Contaminantes emergentes
Por: Fred Pascoal • 24/3/2016 • Trabalho acadêmico • 3.206 Palavras (13 Páginas) • 266 Visualizações
Contaminantes Emergentes
Estudo de caso em Ambiente
Tutor: Mafalda Nunes
Grupo: OT4
Elementos : Alfredo Pascoal 10130406
João Oliveira 10130656
Vanessa Peixoto 10130720
Vítor Domingues 10130445
Índice
Introdução.......................................................................................................................3
Contaminantes emergentes............................................................................................5
Fontes de poluição..........................................................................................................6
Fármacos........................................................................................................................7
Efeitos dos fármacos no ambiente e na saúde pública.....................................................................10
PCP’S............................................................................................................................12
Soluções........................................................................................................................13
Conclusão......................................................................................................................15
Bibliografia.....................................................................................................................17
Introdução
Todos os anos, milhares de medicamentos são produzidos e consumidos em todo o mundo, tendo como consequência a deposição direta no ambiente de elevadas quantidades de resíduos de medicamentos e de embalagens de medicamentos. Estes poderão ter efeitos trágicos para os habitats e população em geral dado que, apesar de não apresentarem concentrações relativamente elevadas, a sua ocorrência continua no ambiente pode levar a um grande conjunto de efeitos fisiológicos ainda hoje desconhecidos. Apesar de uma substancia individualmente apresentar concentrações muito baixas, esta poderá ter efeitos sinergéticos conjuntamente com outras substâncias que partilhem o mesmo mecanismo de Acão, o que representa um risco potencial acrescido muito elevado (Daughton e Ternes, 1999).
Os compostos farmacêuticos constituem um vasto grupo de compostos medicinais extensivamente utilizados na medicina humana e veterinária, constituindo uma classe de contaminantes ambientais de crescente preocupação. Podem ser de origem natural ou sintética, sendo produzidos para desempenharem uma função específica (Morley, 2008).
A gestão de resíduos de embalagens e medicamentos fora de uso em Portugal e assegurada desde 2001 pela VALORMED, entidade gestora do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens de Medicamentos (SIGREM). A criação deste sistema veio permitir a existência de um processo de recolha seletiva segura dos resíduos de medicamentos e suas embalagens, tendo em conta a sua especificidade dentro dos resíduos urbanos.
Os motivos que levam as pessoas a desfazerem-se dos seus medicamentos são diversos e prendem-se com hábitos sociais, políticas governamentais e praticas correntes. A eliminação incorreta por parte dos consumidores constitui um grave problema, podendo estes ir parar ao sistema de drenagem de águas residuais convencional, a partir da colocação de resíduos de medicamentos no lavatório/sanita, ou aos RSU, através da deposição destes em caixotes do lixo e posterior encaminhamento para aterros sanitários. A presença destes compostos em Estacoes de Tratamento de Aguas Residuais (ETAR) ou em aterros constitui um problema tecnológico, no sentido em que a dificuldade de eliminação do conjunto variado de substancias presentes nos resíduos de medicamentos não e de todo viável (Bound e Voulvoulis, 2005).
Em ambos os casos, os impactes ambientais associados a estas substâncias são diversos, na medida em que estes compostos acabam por ser transferidos para os meios recetores hídricos ou solo.
No entanto a informação disponível acerca destes compostos é escassa, não sendo possível captar modos de Acão típico destas substâncias biologicamente cativas (Jones et al.,2004).
Com a introdução contínua de compostos farmacêuticos no ambiente, mesmo em baixas concentrações, é pouco provável que se verifiquem efeitos tóxicos agudos; por esta razão, a existência de testes exclusivos para o estudo dos referidos efeitos é vista com algumas reservas por muitos investigadores. Pelo contrário, os efeitos crónicos têm maior probabilidade de ocorrência a longo termo, mas os estudos deste tipo podem demorar vários anos até que se consigam obter resultados conclusivos (Jones et al., 2004).
Apesar de se tratar de concentrações muito baixas e de difícil deteção, estes compostos têm o potencial de causar danos ambientais. Segundo os mesmos autores, várias operações e processos unitários utilizados no tratamento de águas, tais como o carvão ativado, ozono e tecnologias com recurso a membranas, podem reduzir significativamente a carga destes compostos; contudo estes tratamentos ainda não têm um uso generalizado entre as ETAR, dado o seu elevado custo.
Contaminantes Emergentes
Contaminantes ou poluentes emergentes são substâncias potencialmente tóxicas das quais os efeitos ou a presença no ambiente são pouco conhecidos. (M. Josino; 2011)
Estes contaminantes compreendem produtos farmacêuticos (antibióticos, analgésicos, anti-inflamatórios, drogas psiquiátricas…), de higiene pessoal (shampoos, fragâncias, repelentes…), subprodutos industriais e drogas ilícitas. (M. Josino; 2011)
Este tipo de contaminantes não estão especificados na legislação, e só foi possível a sua descoberta através da evolução de equipamentos de análise e amostragens devido a ser concentrações tão baixas.(B. Magda; 2011) Muitos contaminantes emergentes ainda não são contemplados em legislações ambientais pelo mundo. Apenas alguns compostos isolados vêm sendo regulamentados, embora a grande maioria ainda permaneça sem definições. (B. Magda; 2011)
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