Convergência Da Contabilidade As Normas Internacionais

Os escândalos ocorridos nos últimos anos envolvendo a contabilidade revelam a necessidade de um modelo que melhor represente a dinâmica do mercado atual. As novas transações surgidas por fatores como abertura de novas economias, grande volume de transações com instrumentos financeiros, por exemplo, exigem um padrão uniforme de informação, capaz de proporcionar uma maior qualidade e transparência aos relatórios reportados pelas organizações ao redor do mundo.

A adoção de um padrão único de contabilidade, segundo estudiosos, além de proporcionar transparência e uniformidade aos relatórios financeiros trará outros benefícios aos participantes do mercado, tais como redução de custo de captação além de uma valorização das ações no mercado de capitais (SCHROEDER, CLARK e CAHEY, 2001).

Impulsionada por esse contexto econômico, a contabilidade busca manter sua função primordial quer seja de prover o usuário das demonstrações financeiras com informações relevantes que o auxilie na tomada de decisão. Dessa forma, reconhecendo a necessidade de mudança, muitos países estão aderindo ao modelo internacional de contabilidade, que busca, sobretudo, a harmonia entre os vários modelos existentes. Esse processo de harmonização propõe uma mudança gradativa, levando em consideração as peculiaridades e costumes de cada país.

O Brasil, desde 2005, vem através dos seus órgãos reguladores se engajando no processo de harmonização das práticas contábeis. Para tanto, criou nesse mesmo ano, através da Resolução CFC 1.055/05, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, que ficou responsável pelos estudos, pesquisas, discussões, elaborações e deliberações sobre procedimentos técnicos, cujo objetivo é a convergência da contabilidade brasileira às Normas Internacionais, já adotadas em vários países, em especial os da União Europeia.

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