Cooperativismo, Economia Solidaria
Dissertações: Cooperativismo, Economia Solidaria. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 13051993 • 17/9/2014 • 2.872 Palavras (12 Páginas) • 573 Visualizações
EM PAULO FREIRE COMO CHAVE PARA A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Josiane Borges da Silva 1
Carla Barcelos 2
Lidiane Tavares Corrêa 3
Resumo: A proposta do presente artigo tem por finalidade apresentar o cooperativismo como
alternativa de enfrentamento das desigualdades sociais causadas pelo sistema capitalista,
partindo do pressuposto que a educação é base para toda mudança, buscando ressaltar a
importância da educação popular de Paulo Freire no processo cooperativista.
Palavras-Chaves: Cooperativismo, Educação, Capitalismo, Trabalho
O presente artigo tem por objetivo apresentar o cooperativismo como uma alternativa
de enfrentamento da sociedade civil organizada na luta para garantir a sobrevivência de suas
famílias frente à excludente estrutura societária em que vivemos.
Atualmente contemplamos características especificas de uma longa onda de recessiva
do sistema capitalista, no qual o estado minimizado em suas funções frente ao mercado não
consegue proporcionar a todos os cidadãos o bem estar e qualidade de vida necessária para a
subsistência com o mínimo de dignidade. Por último, pretende-se enfatizar a importância da
educação, sendo base do cooperativismo e para a construção de um espírito e uma altura
cooperativista e daí poder pensar uma sociedade sustentável.
1 Acadêmica do curso de Serviço Social da Universidade Católica de Pelotas/ RS. Rua Félix da
Cunha, 412, CEP 96010-000, E-mail: joaneborges@yahoo.com.br
2 Acadêmica do curso de Serviço Social da Universidade Católica de Pelotas/ RS. Rua Félix da
Cunha, 412, CEP 96010-000. Email: carlagraziela8121@yahoo.com.br
3 Acadêmica do curso de Serviço Social da Universidade Católica de Pelotas/ RS. Rua Félix da
Cunha, 412, CEP 96010-000. E-mail: lidisvp@yahoo.com.br
Cenário atual
Estamos diante de uma conjuntura societária cada vez mais complexa, vivemos no
século XXI, em tempos neoliberais, na chamada sociedade pós-moderna, que é resultado de
várias mudanças paradigmáticas nos hábitos sociais, culturais e políticos da sociedade,
ocasionadas pelos avanços científicos e tecnológicos ocorrido nesse período. (ANTUNES,
2005; BEHRING; BOSCHETTI, 2006). Assim, Neto (2007:235) analisa: “o mundo em que
vivemos na entrada do século XXI, é muito diferente daquele que desponta na segunda
metade do século XX [...], do ponto de vista sociológico a impressão que e tem é que
experimentamos um novo mundo”.
Tem-se hoje uma realidade em que, as relações são cada vez mais individualizadas,
constrói-se a cada instante uma sociedade sem referências, os tradicionais valores éticos
norteadores da conduta humana foram superados por parâmetros mais liberais, como sugerem
os ideários neoliberais.
O mundo do trabalho nesse período transitou do paradigma industrial de produção em
massa, Fordista/Taylorista, para o de Produção flexível, Toytismo, que significou uma
enorme transformação no processo de correlação de forças na estrutura societária
(ANTUNES, 2005). Esse processo e suas conseqüências podem ser constatados também pela
citação abaixo:
As medidas implementadas, contudo, tiveram efeitos destrutivos para as condições
de vida da classe trabalhadora, pois provocaram aumento do desemprego, destruição
dos postos de trabalho não-qualificados, redução dos salários devido ao aumento da
mão-de-obra e redução de gastos com políticas sociais, portanto, [...] As
desigualdades sociais resultantes do aumento do desemprego foram agudizados [...]
(Bering e Bochetti, 2006: 127-129).
Analisando este contexto, podemos concluir que, esta política produziu no campo
social, um elevado número de desempregos e assim, a fragilização dos trabalhadores.
Conseqüentemente, o aumento das desigualdades sociais e da pobreza, pois, uma pequena
minoria dominante concentra a riqueza e os meios de produção, enquanto a outra parcela da
população não detém nem mesmo o mínimo para garantir sua subsistência com dignidade.
Mongin refere que:
Tais medidas agravam as desigualdades sociais e a concentração da riqueza
socialmente produzida: os 20% mais ricos do mundo ficam com mais de 80% do
PIB mundial, enquanto o número de pobres cresce ao ritmo do crescimento da
população_ 2% ao ano; atualmente, 1 bilhão e meio de seres humanos vivem com
rendimentos suficientes apenas para sobreviver. (Mongin apud Bering e Bochetti,
2006, p.132).
Iamamoto, também analisa o contexto das transformações da sociedade neoliberal, e
inclusive, a minimização do Estado e expõe que o neoliberalismo manifesta-se:
[...] na naturalização do ordenamento capitalista e das desigualdades sociais a ele
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