Criando um filho pequeno
Resenha: Criando um filho pequeno. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: manugabi • 3/11/2014 • Resenha • 313 Palavras (2 Páginas) • 249 Visualizações
A educação da criança pequena constitui uma preocupação antiga, encontrando-se
registros a esse respeito em escritos deixados desde a antiguidade clássica, por Platão (427-
347 a C), referindo-se à educação da primeira infância através de jogos educativos na família,
com o objetivo de preparo para o exercício futuro da cidadania. Aristóteles (384-332 a C)
propôs que dos cinco aos sete anos, as crianças receberiam, em casa, educação para a higiene
e o endurecimento, e dos cinco aos sete, já deveriam assistir algumas lições.
Nos séculos XI e XII, pensadores humanistas como Erasmo (1465-1530) e Montaigne
(1483-1553) propunham uma educação que respeitasse a natureza infantil e estimulasse a
criatividade articulando o jogo à aprendizagem.
Embora a idéia de educar formalmente crianças menores de seis anos de todos os
extratos sociais já estivesse presente nas publicações de Comenius (1592-1670) - em que ele
defendia, para a infância, uma educação maternal voltada para o exercício dos sentidos - a
formalização de atendimentos a esse segmento da população se origina como reflexo direto
das intensas transformações sociais, econômicas, políticas e ideológicas, decorrentes da
expansão comercial, da Revolução Industrial e do desenvolvimento científico que marcaram a
passagem para a Idade Moderna
Para atender às crianças pobres - órfãs, abandonadas ou filhas das mães que
ingressaram no trabalho das fábricas - foram criadas, nos séculos XVII e XVIII, na Inglaterra,
na França e em outros países da Europa, as primeiras instituições, orientadas pelos
conhecimentos da medicina e pelos preceitos da religião, que tinham como objetivo principal
a guarda de crianças a partir de dois anos, incluindo os cuidados com sua saúde e alimentação,
bem como, em alguns casos, sua iniciação em um ofício. Eram as “escolas de caridade” ou
“escolas de damas” (Oliveira, 1994).
Ao conceber a infância como um tempo com valor próprio, e a criança enquanto ser
com necessidades específicas que precisavam ser respeitadas por sua primeira educadora
natural - a mãe - Rousseau (1712-1778) inovou as concepções de seu tempo, sendo seguido
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