Conversa Com Um Jovem Professor

KARNAL, Leandro; KARNAL, Rose (colab.). Conversa com um jovem professor.1ª ed. São Paulo. Contexto, 2012.143p.

Aline Prediger

Analiesy Alves de Ataides Carvalho

Kelly Diene Gomes de Sousa

Leandro Karnal é professor, historiador, graduado em história pela universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos) e doutor pela universidade de São Paulo (USP). Leciona há 30 anos, tendo passado por ensino fundamental, médio, escola públicas e privadas, cursinhos pré-vestibulares, universidades variadas e hoje leciona na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).Trabalha há muitos anos com capacitações para professores da rede pública e publicação de material didático e de apoio para professores.

Apesar de costumeiro os colegas de profissão rotular turmas e métodos de aula, não podem tomar como regra para o nosso cotidiano de aula, mas buscar pelos nossos próprios conceitos a solução e os métodos a serem seguidos não deixando que o entusiasmo seja abalado pelas críticas. O medo e a insegurança no primeiro dia de aula é normal, mas a insegurança não deve ser transmitida para o aluno, mostrar aos alunos que sabe se a que veio , que há metas e objetivos à serem cumpridos pode ser o primeiro passo.

A amizade entre professores e alunos deve ser construída com limites que não atrapalhe a imparcialidade para com todos. Assim como o ritmo da aulas , para o qual o planejamento é fundamental, não deve ser desperdiçado com conversas com outros professores pelos corredores, ou mesmo com o aceleramento de matéria somente para cumprir currículo sem levar em conta o aprendizado do aluno.

O bom exemplo e a melhor forma de incentivo, nunca fazer comentários desagradáveis sobre nome ou aparência nem mesmo usar de sua sabedoria para exibir seus conhecimentos com ar de superioridade, sendo assim o professor deve ser sempre o exemplo positivo, assim como a ordem deve ser obtida pela atitude não pela omissão, pois a atenção do aluno deve ser obtida pelo professor e não por qualquer outra distração.

O professor deve olhar para o aluno, e buscar reconhecer suas dificuldades e habilidades. O dinamismo e o domínio do espaço, do tempo e do conteúdo faz com que o professor consiga a atenção e o interesse do aluno, não para si , para suas vestes mas para aquilo que pode ser construído em conjunto.

A imaturidade de acreditar que há uma disputa entre o professor e o aluno só tende a gerar consequências trágicas de traumas, assim como aceitar a crítica de alguém que nunca esteve em uma sala de aula, disputar com um adolescente ou criança é tão somente mostrar a incapacidade de ser professor.

A avaliação quando usada como um acerto de contas e tão somente a incapacidade do professor de perceber que o fracasso do aluno em não aprender, também é o seu fracasso como professor de não saber ensinar.

As aulas criativas, apesar de nem sempre darem certo e incomodar alguns professores pelo barulho, é um método que deve ser muito explorado, pois aguça a participação e facilita o entendimento real do conteúdo, não apenas obriga o aluno a decorar somente para prova , mas na maioria da vezes se leva pra vida.

O convívio com a família e com a coordenação da escola pode variar muito de pais instruídos e dedicados ao real aprendizado do filho, e pais super. protetor que acreditam que o erro é sempre do educador, diretores e coordenadores parceiros e outros inimigos.

A hora da avaliação deve ser preparada e aplicada a saber o grau de entendimento dos conteúdos expostos por determinado período , observar e se certificar que o