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Deveres E Responsabilidade Dos Auditores

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Por:   •  15/10/2013  •  1.611 Palavras (7 Páginas)  •  425 Visualizações

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V – CUSTO – VOLUME – LUCRO

Crescer com lucro é o principal objetivo das empresas. Por essa razão, os gestores precisam antecipar o resultado das suas decisões, prevendo como isso irá afetar os lucros. Por exemplo, o que acontecerá com o lucro se a empresa gastar R$ 50.000,00 para duplicar o número de unidades vendidas? Os gestores também enfrentam questões, como: quantas unidades devemos vender para ganhar R$ 100.000,00? Que preço devemos praticar?

Para responder a essas perguntas, os gestores analisam a relação custo-volume-lucro. “O primeiro passo na análise custo-volume-lucro é classificar os custos de acordo com o seu comportamento” (LOUDERBACK e HOLMEN, 2003, p.27), o que implica desprezar a classificação normalmente utilizada nas demonstrações contábeis para usuários externos.

Um custo é classificado como fixo ou variável se o total incorrido mudar com atividade (termo geral para determinar qualquer coisa que a empresa faz, como número de peças produzidas, horas trabalhadas, pedidos atendidos etc.). A medida de atividade mais comum é o volume, o que nos leva à conclusão de que os custos variáveis mudam na proporção direta das mudanças no volume.

Margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda unitário e o custo variável unitário. A contribuição total é a diferença entre as vendas totais e os custos variáveis totais e a margem de contribuição em percentual é a relação entre a margem de contribuição unitária e o preço de venda unitário. Custos fixos são aqueles que permanecem inalterados em relação ao volume produzido.

Custos Totais = Custos fixos + (Custo Variável unitário x Quantidade)

Vejamos um exemplo extraído de Louderback e Holmen (2003, p.29).

Exeter Company

Demonstração de Resultados em vários níveis de vendas

5.000 unid 6.000 unid. 7.000 unid.

Vendas (R$ 20,00 por unid) R$ 100.000,00 R$ 120.000,00 R$ 140.000,00

Custos variáveis (R$ 12,00 por unid) 60.000,00 72.000,00 84.000,00

Margem de contribuição (R$ 8,00 por unid) 40.000,00 48.000,00 56.000,00

Custos fixos 40.000,00 40.000,00 40.000,00

Lucro 0,00 8.000,00 16.000,00

O exemplo acima permite algumas conclusões. O aumento de 1.000 unidades no volume implica na mudança de R$ 8.000,00 na margem de contribuição (1.000 unids x R$ 8,00). Assim, podemos calcular o lucro, multiplicando a margem de contribuição unitária pela quantidade e subtraindo o total de custos fixos. Por exemplo, para 10.000 unidades, teríamos um lucro de R$ 40.000,00 (10.000 x R$ 8,00 = R$ 80.000,00 – R$ 40.000,00 = R$ 40.000,00).

É importante perceber que estamos trabalhando com um exemplo simplificado, para um período curto de tempo. Para uma análise em médio ou longo prazo, é preciso considerar que o total de custos fixos pode mudar por diversas razões. A elevação de preços (inflação) é provavelmente o principal motivo para essa mudança. A competição entre os agentes de mercado também afeta os custos fixos, assim como as necessidades internas da empresa em contratar mais empregados. Por essa razão, muitos autores preferem usar a expressão custos não variáveis em vez de custos fixos.

O ponto de equilíbrio (break-even point) ocorre quando o total das receitas é igual ao total dos custos. Trata-se, portanto, de uma medida de grande interesse dos gestores porque operar abaixo do ponto de equilíbrio representa perdas para o negócio. A partir desse nível, a empresa para a ser lucrativa, o que leva os gestores a querer conhecer qual a margem de segurança (total de vendas que deve ocorrer para exceder o ponto de equilíbrio). A margem de segurança, portanto, é a diferença entre as vendas esperadas e o ponto de equilíbrio, que pode ser expressada em unidades do produto, em R$ e em percentual.

Fórmulas para calcular o ponto de equilíbrio:

ou

Aplicando ao exemplo da EXETER, podemos interpretar a questão da seguinte forma: “quantas unidades devemos vender para cobrir os custos da empresa?”

Na hipótese da empresa haver fixado uma meta de lucro, por exemplo de R$ 5.000,00, podemos adicionar essa meta aos custos fixos e calcular o ponto de equilíbrio.

Quando utilizamos a margem de contribuição em percentagem, o resultado da equação nos mostrará o ponto de equilíbrio em unidades monetárias.

Ou, se quisermos adicionar a meta de lucro de R$ 5.000,00:

Seguindo o mesmo raciocínio, podemos estabelecer uma meta de lucro em percentual. Vamos admitir que a EXETER tenha interesse em alcançar uma meta de lucro de 15%. Adotaremos uma pequena variação na fórmula do ponto de equilíbrio.

ou

MÚLTIPLOS PRODUTOS

Vimos até aqui a aplicação da análise custos-volume-lucro com um único produto, sem considerar o mix de vendas. Se trabalharmos com diferentes produtos, cada um com a sua margem de contribuição, e em ambiente onde o mix de venda se modifica, a margem total de contribuição da empresa pode ser alterar e os resultados podem ser diferentes

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