Cultura Surda
Dissertações: Cultura Surda. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: estopinha • 11/11/2013 • 851 Palavras (4 Páginas) • 531 Visualizações
Escola Paulo Freire
Curso de Libras – 2013
Professor: Anderson Luchese
Alunas: Derlei Salete Zambon
Giana Giovanoni
Josiane Giovanoni
CULTURA SURDA
As comunidades surdas estão espalhadas pelo país, e como o Brasil é muito grande e diversificado,
as pessoas possuem diferenças regionais em relação a hábitos alimentares, vestuários e situação
socioeconômica, entre outras. Estes fatores geraram também algumas variações lingüísticas regionais.
As escolas de surdos, de surdos, mesmo sem uma proposta bilíngüe (língua portuguesa e língua
de sinais), propiciam o encontro do surdo com outro surdo, favorecendo que as crianças, jovens e adultos
possam adquirir e usar a LIBRAS. Em muitas escolas de surdos há vários professores que já sabem ou
estão aprendendo com “professores surdos” a língua de sinais.
Cultura surda é o jeito de o sujeito surdo entender o mundo e de
modificá-lo a fim de se torná-lo acessível e habitável ajustando-os com as
suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades
surdas e das “almas” das comunidades surdas. Isto significa que abrange
a língua, as idéias, as crenças, os costumes e os hábitos de povo surdo.
Deficiente auditivo, surdo ou surdo-mudo?
O surdo-mudo é a mais antiga e inadequada denominação atribuída ao surdo, e infelizmente ainda
utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação. Para eles, o fato de uma pessoa ser surda
não significa que ela seja muda. A mudez significa que a pessoa não emite sons vocais.
Para a comunidade surda, o deficiente auditivo não participa de Associações e não sabe LIBRAs.
O surdo é aquele que tem a LIBRAS como sua língua.
Compreendendo o mundo surdo
Por anos, muitos têm avaliado de forma depreciativa o conhecimento pessoal dos surdos. Alguns acham
que os surdos não sabem praticamente nada, porque não ouvem nada. Há pais que super protegem seus
filhos surdos ou temem integrá-los no mundo dos ouvintes ou mesmo no mundo dos surdos.
Outros encaram a língua de sinais como primitiva, ou inferior, à língua falada. Não é de admirar que, com tal
desconhecimento, alguns surdos se sintam oprimidos e incompreendidos.
Em contraste, muitos surdos consideram-se “capacitados”. Comunicam-se fluentemente entre si,
desenvolvem auto-estima e têm bom desempenho acadêmico, social e espiritual. Infelizmente, os
maus-tratos que muitos surdos sofrem levam alguns deles a suspeitar dos ouvintes. Contudo, quando
os ouvintes interessam-se sinceramente em entender a cultura surda e a língua de sinais, e encaram
os surdos como pessoas “capacitadas”, todos se beneficiam.
Progresso na cultura surda
Ao longo dos anos, as pesquisas interdisciplinares sobre surdez e sobre as línguas de sinais, realizadas no Brasil
e em outros países, tem contribuído para a modificação gradual da visão dos surdos, compartilhada pela sociedade
ouvinte em geral.Esses estudos têm classificado os surdos em duas categorias:
• Os portadores de surdez patológica, normalmente adquirida em idade adulta;
• E aqueles cuja surdez é um traço fisiológico distintivo, não implicando, necessariamente, em deficiência
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