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Demonstraçoes Financeiras

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Por:   •  7/6/2013  •  1.262 Palavras (6 Páginas)  •  332 Visualizações

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EXAME DA SAÚDE ECONÔMICA, FINANCEIRA E PATRIMONIAL DA SOCIEDADE ANALISADA

De acordo com a análise dos índices econômicos e financeiros da Indústria Romi S.A. em 2007 e 2008, bem como pela interpretação da Análise Vertical e Horizontal do Balanço Patrimonial e da DRE,presentamos a seguir relatório circunstanciado, interpretando e concluindo sobre a evolução financeira da empresa neste período, e destacamos as seguintes informações:

A Participação de Capitais de Terceiros demonstra que, em 2007, o capital de terceiros representou 53,53% do total dos recursos investidos na empresa; já em 2008, esse percentual aumentou para 59% do total dos recursos, revelando que a empresa está, mas dependente de capital de terceiros.

A Composição do Endividamento indica que a divida a curto prazo no ano de 2007, representava 43,51%; no ano de 2008, esse percentual caiu para 42,21%, mostrando que houve uma menor concentração da divida a curto prazo. Não há grandes preocupações com relação ao pagamento de dividas concentradas a curto prazo.

O Grau de Imobilizado do Patrimônio Líquido apresenta que, em 2007, a empresa havia investido 20,86% do Patrimônio Líquido no Ativo Permanente, deixando pouco mais de 79% investido no Ativo Circulante; Já no ano de 2008, esse percentual subiu para 38,56%, mostrando uma mudança na política da empresa ao direcionar menos recursos para o Ativo Circulante.

O Grau de Imobilizado dos Recursos não Correntes sinaliza que, em 2007, a empresa utilizou 12,62%dos recursos não correntes no financiamento do Ativo Permanente; esse percentual aumentou para 21,01% em 2008, demonstrando que a empresa optou por direcionar mais desses recursos para o Ativo Permanente e menor parcela para o Ativo Circulante.

No Índice de Liquidez Geral, podemos interpretar que, em 2007, a empresa possuía, para cada R$ 1,00 de dívida, R$ 4,05 de recursos disponíveis para pagamento a curto e longo prazo; já em 2008, a empresa diminuiu sua Liquidez Geral, tendo, para cada R$ 1,00 de dívida, R$ 3,80 de recursos disponíveis.

No Índice de liquidez Corrente, identificamos que, em 2007, a empresa possuía R$ 2,52, de recursos para cada R$ 1,00 de dívida, ocorrendo uma queda no indicador em 2008, em caiu para R$ 2,14 de recursos para cada R$ 1,00 de dívida, mostrando que a empresa teve uma queda em sua gestão de caixa. Pois quanto maior for esse indicador, melhor.

Em relação à Liquidez Seca, a empresa possuía, em 2007, recursos a curto prazo no valor de R$ 1,93 para cada R$ 1,00 de dívida, conseguindo pagar todas as suas dívidas somente com os recursos de rápida conversibilidade ( caixa, bancos e aplicações financeiras), em 2008, houve uma queda no índice mas nada muito grave, no valor de R$ 1,45 para cada R$ 1,00 em dívidas. Essa análise demonstra que a companhia consegue pagar todas as suas dividas somente com os recursos disponíveis, sem necessitar da realização de outros Ativos Circulantes, como os estoques. A empresa demonstra uma ótima gestão de caixa.

Pelo Giro do Ativo, podemos verificar que, no ano de 2007, o volume anual de vendas renovou 0,47 vezes o Ativo Total; já no ano de 2008, esse índice caiu para 0,42, evidenciando queda no desempenho da empresa não manteve o mesmo nível. Fatores como retração do mercado, forte concorrência, pratica abusiva de descontos, descontinuidade na venda dos produtos ou estratégias diferenciadas podem ter contribuído para a diminuição desse desempenho.

O Índice de Margem Líquida mostra que, em 2007, depois de descontados todos os custos e despesas, restaram 19,66% das vendas líquidas da empresa a titulo de Lucro Líquido. Já em 2008, esse índice foi reduzido para 16,23%, indicando que a empresa auferiu menor lucro. As possíveis causas para isso são: queda nas vendas, aumento da carga tributária, custos e despesas acima do previsto e qualquer outra estratégia adotada que culminou na redução da margem de lucro.

A evolução da Rentabilidade do Ativo se mostrou ineficiente entre os dois períodos. Em 2007, a rentabilidade foi de 9,26%, ao passo que, em 2008, esse índice diminuiu para 6,79%, demonstrando que a empresa não remunerou a utilização de seus Ativos com a mesma eficiência que no ano anterior.

O percentual apurado na rentabilidade do Patrimônio Líquido indica que e empresa remunerou o capital investido pelos sócios em 17,37% no ano de 2008. Esse percentual deverá ser comparado com as taxas de outros rendimentos do mercado, como aplicações financeiras, cadernetas de poupança, ação, dentre outros.

Já os índices de Financiamentos de Ativo demonstraram que, em 2007, as participações das instituições de créditos representavam do total de investimentos, 46,24%; houve uma razoável melhora, em 2008, para 49,23%. Isso indica que houve uma diminuição da participação de capital próprio dos sócios ou de terceiros, como fornecedores, impostos e outros.

O Nível de Endividamento com bancos ( participação de instituições de créditos no endividamento) verificou que, no ano de 2007, os financiamentos representavam 86,37% do capital de terceiros investido na empresa, reduzindo-se para 83,44% em 2008, demonstrando que a empresa liquidou empréstimos ao longo do ano ou movimentou suas operações com recursos próprios, ou de suas próprias atividades ou de sócios.

O Grau de Financiamento do Ativo Circulante (financiamento do Ativo Circulante por instituições financeiras) aumentou entre os dois anos: em 2007, os financiamentos a curto prazo ( Passivo Circulante) representavam 28,26% dos recursos disponíveis no Ativo Circulante da empresa; em 2008, essa relação aumentou para 33,42%. Esse aumento mostra que a empresa se tornou mais dependente de capital de terceiros para financiar o seu Ativo a curto prazo.

A respeito de Análise Vertical do Ativo, Passivo e da Demonstração do Resultado, podemos verificar que o Ativo Circulante diminuiu sua representatividade sobre o total do Ativo de 58,64%, em 2007, para 53,33%, em 2008, especialmente pelo caixa e equivalência de caixa que ano de 2007 era de 14,09%, em 2008 passou a ser 8,13% e títulos mantidos para negociação caiu de 8,31% para 3,23% nos respectivos anos.

A conta Financiamentos aumentou sua participação no total do Passivo, de 29,66%, em 2007, para 31,41%, em 2008, demonstrando que o endividamento no longo prazo subiu em relação ao total das obrigações.

Constatamos que a margem de lucro de 16,32%, em 2007, caiu para 13,50%, em 2008. Isso se deve particularmente ao crescimento das despesas administrativas, que aumentaram sua representatividade da receita líquida de 19,09%, em 2007, para 20,08%, em 2008.

A respeito da Análise Horizontal do Ativo, Passivo e da Demonstração do Resultado, podemos verificar que o Ativo cresceu 23,94% de 2007 para 2008, e esse impacto se deve sobre tudo, ao aumento das Disponibilidades (bancos e Aplicações financeiras). O lucro gerado em 2008, boa parte foi investida no Ativo Imobilizado.

Em relação ao Passivo, circulante aumentou em 32,52% de 2007 para 2008, acréscimo ocorrido em particular pelo aumento de Dividendos e juros sobre o capital próprio, que foi de 395,87%. O bom resultado líquido apurado no ano incrementou o pagamento dos tributos.

E finalmente, na Demonstração do Resultado, contatamos que a Receita Operacional Líquida consolidada apresentou um crescimento de 10,15%, em comparação a 2007, atingindo R$ 696 milhões. Este crescimento deve-se, basicamente, ao bom desempenho geral de suas operações e pelo desempenho positivo da atividade industrial no Brasil nos nove primeiros meses de 2008, O Lucro Líquido diminuiu para -9,07% no mesmo período em virtude das despesas operacionais em torno de 15,64%.

Concluímos, com base nos dados, informados e índices econômicos e financeiros apresentados neste Relatório de análise, que a Indústria Romi S.A. encontra-se em boa situação financeira, apresentando, entre os dois períodos analisados, uma boa evolução, crescimento em suas operações e boa rentabilidade. Com base nessas informações, o analista pode decidir com propriedade sobre a possibilidade de concessão de crédito, avaliação de novos investimentos e até sobre o valor da empresa.

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