Desenho Infantil
Ensaios: Desenho Infantil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Natty_250178 • 25/6/2014 • 1.268 Palavras (6 Páginas) • 1.516 Visualizações
RESUMO
Este trabalho se objetiva na necessidade de entender a importância do desenho infantil na construção da aprendizagem e vida infantil. O desenho é o antecessor da escrita, pois é onde a criança representa seus sentimentos e o que a rodeia. Enquanto a mesma não sabe escrever, o desenho se torna uma necessidade que deve ser valorizada e incentivada, pois não somente rabiscos num papel, mas sim sentimentos e tempo dedicado aquele desenho. O desenho para a criança é de extrema valia. Adultos (família) e professores devem entender e estarem cientes de que toda criança passa por um processo de aperfeiçoamento e que cabe a eles o incentivo, os estímulos e as oportunidades.
Palavras-chave: Desenho. Lúdico. Criatividade. Faz de conta. Imaginação.
1 INTRODUÇÃO
Dentro da disciplina de Metodologia do Ensino da Arte optou-se pelo assunto Desenho Infantil. Este trabalho se objetiva em fazer um relato a respeito da importância do desenho infantil em todas as etapas da vida infantil, pois o mesmo é visto atualmente como um estereótipo, ou seja, os professores estão se atendo a desenhos prontos, impressos onde as crianças devem somente pintar as imagens.
“O ato de desenhar envolve a atividade criadora; é através de atividades criadoras que a criança desenvolve sua própria liberdade e iniciativa e outros o que permitirá” (LOWERNFELD, 1970 p.16)
Devemos incentivar as crianças a desenharem, traçarem livremente, deixarem que as crianças usem sua imaginação, sua criatividade deem asas aos traçados. O desenho é a primeira representação gráfica das crianças, considerada assim uma forma lúdica. Cabe aos professores a função de mediar e facilitar com o intuito de ampliar as experiências incentivando e desafiando as crianças à construção de suas próprias representações. Fugir das cópias, dos desenhos prontos.
De acordo com Pillar (2006) as crianças não nascem sabendo desenhar, pois o mesmo é um conhecimento construído a partir da sua relação direta com o objeto, assim são suas estruturas mentais é que definem as suas possibilidades quanto à representação e interpretação do objeto. Fazendo desta forma que a seja o sujeito de seu processo, onde ela aprenda a desenhar a partir de sua interação com o desenho.
2 O DESENHO INFANTIL
O desenho é um ato que surge e se dá de maneira espontânea e consequentemente evolui juntamente do processo de desenvolvimento global da criança. O desenho também é considerado com uma maneira de se comunicar e de se expressar.
A criança rabisca pelo prazer de rabiscar, de gesticular, de se aprimorar. O grafismo que daí surge é essencialmente motor, orgânico, biológico, rítmico. Quando o lápis escorrega pelo papel, as linhas surgem. Quando a mão para, as linhas não acontecem. Aparecem, desaparecem. A permanência da linha no papel se investe de magia e esta estimula sensorialmente a vontade de prolongar este prazer (DERDYK, 2004, p.56).
A criança começa através de rabiscos e traços e com o passar dos tempos vai percebendo que aqueles rabiscos podem formar algo e assim vai unindo-os com o intuito de formar algo. Cada vez vai aperfeiçoando mais seus traços até possuir uma boa coordenação motora, que é essencial.
A tarefa de desenhar é uma atividade lúdica, ou seja, trabalha com o imaginário, com o faz de conta das crianças, além de ser um forte influenciador na coordenação motora ampla e fina, raciocínio, criatividade, memória, interesse e etc.
Muitos desenhos feitos pelas crianças não são entendidos pelos adultos e pior de tudo são rotulados como feios, horríveis, sendo somente um monte de rabiscos ou borrões. Este tipo de comentário poderá acarretar problemas na vida da criança, um bloqueio. O adulto assim como o professor deve estar ciente de que o desenho, assim como a escrita e a leitura passam por um processo que se evolui conforme as oportunidades, estímulos e incentivos.
Segundo a análise dos estudos de Piaget mostram que o desenvolvimento do desenho segue os mesmos estágios de Luquet (1969), no entanto são analisados dentro da perspectiva das fases do desenvolvimento infantil da representação. Piaget classifica as fases do desenho como:
Garatuja que faz parte da fase sensória motora (0 a 2 anos) e parte da fase pré-operatória (2 a 7 anos). A criança demonstra extremo prazer nesta fase. A figura humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária. A cor tem um papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste, mas não há intenção consciente. A fase da garatuja pode ser dividida em outras duas partes:
• Desordenada: movimentos amplos e desordenados. Com relação à expressão, vemos a imitação "eu imito, porém não represento". Ainda é um exercício, simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase,
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