Delinquência Juvenil
Trabalho Escolar: Delinquência Juvenil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 20082014 • 4/6/2014 • 4.949 Palavras (20 Páginas) • 1.161 Visualizações
Sumário
1. Introdução.................................................................... 01
2. Conceito de violência e delinqüência com base nas teses de Michel Foucault e outros pensadores................................................................... 02
3. Criação do ECA e relação com menores infratores.......05
4. Delinqüência juvenil e comportamento delinqüente....07
5. Depressão na adolescência..........................................11
6. Auto-estima na adolescência........................................13
7. Delinqüência como problema social.............................15
8. Posicionamento conclusivo do grupo...........................18
9. Referências Bibliográficas.............................................19
Introdução ao assunto
O grupo procurou abordar o tema delinqüência juvenil, com enfoques nas áreas filosófica, psicológica e social.
Essas abordagens nos levam a um parâmetro muito além do imaginado, trata da delinqüência não só como um problema social que é causado pela marginalização do menor infrator, e nos leva a perguntar por que o jovem age de tal maneira e o que é necessário para que a sociedade não sofra com isso.
Demos enfoque nos principais pensadores e nos seus conceitos, e também na parte psicológica do problema. Sabemos que a delinqüência juvenil não é caracterizada somente pelo seu fator social e sim abrange várias instituições como a família e o relacionamento do jovem com ela, a escola que ensina o caminho certo a esse indivíduo. Levando mais adiante sabemos que a privação da liberdade desse jovem, e deixá-lo “jogado”, não trará bons resultados, deve haver um procedimento para que esse jovem se reintegre a sociedade, como veremos no contexto dessa pesquisa.
Conceito de violência e delinqüência com base nas teses de Michel Foucault e outros pensadores.
Pelo que vimos na tese de Michel Foucault, ele não considera somente o Estado, como detentor do poder, e sim, a família, a escola e outras instituições. Ele apresenta um comportamento critico, e diz que o “poder do significante, disciplina e dociliza o sujeito de acordo com a realidade social.
Foucault ainda ressalta, que a falta de autonomia e de controle, pode levar o sujeito a entrar nesse mundo de violência, que pode atingir várias pessoas, e o que é mais preocupante: as crianças e adolescentes, que estão na fase de desenvolvimento, e que muitos dizem, são o futuro de uma nação.
Outros pensadores, como Rosseau, acredita que todo indivíduo é bom, o mal é uma conseqüência da sociedade, e para Hobbes que diria, que nosso “eu” precisa ser socializado, que precisa saber viver em sociedade.
Percebemos também, que grande parte dos jovens que praticam delitos dentro de uma sociedade sofrem com problemas de pobreza e exclusão social, ambos estão interligados, pois a pobreza é um fator marcante de tal exclusão. Outro fator resultante da delinqüência juvenil é a diferença entre ricos e pobres.
Para Foucault, a violência é algo que está dentro do homem, porém não podemos deixar que se torne algo grande, monstruoso e severo. E sim, devemos arrumar uma maneira de conter essa situação. Acredita que se a violência for usada para forçar um indivíduo a fazer algo, ou agir de forma violenta para que um grupo se submeta a outro, como diz em seu livro “Vigiar e Punir”, onde esclarece todas as formas de poder soberano, haverá mais violência ainda.
Temos também, Corbisier, que acredita que a violência está enraizada nas sociedades, e também vem pela divisão social dentro dela.
Da Matta e Gauer, relacionam violência com consumo e poder, e dizem que esse tipo de sistema, onde um tenta ser mais que o outro gera esse tipo de conflito.
Arendt vai contra a reflexão de Da Matta e Gauer, e diz ainda, que um independe do outro para existir, isto é, um só existe na ausência do outro, porém ressalta que não pode desconsiderar o fato que a coerção do Estado sobre os indivíduos pode gerar conflitos entre a sociedade e o Estado.
Então, podemos concluir depois de várias reflexões filosóficas, que a violência está interligada com vários problemas sociais e não é um fator isolado, e sim muito complexo. Veremos a seguir que um problema puxa outro, com base nessas teses.
A partir do momento que o Estado obriga, ou age de maneira coercitiva sobre uma sociedade, essa sociedade age de forma violenta inesperada, e essa concentração no poder na mão de poucos ocasiona a exclusão social, que tem uma forte ligação com a delinqüência, e como esse, a sociedade apresenta outros problemas, como fome, miséria, desemprego.
Entrando na violência estrutural, nos deparamos com várias teses, que ela se aplica a estruturas organizadas e institucionalizadas, e ela pode se manifestar de várias maneiras.
Vários pensadores encaram a delinqüência juvenil como um resultado de vários fatores, que muitas vezes envolvem o poder e ao mesmo tempo a falta dele, ou seja, o poder está concentrado na mão de poucos, e ao mesmo tempo não existe um poder que dê benefícios para parte da população, o que leva essa grande maioria a praticar delitos, por exclusão social, desemprego, falta de moradia, saúde e alimentação precária.
A modernização e o capitalismo também geraram parte dessa problemática, pois o capitalismo faz com eu poucos enriqueçam, e essa parte Comte explica muito bem em suas teses.
Todos esses fundamentos explicados até agora, nos levam a violência estrutural, e afeta indivíduos com poucas condições tanto financeiras, como físicas. E em seu caráter psicológico, inibe a vontade do indivíduo, levando estes a uma vida, precária, triste e muitas vezes depressiva.
Agora, que já temos o conceito de violência parcialmente definido, falaremos sobre a forte ligação com a delinqüência juvenil.
A delinqüência juvenil é sempre encarada a grosso modo, isto é, é tratada diretamente pelo código penal, porém a sociedade ignora a raiz do problema, porque aquele jovem realiza tal conduta, a sociedade deve cobrar
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