Trabalho de análise do desenho infantil
Por: Gisela Bertoloni • 28/3/2016 • Trabalho acadêmico • 4.193 Palavras (17 Páginas) • 1.640 Visualizações
Universidade Paulista
Unip
Trabalho de análise do desenho infantil
Santana de Parnaíba
2014
- INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo a realização de uma análise do desenho infantil em duas faixas etárias diferentes, de (3 a 5 anos) e (7 a 11 anos).
A seguir teremos a fundamentação teórica, onde veremos os três principais estudiosos Luquet, Piaget e Lowenfeld , descreverem as etapas gráficas do desenvolvimento do desenho infantil
Vamos analisar dois desenhos de cada faixa etária diferente e fazer a comparação com os estudiosos Luquet, Piaget e Lowenfeld
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O ato de desenhar não se trata apenas de um gesto mecânico ao acaso, cada movimento tem um significado simbólico, dessa forma o desenho infantil é alvo de vários estudos e de diversas áreas do conhecimento.
O desenho é para a criança um modo muito significativo e prazeroso de expressão e de representação e que transita entre o real e o imaginário. Desenhar e rabiscar são formas de comunicação e expressão desde os primórdios da humanidade, mas para a criança nem sempre o importante é atribuir significados aos seus rabiscos, pois quando descobre as propriedades do giz, do lápis e da tinta os explora e diverte-se com as novas descobertas, quando rabisca está desenvolvendo sua criatividade e ampliando sua capacidade de expressar-se. Com o passar do tempo, esses rabiscos e desenhos passam a ser feitos intencionalmente e a criança começa a usar o desenho para comunicar seus pensamentos, desejos, emoções, exteriorizar seus sentimentos e brincar com a realidade, seu desenho ganha simbologia e significação potencializando sua capacidade de criar. O primeiro desenho simbólico em sua maioria é o da figura humana.
Jean Piaget
Conhecido como psicólogo do desenvolvimento; nasceu a 9 de agosto de 1896 em Neuchâtel, Suiça ;
Combinando seu pensamento de jovem biólogo à sua posterior fascinação pela epistemologia, Jean Piaget construiu um nicho próprio de pesquisa em uma disciplina que ele denominou epistemologia genética, que estuda as mudanças da inteligência conforme a criança cresce. Piaget não estava interessado em comparar níveis de inteligência entre crianças de idades diferentes( mudanças cognitivas qualitativas); seu foco era o desenvolvimento natural das habilidades mentais ao longo do tempo (mudanças cognitivas qualitativas).
Piaget queria investigar as diferenças no tipo, na experiência e qualidade infantil, o que implicava uma pesquisa “qualitativa”.
Piaget acreditava que as crianças são aprendizes autônomos e ativos que usam os sentidos para interagir com o mundo ao seu redor, à medida que passam pelos estágios de desenvolvimento. Defendia também que era primordial estimular e orientar a criança nesse percurso, dando –lhe liberdade de vivenciar e explorar ao coisas por conta própria, de maneira totalmente individual, pautada por tentativa e erro.
De acordo com a teoria do desenvolvimento humano de Piaget que divide em períodos do desenvolvimento humano de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que, por sua vez, interfere no desenvolvimento global.
São estes:
- 1º período: sensório motor (0 a 2 anos)
- 2º período: pré-operatório (2 a 7 anos)
- 3º período: operações concretas (7 a 11ou 12 anos)
- 4º período: operações formais (11ou 12 anos em diante)
Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que o individuo consegue fazer de melhor nessas faixas etárias.Todos passam por todas essas fases ou período, nessa sequência, porém o inicio e o termino de cada uma delas dependem das características biológicas do individuo e de fatores educacionais, sociais. Portanto, essa divisão em faixas etárias é uma referência, não uma norma rígida.
Com relação ao desenho infantil a análise piagetiana apresenta algumas fases. São elas:
• Garatuja: (estágio Sensório Motor) ao completar um ano de idade, a criança passa pelo estágio da garatuja onde ela sente prazer em traçar linhas em todos os sentidos sem levantar o lápis do papel como se esse fosse o prolongamento de sua mão. Como nessa fase os desenhos estão em relação direta com o “eu” (ego), eles refletem momentos distintos na criança que podem representar felicidade (através de traços fortes que ocupam em sua maioria um grande espaço do papel), comportamentos instáveis (através de quedas constantes dos lápis das mãos) e quando não estão se desenvolvendo bem (visualmente percebido quando não sabem segurar o lápis) Nessa fase à figura humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária e o uso das cores tem um papel secundário o que faz com que apareça o interesse pelo contraste. Até os dois anos de idade a criança desenha sem intenção consciente o que divide a garatuja em dois momentos. São eles:
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