Cultura Da Cebola

Introdução

A agricultura é uma atividade de grande importância para a humanidade. A base alimentar provém praticamente desta, sendo a única atividade capaz de produzir alimentos a partir do ambiente. Muitos fatores interferem na produção agrícola, como por exemplo, o ambiente, necessidade de mão de obra, tecnologia e o fator econômico.

Os recursos financeiros que são utilizados na produção agrícola são de grande importância para o modelo de agricultura no qual se pretende trabalhar e desenvolver. Nas áreas onde se praticada agricultura de maneira comercial ocorre à utilização de insumos agrícolas (fertilizantes, agrotóxicos e maquinários), elementos que favorecem o aumento significativo da produção, sem que haja a necessidade de se empregar muita mão de obra. Na agricultura de subsistência, a quantidade de trabalhadores é elevada, pois não há máquinas para a realização do trabalho, a produtividade é baixa diante da quase inexistência de tecnologias inseridas no sistema produtivo.

O capital investido na agricultura pode ser destinado à produção ou cultivo de diversos produtos. Para tanto, o produtor deve estar atento à aptidão de suas terras, aos preços atuais de mercado e formas de escoamento da produção, como também, qual atividade que lhe trará maior retorno financeiro. O planejamento econômico, antes de iniciar qualquer atividade, tem o propósito de diminuir os riscos financeiros e evitar prejuízos. Porque cultivar soja e não milho? Porque investir em tecnologia? Quais são os recursos necessários? São respostas como estas que o planejamento econômico vai à busca.

Objetivo

O presente trabalho teve como objetivo avaliar, a partir de um planejamento agrícola e econômico, a remuneração do capital e do produtor no investimento em uma atividade agrícola, sendo esta a cultura da cebola no sistema convencional de cultivo.

Fundamentação teórica

Nos últimos 40 anos a agricultura tem passado por grande mudança devido à chamada revolução verde. Este momento na história da agricultura trouxe um pacote tecnológico cheio de agroquímicos, adubos minerais, defensivos agrícolas, entre outros. Além do aprimoramento e surgimento de novas máquinas e materiais genéticos de diversas culturas, promovendo grandes mudanças estruturais e funcionais nos agroecossistemas regionais (PETERSEN e ALMEIDA, 2008).

A degradação das áreas de cultivo devido ao mau uso e manejo do solo e o aumento exponencial do custo para produção, muitas famílias que vivem da cultura da cebola vem deixando a atividade. Com isso, a migração para os centros urbanos, principalmente dos jovens, tem aumentado nos últimos anos (PETERSEN e ALMEIDA, 2008).

Nacionalmente, a cultura da cebola é uma atividade praticada dentro da agricultura familiar, sendo que na grande maioria são pequenos agricultores que a cultivam. Porém, necessita de grande quantidade de mão de obra. No censo agropecuário de 1985, verificou-se que em torno de 97.876 agricultores ativos economicamente na cultura, no qual, aproximadamente 78% são proprietários, os demais são arrendatários ou apenas ocupam a terra (COSTA, ARAUJO, et al, 2005).

A cebola é considerada a terceira hortaliça economicamente mais importante no Brasil, perdendo apenas para a cultura da batata e do tomate. Normalmente é consumida em saladas, in natura ou condimentos. Mundialmente, ocupa o quarto lugar em termos econômicos e o terceiro em termos de volume produzido, sendo que, o Brasil ocupa o oitavo lugar na produção (2% da produção mundial) (FAO, 2013). No ano de 2013, no Brasil o total de área produzida