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Definições Contemporânea De Espaço Urbano

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Por:   •  19/3/2014  •  1.359 Palavras (6 Páginas)  •  401 Visualizações

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Definições contemporâneas de espaço urbano

Para estimular as habilidades referentes às intervenções no espaço urbano é necessário criar competências na área da história e da teoria da urbanização – que são os assuntos principais dessa disciplina – e nos meios que surgiram ao longo do tempo para modificar a cidade. Para isso o domínio de conceitos básicos desse assunto é fundamental para a compreensão das enormes escalas dos problemas e necessidades que o aluno precisa compreender sobre o ambiente que está se tornando, gradativamente, o principal local de vida do homem em todo o planeta, a cidade.

Urbanização:

Urbanização é o processo de surgimento e expansão dos espaços urbanos, que constituem as cidades, metrópoles e demais áreas consideradas urbanas. Há também processos de desurbanização, com o desaparecimento de cidades ou esvaziamento de áreas antes densamente ocupadas. O termo, portanto, se refere unicamente ao processo de transformação de áreas não ocupadas pelo homem, ou áreas exclusivamente rurais em espaço urbano. Já houve tentativas de criar processos de urbanização que tentavam mesclar o campo com a cidade, mas o aspecto urbano dessas propostas sempre prevaleceu. O termo urbanização não inclui em sua definição a maneira nem a qualidade como ocorre o processo. Para isso há outros termos complementares que veremos adiante.

Urbanismo científico:

Urbanismo é o nome dado a uma disciplina, de caráter científico, que tenta explicar o crescimento, a produção e o desaparecimento das cidades, tanto no passado, quanto no futuro. Foi criado no século 19, como uma forma de tentar tratar, de forma racional, o surgimento e a transformação das cidades. O arquiteto Alfred Agache se descreve como criador do termo Urbanismo (AGACHE,1931), definindo-o da seguinte maneira:

“Uma ciência, e uma arte e, sobretudo uma filosofia social. Entende-se por urbanismo, o conjunto de regras aplicadas ao melhoramento das edificações, do arruamento, da circulação e do descongestionamento das artérias públicas. É a remodelação, a extensão e o embelezamento de uma cidade, levados a efeito, mediante um estudo metódico da geografia humana e da topografia urbana sem descurar as soluções financeiras".

Com o passar do tempo também incluiu em seu significado a capacidade de intervir nas cidades, através do planejamento urbano. O fato de ser uma disciplina de caráter científico nem sempre correspondeu a algo equivalente no mundo real: a possibilidade de conhecer os processos de urbanização através dessa disciplina nem sempre significou a criação de meios de intervenção eficazes que transformassem adequadamente as cidades existentes ou criassem novas cidades eficientes e melhores.

Urbanismo funcionalista:

Como o próprio nome diz é uma área do urbanismo científico que surgiu com base em um raciocínio sobre a cidade que a transformava em um objeto funcional. A proposta era tratar a cidade como uma máquina, ou algo equivalente, ou seja, que pudesse ser tratado como uma máquina, um organismo criado pelo homem, capaz de exercer certas funções previamente estabelecidas. O documento que consolida esse pensamento, e que não possui um criador único, é a Carta de Atenas. Esse urbanismo é característico da arquitetura e urbanismo modernos que começam a ganhar corpo no final do século 19. As propostas modernas começam a ser aplicadas em massa a partir do final da Primeira Guerra Mundial e após o término da Segunda Guerra Mundial. As críticas ao urbanismo funcionalista começam a se intensificar na década de 1950 e aumentam nas décadas seguintes, principalmente na Europa e depois em outros países, incluindo o Brasil. A cidade de Brasília (cujo planejamento e construção inicia-se entre 1956 e 1960) é um dos exemplos mais conhecidos de urbanismo funcionalista aplicados na prática.

Urbanização dispersa:

Nesse tipo de urbanização, novos bairros surgem longe do centro da cidade e se espalham em diferentes formas, que vão desde condomínios de luxo até favelas no entorno de estradas. Nas últimas décadas, a população brasileira se concentrou em um número reduzido de grandes núcleos metropolitanos. Mas, paradoxalmente, a concentração nesses polos foi acompanhada de uma dispersão no espaço intraurbano, que tomou proporções gigantescas nos últimos 20 anos. Não se trata de cidades com espaços rurais entre elas, mas sim de espaços intraurbanos, grandes manchas descontínuas de espaços urbanizadas, com um grande núcleo, em geral, que é a cidade de maior porte.

O processo de dispersão urbana ocorre, de maneira simplificada, do seguinte modo: há um aumento populacional que estimula o aumento dos preços. A tendência é que a população que vem de outros lugares em busca das metrópoles procurem os municípios vizinhos, onde a terra é mais barata. Essa situação já está se repetindo com o aumento populacional vegetativo. Então, em vez de crescer como uma mancha de óleo como no tempo das ferrovias – porque era preciso que todos estivessem juntos a ela, por questões de facilidade de acesso a tudo que a ferrovia trazia e levava – as pessoas usam as rodovias e estradas vicinais e vão morar em conjuntos fora da cidade. A vida delas ocorre entre esses lugares afastados e a metrópole. E entre esses núcleos também há mudanças, pois o mundo rural que havia nesses interstícios desaparece. Nas áreas extensas, há a agroindústria.

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