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DESTILAÇÃO POR ARRASTE A VAPOR

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Por:   •  7/10/2014  •  1.417 Palavras (6 Páginas)  •  1.097 Visualizações

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Introdução

Para a remoção de um solvente, purificação de um líquido ou separação de componentes de uma mistura de líquidos ou líquidos e sólidos geralmente é empregada a destilação, que pode ser realizada de várias maneiras: destilação simples, destilação fracionada, destilação a vácuo e destilação por arraste a vapor. (ATKINS, Princípios de química)

Para misturas imiscíveis de compostos orgânicos e água é empregada a destilação por arraste a vapor, pois o comportamento de misturas de líquidos imiscíveis é diferente do das soluções. Os componentes da mistura entram em ebulição em temperaturas menores que as do seu ponto de ebulição individual. Devido a esta propriedade compostos com alto ponto de ebulição podem ser destilados a temperaturas menores que 100° quando em mistura com água. (ATKINS, Princípios de química)

A destilação por arraste a vapor é baseada no principio de que a pressão total de vapor de uma mistura de líquidos imiscíveis é igual à soma da pressão de vapor dos componentes puros individuais, a pressão total de vapor da mistura torna-se a pressão atmosférica e a mistura entra em ebulição numa temperatura menor que o ponto de fusão de qualquer um dos componentes.

Considerando dois líquidos imiscíveis A e B:

Ptotal= P°A + P°B

Sendo P°A e P°B as pressões de vapor dos componentes puros.

O comportamento de misturas de líquidos imiscíveis é diferente do comportamento de misturas miscíveis, onde a pressão total de vapor é a soma das pressões de vapor parciais de cada componente.

A destilação por arraste a vapor é o método mais utilizado para extração de óleos essenciais, que são misturas complexas contendo vários constituintes e proporções variáveis de ésteres, éteres, álcoois, fenóis, aldeídos, cetonas e hidrocarbonetos com estrutura aromática. Estes óleos são usados geralmente devido aos seus aromas agradáveis em perfumes, incenso, temperos e como agentes flavorizantes em alimentos, alguns são conhecidos por ter ação antibacteriana e antifúngica, outros são usados na medicina. (ATKINS, Princípios de química)

Na prática realizada, foi extraído, utilizando esta técnica de destilação, o eugenol (4-alil-2-metoxifenol) do óleo do cravo (Eugenia caryophyllata).

Objetivo

Extrair o eugenol (4-alil-2-metoxifenol) do óleo do cravo utilizando-se do princípio da destilação por arraste a vapor.

Materiais e métodos

Materiais

* Balões bilobulados;

* Mantas aquecedoras;

* Condensador;

* Termômetro;

* Pipeta;

* Conexões;

* Pérolas de vidro;

* Gral e pistilo;

* Béquer;

* Garra;

* Mangueiras.

Reagentes

* Água destilada;

* Cravos da Índia.

Métodos

1. Foi montado o sistema de destilação a vapor. (Figura 1)

2. Os cravos da Índia foram triturados no gral, até apresentar o seguinte aspecto: (Figura 2)

(Figura 2. Cravos da Índia após trituração)

3. Colocou-se os cravos triturados e uma quantia de água destilada necessária para cobrir os mesmos no balão B (balão de destilação). (Figura 3)

(Figura 3. Mistura de água destilada e cravos da índia no balão B)

4. Colocou-se água destilada para aquecer no balão A (gerador de vapor). (Figura 4)

(Figura 4. Água destilada a ser aquecida no balão A)

5. Quando começou a borbulhar vapor no balão B ligou-se o aquecimento deste.(Figura 5)

(Figura 5. Borbulhas de vapor no balão B)

6. Quando começou a destilar, desligou-se o aquecimento do balão B. (Figura 6)

(Figura 6. Início da destilação, primeiras gotas do destilado)

7. Quando terminou-se a destilação, foi necessário tirar a rolha do fraco A antes de interromper o aquecimento. Se esse cuidado não fosse tomado, poderia haver refluxo do material do balão B para o balão A.

Resultados e discussão

O cravo da índia (utilizado no experimento) freqüentemente usado é o botão floral seco do S. aromaticum, uma planta de porte arbóreo com copa alongada característica e que pode atingir em média 8 -10 metros de altura. Suas folhas possuem características ovais, aromáticas e tem de 7-11 centímetros de comprimento. O nome cravo em português deriva da palavra latina clavus, que significa “prego”, devido a sua aparência física (figura 7).

(Figura 7. Cravo da Índia)

Embora ainda subestimado pelas suas propriedades terapêuticas, hoje o cravo da índia tem sido usado popularmente no tratamento de muitas doenças. Alguns destes usos estão sendo comprovados cientificamente e há algumas revisões na literatura sobre suas aplicações terapêuticas. Os principais produtos derivados do cravo da Índia disponíveis no mercado nacional hoje em dia são o óleo essencial puro ou produtos derivados dele, cuja principal aplicação é como anestésico local em odontologia, e o próprio botão floral seco que é usado como tempero. Famoso por sua utilidade junto à culinária e também na medicina popular, a utilização do cravo da Índia vem de muitos anos. Essa especiaria foi uma das primeiras a serem comercializadas no mundo. (AFFONSO, 2012)

Segundo Simões, os óleos essenciais, óleos etéreos ou essências, podem ser definidos como misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, com

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