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Crise De 1929

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Por:   •  24/3/2014  •  2.982 Palavras (12 Páginas)  •  324 Visualizações

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Para o professor Wagner Pinheiro Pereira, doutor em História pela USP (Universidade de São Paulo) e autor do livro "24 de Outubro de 1929: A Quebra da Bolsa de Nova York e a Grande Depressão", a Crise de 1929 "marcou a economia em primeiro lugar, mas também a sociedade, a cultura, a política".

O historiador afirma que não há estatísticas de quantas pessoas se suicidaram durante a Grande Depressão nos Estados Unidos, mas frisa que o ato não se deveu apenas "à questão da perda financeira".

"Havia a cultura do estilo de vida americano, muito calcado na ideia do "self made man", daquele homem empreendedor que faz tudo por si próprio, que a partir do seu trabalho consegue ter sucesso. O Tio Patinhas é o melhor exemplo desse tipo de personagem", ressalta.

Ao assumir o governo, em 1933, o presidente Franklin Delano Roosevelt precisou focar não apenas no resgate da confiança no sistema bancário, mas também na autoestima da população. "Foi preciso apontar que a crise não era do indivíduo, porque o indivíduo começou a se considerar fracassado", diz.

1 A CRISE DE 1.929 E A QUEBRA DA BOLSA DE VALORES DE NOVA YORK

Ocorre a primeira grande Guerra Mundial. Em 1.919 ocorre o seu término, cinco anos após ter seu início declarado. A Europa está totalmente arrasada e destruída, e a Alemanha humilhada pelo então Tratado de Versalhes, o qual a obrigava a ajudar na reconstrução de vários países. Em meio a esta crise européia, os Estados Unidos já vêm apontando como uma superpotência mundial.

Em 1929, os Estados Unidos eram o centro do capitalismo financeiro. A Bolsa de Valores de Nova York já era a mais importante do mundo. O país, possuía os maiores investidores e também os maiores recebedores de investimentos, enfim, era uma economia sólida, segura. Como era o Centro da economia, se acontecesse algum problema no centro, esse problema chegaria até a periferia, o Brasil. Na época, o Brasil era o maior produtor de café do mundo.

Na primeira Guerra Mundial, os EUA apenas atacavam e não eram atacados. Eles não tinham destruição e, além disso, forneciam produtos para a França, para a Inglaterra e depois do Tratado de Versalhes, até para a Alemanha. Vai ocorrer uma rápida expansão de produção. O americano, mesmo depois da guerra, vai continuar produzindo sem parar. Mas os países europeus vão se reestruturando e vão fechando seus mercados, mas o americano não percebe isso e continua produzindo a todo o vapor. Vai ocorrer então, uma superprodução e junto com essa, um subconsumo. Como os produtos não eram consumidos, haverá grandes estoques de comida, produtos, etc. Quando o empresário americano se dá conta de que seu estoque está lotado, este despede o americano, o qual então deixa de consumir, e desta forma o estoque continua lotado e ocorrem mais demissões.

Nessa época, 5% da população americana detinha 33% do PIB (concentração brutal da riqueza) e essa elite que faz parte do governo não está nem um pouco interessada com a crise.

Pouco a pouco, a riqueza vai sendo concentrada na especulação financeira (já não se consegue vender aquilo que produz, então a riqueza é canalizada para a especulação e não para a produção) na Bolsa de Valores. Uma empresa possui um determinado valor e seu patrimônio é representado na Bolsa através das ações. Essas ações começam a ser compradas, até que o preço das ações suba e chega a um valor muito maior do que o real valor da empresa, ocorre então, a sobre-valorização das ações.

Mas, no dia 24 de Outubro de 1.929, uma quinta-feira, todos resolveram vender as suas ações, ao perceber que as ações estavam super valorizadas. São colocadas à venda 16 milhões de ações que estavam 10 vezes valorizadas. Se as ações de determinada empresa, valiam U$ 10.000 Dólares, no dia 24 estavam valendo U$ 100.000 Dólares.

O então presidente dos EUA, Herbert Clark Hoover (1874 – 1964), diz que vai ocorrer uma crise, mas os mais bem preparados sobreviverão. Isto é, ao invés de Hoover fazer alguma coisa para segurar a crise (fechar a Bolsa de Valores, por exemplo), ele não faz nada. Hoover é um liberal: "não devemos intervir na economia, ela própria se corrige".

Já na primeira semana, havia 16 milhões de desempregados, o que correspondia a 25% da força de trabalho do país na época. Muitas pessoas que perderam suas fortunas de uma hora para outra se suicidaram.

Vai ocorrer o denominado "Efeito Dominó", após a queda de um, todos os demais caem. Depois da quebra dos EUA, os demais países também vão quebrar: Inglaterra, França, Holanda, Bélgica, Alemanha e, inclusive, o Brasil. O Brasil havia

http://www.zemoleza.com.br/carreiras/16812-a-crise-de-1929-e-a-quebra-da-bolsa-de-valores-de-ny.html

Grande Depressão

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A fotografia Migrant Mother, uma das fotos estadunidenses mais famosas da década de 1930, mostrando Florence Owens Thompson, mãe de sete crianças, de 32 anos de idade, em Nipono, Califórnia, março de 1936, em busca de um emprego ou de ajuda social para sustentar sua família. Seu marido havia perdido seu emprego em 1931, e morrera no mesmo ano.

A Grande Depressão, também chamada por vezes de Crise de 1929, foi uma grande depressão econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Este período de depressão econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo.[1]

O dia 24 de outubro de 1929 é considerado popularmente o início da Grande Depressão, mas a produção industrial americana já havia começado a cair a partir de julho do mesmo ano, causando um período de leve recessão econômica que se estendeu até 24 de outubro, quando valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Stock Exchange, caíram

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