DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR

CURSO: DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR

DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR

A educação escolar é sistemática, planejada com objetivos definidos e realizada através de prática educativa, que exige um profissional com formação adequada. É necessário que o professor tenha conhecimentos na área que pretende atuar e habilidades pedagógicas, pois o ensino envolve diversos modos de compreender e organizar o processo ensino-aprendizagem. A Didática é um dos campos teóricos mais específicos da função docente, é conhecida como a ciência e a arte de ensino.

Muitos educadores contribuíram para sua evolução. Seu uso difundiu-se com Ratiouio (1571-1635) e Comenius (1582-1670) considerado o pai da Didática, com sua obra “Didática Magna” ou como é conhecido o “Tratado da arte universal de ensinar tudo a todos”, publicado em 1657. Ambos eram pautados por ideais ético religioso. Também são relevantes as contribuições de Jean Jacques Rousseau (1712-1778), Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), Johan Friederich Herbart (1777-1841) dentro outros autores que discutiram a temática.

Na história da didática, ocorreram momentos em que o ensinar era mais importante do que aprender, como na didática Comeniana, na didática Herbartiana, que era forma e metódica, e na tecnicista, onde a transmissão eficaz era realizada através de técnicas. Valorizava-se o conteúdo, o centro do processo ensino-aprendizagem é o professor, que assume uma postura autoritária e privilegia a exposição oral sobre qualquer outro procedimento de ensino.

No Brasil, desde a chegada dos jesuítas prevaleceu à tendência pedagógica tradicional, onde o aluno era visto como um ser passivo, avaliado e classificado através de provas. Até o final do século XIX, a Didática era fundamentada nos conhecimentos filosóficos e deveria reformar a humanidade. A partir do final do século XIX, a Didática passou a buscar fundamentos também nas ciências, como a biologia e na psicologia. No início do século XX, buscava-se uma educação que levasse em conta os aspectos psicológicos envolvidos no processo de ensino, através do movimento chamado “Escola Nova”, onde o processo ensino-aprendizagem era centrado no aluno. Esse aluno é considerado ativo, participativo, onde suas características, seus interesses, seus sentimentos são respeitados (devido à influência da psicologia). Após, surgiu à tendência tecnicista que deveria preparar mão-de-obra para ser aproveitada pelo mercado de trabalho, houve a supervalorização dos meios tecnológicos, dos métodos de ensino, que se tornam extremamente sofisticados, com uma preocupação de garantir a eficiência e eficácia no processo de ensinar nas escolas brasileiras. Há, também, a tendência crítico-social dos conteúdos, também, conhecida por pedagogia histórico-crítica confrontando os conteúdos com a realidade social. Sua tarefa principal centra-se na difusão dos conteúdos, que não são abstratos, mas concretos. Nesse sentido, cabe ao professor escolher conteúdos mais significativos para o aluno, os quais passam a contribuir na sua formação profissional. Tudo isso visando à inserção do aluno no contexto social. Não basta que os conteúdos sejam bem ensinados, é preciso que tenham significação humana e social.

Esses movimentos surgiram dentro de um contexto histórico-social

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