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Cultura

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Por:   •  25/9/2013  •  Seminário  •  435 Palavras (2 Páginas)  •  278 Visualizações

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Cultura é explicada como o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou o comportamento natural. É uma atitude de interpretação pessoal e coerente da realidade, destinada a posições suscetíveis de valor íntimo, argumentação e aperfeiçoamento. Além dessa condição pessoal, cultura envolve sempre uma exigência global e uma justificação satisfatória, sobretudo para o próprio. Podemos dizer que há cultura quando essa interpretação pessoal e global se liga a um esforço de informação no sentido de aprofundar a posição adotada de modo a poder intervir em debates. Essa dimensão pessoal da cultura, como síntese ou atitude interior, é indispensável.

O filme traz uma profunda reflexão psicológica . A obra de entretenimento gera muita discussão, polêmica. Desnuda a sociedade de sua grande hipocrisia.

O mais interessante, no entanto, é ver como a corrupção, tratada no filme, está enraizada na identidade e na cultura do povo brasileiro. Não está só na política, que acaba sendo o bode espiatório da coisa, mas em grande da população. Está no ar, nas veias. Passa de geração a geração. Tanto que o filme que trata justamente disso, de corrupção, é o mais pirateado da história. Tanto que os maconheiros, os drogados, tomam um soco no estômago com essa obra e riem da situação. Adoram ver a desgraça que sua própria corrupção causa na sociedade. A realidade se torna entretenimento para um povo sem muita perspectiva, mas com hipocrisia de sobra.

O filme procura desqualificar a polêmica ideológica com a esquerda, que responsabiliza as injustiças sociais como causa principal da violência e marginalidade. Para ridicularizar a defesa dos direitos humanos e escamotear a denúncia do capitalismo, os antagonistas da truculência policial são estudantes da PUC, “despojados de boutique”, que se dão a alguns luxos, por não terem ainda chegado à maioridade burguesa.

A burguesia passa incólume pelo filme, a não ser pela caricatura de seus filhos que, na Faculdade, fumam um baseado e discutem Foucault. Um personagem chamado “Baiano” (sutil preconceito) é a personificação do tráfico de drogas e de armas, como se não passasse de um desses meninos pobres, apenas mais espertos que os outros, que se fazem “Chefe do Morro” e que não chegam aos trinta anos de idade, simples varejistas de drogas e armas, produtos dos mais rentáveis do capitalismo contemporâneo.

O filme além de fazer uma crítica a corrupção da polícia carioca, também mostra a hipocrisia da classe média, representa por estudantes universitários, que criticam a violência policial, mas, no enredo do filme - que não está longe da realidade da sociedade carioca – estes mesmos estudantes, realizam o consumo e o tráfico de drogas nas festas estudantis e na própria universidade,

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