Contabilidade
Artigo: Contabilidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: katiacoradini • 25/3/2015 • 1.647 Palavras (7 Páginas) • 252 Visualizações
adotar os Pronunciamentos do CPC na íntegra, visto que são consideradas PMES. Diante desse fato, ao invés de basearem-se na gama de Pronunciamentos CPCs, adotarão resumos, tratados como Seções, que são pautados pela Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral 1.000 (Resolução 1.255, atualizada pela Resolução 1.329 do Conselho Federal de Contabilidade). No modelo citado, temos algumas dispensas de práticas, estimativas e principalmente, de controles e divulgações exigidos para o modelo integral. Além das IFRS Integrais e das IFRS PMES, temos ainda empresas que faturam anualmente até R$ 3.600.000,00 e para esses casos, teremos um modelo ainda mais simplificado e padronizado de Novas Normas Contábeis. Ressalta-se que tais empresas também seguirão a NBC TG 1.000, porém, poderão utilizar as customizações destacadas na ITG 1.000 (Interpretação Técnica Geral). A ITG 1.000 traz alguns direcionamentos específicos, inclusive com modelos de planos de contas, carta de responsabilidade da administração, dispensa opcional de demonstrações financeiras, entre outros pontos.
Enfim, afirmo que o ponto inicial e principal para elaborarmos um planejamento e um diagnóstico de como adotaremos as Novas Normas é o enquadramento do modelo a ser utilizado. Conforme citado anteriormente, alguns empresários e profissionais contábeis estão criando barreiras e assuntando-se com os subjetivos e complexos CPCs, quando simplesmente, poderiam pautar-se e desenvolver suas ações com base na NBC TG 1.000 ou até na “direta” e “objetiva” ITG 1.000, visto que, as minorias das empresas estão enquadradas no modelo integral. Cientes das “flexibilizações” e “facilidades” descritas, eu os convido a incluírem mais alguns pontos no encerramento de demonstrações financeiras nesse início de ano: enquadramento, diagnóstico, entendimento e quem sabe, adoção inicial das novas normas contábeis. Reflitam, pois os benefícios e as oportunidades geradas pelas Novas Normas podem ser diferenciais para: eficácia na gestão empresarial por conta da transparência e detalhamento de informações, melhorias na qualidade dos resultados gerenciais, possíveis aumentos de patrimônios, apoio em planejamentos estratégicos empresariais e até revisão de honorários para organizações contábeis.
1.3. Destaque as diferenças, padrões e práticas entre os países.
Segundo Ikuno ET al. (2010), Nobes (1998) listou 17 principais razões apontadas pelos autores pesquisados para as diferenças entre modelos contábeis, a saber: A natureza da propriedade dos negócios o sistema financeiro, a herança colonial, as invasões, a tributação, inflação, o nível educacional, idade e tamanho das empresas de serviços contábeis, estágio de desenvolvimento econômico, sistema jurídico-legal, cultura, história, geografia, língua, influência da teoria, sistemas políticos, clima social, religião e acidentes. Já Weffort (2005) cita que uma das causas usualmente apontadas para as divergências entre os modelos contábeis são as características e necessidades dos usuários das demonstrações contábeis (forças de mercado). Assim, o atual cenário de globalização econômica, com as empresas atuando nos mercados de diversos países, favorece a busca pela harmonização/ convergência entre os modelos contábeis.
Cita principalmente dois estudos (HOFSTED, 1984; GRAY, 1988) como base para a argumentação de que fatores culturais também influenciam as práticas contábeis de determinados países. Hofsted identificou quatro elementos estruturais do sistema cultural que afetam os negócios: individualismo, aversão à incerteza, masculinidade e distância do poder. No Brasil, segundo esse estudo, prevalecia às dimensões culturais de coletivismo, forte aversão à incerteza, grande distância do poder e feminilidade, o que aproximaria o Brasil de países como Espanha, Argentina, Turquia Irã e Grécia. Já o estudo de Gray, incorporou “valores contábeis” ao estudo de Hofsted. Foram identificadas quatro dimensões de valores contábeis: profissionalismo, uniformidade, conservadorismo e sigilo. No Brasil, segundo Gray, predominariam os seguintes valores contábeis: profissionalismo, uniformidade, conservadorismo e sigilo (no mesmo perfil estariam Argentina, Bélgica, Espanha, França e Itália). A presença maior do profissionalismo no Brasil, atrelado à tendência de adoção de mecanismos legais mais ágeis (apesar do sistema jurídico brasileiro ser codificado), podem ser indícios dos caminhos tomados pelo Brasil sobre o processo de convergência às normas do IASB. A convergência de fato e de direito pode estar atrelada a valores culturais
1. SÍNTESE SOBRE IAS 1 – APRESENTAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS:
A IAS 1 determina que a finalidade geral das demonstrações financeiras seja fornecer informações sobre a posição financeira, o desempenho financeiro e o fluxo de caixa de uma entidade que sejam uteis a uma ampla gama de usuários quando da tomada de decisões no campo da economia. Ele também reconhece um segundo importante papel das demonstrações financeiras que é o de exporem como gerencia controla os recursos a ela confiados. Exige que as demonstrações financeiras forneçam dadas acerca de uma entidade, pois são esses dados, junto com outras informações, auxiliam os usuários das demonstrações financeiras a prever os fluxos de caixa futuros de uma entidade. Esta Norma prescreve a base de apresentação de demonstrações financeiras para fins gerais para garantir a comparabilidade tanto com a s demonstrações financeiras de períodos anteriores da entidade quanto com as demonstrações financeiras de as outras entidades. Ela estabelece requisitos gerais para a apresentação de demonstrações financeiras, diretrizes para a sua estrutura e requisitos mínimos para o seu conteúdo. Um conjunto completo de demonstrações financeiras compreende:
(a) uma demonstração da posição financeira no final do período;
(b) uma demonstração do resultado abrangente para o período;
(c) uma demonstração das mutações do patrimônio líquido para o período;
(d) uma demonstração dos fluxos de caixa para o período;
(e) notas explicativas, compreendendo um resumo das principais políticas contábeis e outras informações; e.
(f) uma demonstração da posição financeira no início do período comparativo mais antigo em que uma entidade aplique uma política contábil retrospectivamente, efetue uma reapresentação retrospectiva ou quando reclassifique itens em suas demonstrações financeiras uma entidade cujas demonstrações
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