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DROGAS

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Por:   •  10/3/2015  •  5.727 Palavras (23 Páginas)  •  257 Visualizações

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NTRODUÇÃO

O uso ilícito de drogas nos últimos anos tem aumentado num ritmo alarmante e tem ultrapassado todas as fronteiras sociais, econômicas, políticas e nacionais. Esse aumento pode ser atribuído a vários fatores, entre os que figuram a falta de informação fidedigna sobre os perigos a longo e curto prazo do consumo de drogas; ao caráter limitado das atividades preventivas (quase que inexistentes em nosso país), e a falta de consciência sobre a magnitude do problema dos estupefacientes. Os problemas do uso indevido de drogas têm sido descritos como um excesso de consciência nos jovens e uma falta de consciência entre os adultos.

A prevenção do uso indevido de drogas – mediante a sensibilização, a educação e a ação – é fundamental para lograr deter o uso indevido de drogas e a criminalidade associada à mesma. Para aquelas pessoas que se iniciaram no uso indevido de drogas, a educação brinda um caminho para uma intervenção e um tratamento com êxito, para sensibilizá-las sobre os riscos e perigos do uso indevido e continuado de drogas, e lhes ajuda a deixar seu uso.

Nos Estados Unidos da América, George Gallup, fez uma pesquisa e pediu aos adolescentes que mencionasse qual era a principal ameaça para sua geração. A resposta foi a seguinte:

1) O abuso de drogas - 35% ;

2) O desemprego -16%;

3) O abuso do álcool;

4) A pressão dos amigos.

Agora perguntamos: Por que um perigo de tamanha magnitude comumente é ignorado? As respostas não são fáceis.

Primeiro, a maioria dos milhares de famílias que terão problemas por primeira vez este ano, experimentarão a tragédia em silencio, crendo que é o resultado de suas falhas pessoais e uma experiência vergonhosa e exclusiva.

Segundo muitas das principais opiniões médicas e políticas de nosso país, especialmente a comunidade intelectual, têm escrito sobre o problema das drogas como um assunto social curioso que deve ser relegado ao setor direitista de nossa sociedade.

Terceiro, o uso de drogas é tão comum que é difícil assimilar a devastação que está causando, visto que temos a tendência de perder o medo a qualquer coisa que vemos diariamente. Nos acostumamos.

Quarto, os problemas causados pela droga, tais como acidentes automobilísticos ou mortes por sobredose, em muitos casos, ocorrem depois de muito tempo de usar drogas. Além disso, desde a perspectiva do usuário, estes problemas são incertos e imprevisíveis.

Se todos os usuários de cocaína tivessem uma sobredose fatal com pouco tempo de uso da droga, a cocaína desapareceria. Se qualquer bebedor (alcoólatra) sofresse uma cirrose do fígado em poucas semanas de haver começado a beber, se terminaria com o uso das bebidas alcoólicas. Porém, para o usuário de cocaína ou outra droga, uma morte por sobredose é imprevisível, retardada e não tão comum. A mesma coisa com respeito à cirrose. É um problema que pode acontecer com o outro, não conosco.

Quinto: Por último, existem muitos dependentes de drogas que parecem "seguir em frente". Usam drogas, desde heroína ao álcool, aparentemente sem efeitos negativos. Quer seja que estes indivíduos representem a maioria ou uma pequena minoria de todos os usuários, este grupo, aparentemente invulnerável, exerce uma poderosa atração para os potenciais usuários; sustentam a esperança de uma "viagem segura".

O QUE É UMA DROGA?

As drogas que nos interessam, nesse tema que nos reúne, "são quaisquer substancias químicas, sólidas, líquidas ou gasosas que, ao ser usado pelo indivíduo, alteram seu estado de consciência". O resultado direto da droga se apresenta no cérebro do usuário, produz uma intoxicação, um estado mental alterado e, supostamente, "agradável".

O QUE É UM ADITO OU DEPENDENTE?

Hoje há diferentes classificações para designar a um "adito". O que é um adito? O que significa adição? Se uma pessoa orienta sua vida ao redor de determinada droga, se sente que não pode viver sem ela, e se sofre sintomas físicos quando a droga lhe é retirada, poderia ser classificado como um adito. (...)

Podemos dizer que, a adição é uma compulsão irresistível de usar uma droga cada vez com mais freqüência e em quantidades maiores, mesmo conhecendo os sérios efeitos físicos ou psicológicos e o dano extremo que resulta nas relações pessoais e no sistema de valores da pessoa. O que diferencia a vítima, é o tipo de droga e o ambiente onde se usa.

Diferentes organismos internacionais afirmam que se queremos diminuir progressivamente o número de afetados, tem-se que pensar em articular estratégias de intervenção mista: 1) as destinadas à limitação da disponibilidade das drogas e 2) as destinadas a reduzir a demanda das mesmas.

INFORMANDO

Uma das melhores maneiras de prevenir o uso de drogas é assegurando-se de que a população esteja bem informada sobre o assunto. Até agora tem sido muitos os modelos de prevenção que têm colocado muito ênfase na informação e a mudança de atitudes, partindo de uma relação simplista e ingênua. Tal relação supõe que o incremento da informação sobre as substancias e seus efeitos negativos, conduzirá ao fortalecimento das atitudes e, portando, das condutas positivas. Mas como se sabe, a informação por si só não conduz à mudança de conduta. Às vezes não é suficiente.

Pensar que a conduta responde à racionalidade e que a pessoa simplesmente ao conhecer os riscos e seus custos mudará de atitude, é como omitir outros aspectos chaves que influenciam sobre o comportamento, tais como: nível emocional, história de aprendizagem, expectativa pessoais e sociais, etc.

INFORMAR NÃO É EDUCAR

Lamentavelmente, as campanhas costumam ser ações isoladas e fora do contexto, dirigidas a uma população heterogênea e realizadas à margem dos grupos organizados da comunidade, com um planejamento e direção centralizada, com uma grande mobilização de meios publicitários, propagandisticos e orçamentários.

Este tipo de ações costuma ter uma eficácia limitada já que seu impacto é de escassa duração. Os cidadãos não estabelecem relações causa-efeito e as mensagens correm

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