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DECISÃO E INFORMAÇÃO

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Por:   •  5/11/2013  •  855 Palavras (4 Páginas)  •  259 Visualizações

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Informação e tempo no processo decisório

Verificamos que, em ambientes turbulentos ou contingencias, comuns no cenário contemporâneo, a informação verdadeira em tempo hábil é importantíssima no processo decisório.

Pereira e Fonseca (1997, p. 229) explicam que o processo decisório é relacionado com o tempo, a disponibilidade e a capacidade da mente humana de processar informações. A alavanca de informações existentes no cenário atual fragiliza as rotinas. A fragilização das rotinas induz a grandes mudanças ou transformações, abrindo espaço para novos paradigmas que, por sua vez, produzem novas rotinas.

O tempo é tão importante na vida do ser humano que, explicam Pereira e Fonseca (1997, p.229), medimos nossa vida por unidades de tempo. Qualquer indivíduo, independentemente da idade da pessoa, sexo ou cultura, possui 24 horas no dia, dos quais pode dispor livremente dependendo do seu livre arbítrio ou da sua decisão.

Nossa relação com o tempo é extremamente complexa e se processa sempre em duas dimensões diferentes: a do tempo medido e a do tempo vivido. Tempo medido, físico, conceitual, objeto de conhecimento. Tempo vivido, emocional, social, objeto de experiência. Na verdade, o tempo é absolutamente individual e intransferível. Tempo dedicado a alguém é prova de consideração ou afeto. A qualidade de vida está relacionada com o tempo que as pessoas dedicam a si próprias. Nada substitui o tempo, e nenhum recurso pode dilatá-lo ou constrangê-lo [...] (PEREIRA e FONSECA, 1997, p. 230).

Ressaltando o aspecto do tempo, Fried e Slowick (2004) afirmam que as teorias motivacionais têm falhado em não incorporar sistematicamente o tempo como uma variável importante na motivação das pessoas, ou seja, a maneira como o tempo é tratado na constituição de metas dentro das organizações pode motivar ou desmotivar os colaboradores.

Existem duas perspectivas que dominam as discussões sobre o tempo, explicam Fried e Slowick (2004): a perspectiva da visão absoluta que considera o tempo de forma linear e contínua, alicerçada no presente, passado e futuro, na homogeneidade – na qual cada segundo é igual a cada segundo – infinitamente divisível, objetivo e universal, cujo sujeito é de simples interpretação; e a perspectiva do tempo social ligado à compreensão do fenômeno social e organizacional. Essa escola argumenta que a concepção do tempo deve ser acrescentada ou complementada de aspectos subjetivos ou relativistas, ou seja, de elementos ligados à percepção do tempo pelo ser humano dentro do seu contexto ou ambiente. Para explicar o tempo social, exemplificando, a maneira como visualizamos o tempo em momentos de muita pressão ou estresse é totalmente diferente da forma como o notamos em momentos de descanso.

Diferentes culturas, explicam Pereira e Fonseca (1997, p. 230), têm diferentes relações com o tempo. A cultura hinduísta, situada no sul da Índia, não se utiliza dos conceitos de passado e futuro. Para eles existe apenas presente. A cultura grega clássica tendia à atemporalidade, porque enfatizavam o estar e o saber. Os hebreus, dos quais somos culturalmente descendentes, adotaram o modelo temporal, do fazer histórico e do passar.

Em nossa concepção atual, no passado reside nossa história; no futuro, nossos desejos; no presente, nossas ações e decisões. Talvez por isso, nossa cultura (ocidental capitalista) vê o passado como uma lição, o futuro como um ideal e o presente como um problema. Somos idealistas e futuristas. Tendemos a menosprezar o presente e a nos “pré-ocuparmos” com o futuro. Encaramos o tempo como algo que flui

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