30.03.2011

Revisão de Literatura

Conforme Villela citado por Paiva (2009), o marketing infantil afeta as nossas escolhas de vida, induzindo como definimos o nosso próprio valor e o consumo é um dos grandes responsáveis pelos problemas de obesidade, distúrbios alimentares, sexualização precoce, materialismo, individualismo, estresse familiar, diminuição de valores culturais e do brincar criativo.

Dowbor citado por Paiva (2009, p.26), argumenta que “o maior problema na relação com os publicitários é que eles confundem liberdade de expressão com liberdade de invasão.”

Baker citado por Paiva (2009, p.49) ressalta que “estamos ensinando nossas crianças que a felicidade está dentro do objeto. Essa é a ideia do consumismo. Sem objeto, sem felicidade.”

Para Corte (2007, p.238) “[...] a televisão tornou-se o maior educador do final do século XX[...]”

Ball (1998, p.134) “no mercado educacional, as próprias crianças são posicionadas e avaliadas de formas diferentes.”

Segundo Góes citado por Paiva (2009, p. 31) “a publicidade conta com uma verba para um filme de trinta segundos, que muitas vezes é maior do que o orçamento de muitos programas de televisão.”

Considerações Gerais

Visualiza-se neste trabalho uma questão muito complexa: educar diante de um mundo que massifica nossas crianças com informações muito mais atraentes que a Escola e também que é dito pelos pais.

Os publicitários estão tornando nossas crianças submissas e estas ficam cada vez mais consumistas. Enquanto as crianças assistem televisão uma alienação