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Dialética, Correntes Positivistas E Fenomenológicas No Serviço Social

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Por:   •  16/9/2013  •  3.232 Palavras (13 Páginas)  •  1.529 Visualizações

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Movimento de Reconceituação do Serviço Social.

Este trabalho visa explanar a concepção de vários autores no que tange o período de Reconceituação do Serviço Social. Por tanto grupo sentiu a necessidade de apresentar pontos importantes da história desta profissão no Brasil, antes, durante e após este movimento.

É importante salientar que o Serviço Social baseou-se na teoria das Ciências Sociais, bem como em outras disciplinas a exemplo a sociologia, medicina e direito. Em meados da década de 70, um grupo de assistentes sociais começa a pensar sua prática a partir da vertente instrumental técnico, na busca de alcançar a eficácia de sua ação. Este período é denominado por Netto de Processo de Renovação do Serviço Social. Podemos citar o encontro de Araxá – ocorrido em 1967 – conhecido por I Seminário de Teorização do Serviço Social.

Segundo Netto, a partir da década de 80, sob a influência crítica da vertente Marxista, a profissão aponta a “Perspectiva de Intenção de Ruptura” de um profissional engendrado em oriundas perspectivas de atuação.

É possível encontrar a inspiração do pensamento de Marx, nas pesquisas e na teoria política ideológica, tendo em vista que o assistente social, pertencente à classe assalariada, também vai além, quando percebemos que a categoria se especializou no trabalho coletivo, em vigor na lei 8662/93 e no código de ética atual. No que tange as concepções acerca da Reconceituação, percebe-se o esforço da profissão em caminhar na perspectiva de sua prática, sendo que esta não é meramente executiva, burocrática subalterna e paliativa, mas sim "desvela a dimensão política". Concluímos que a intervenção profissional pode contribuir tanto para uma "nova imagem” quanto para "auto -imagem da profissão, tendo como proposta a defesa dos direitos, proporcionando a transformação de uma nova sociedade, por meio dos projetos societários.

A Auto-imagem do Serviço Social se inicia a partir do instante em que se reconhece como trabalhador assalariado, apontando a característica de uma profissão com limitações. Porém a condição de depender de sua força de trabalho, não é (e nem pode ser) um entrave ao enfrentamento de suas funções ímpares, tendo como base teórica o reconhecimento do indivíduo enquanto cidadão portador de direitos, dentro da sociedade que sempre passa por transformações, a luz de sua luta na defesa de direitos norteia como prioridade de sua ação profissional.

Compartilhamos com Neto quando este menciona que a "renovação de serviço social" é um dos fenômenos marcantes da história da profissão, sob o ponto de que inúmeras transformações que ocorreram entre as décadas de 60 até 90 – e atualmente – influenciaram na formação profissional acadêmica e também na organização política da categoria profissional de assistentes sociais, bem como da sociedade.

O Movimento de Reconceituação conhecido também como Reconceitualização do Serviço Social surge paulatinamente em toda a América Latina em 1930 até a segunda metade de 1960, nos países com desigualdades sociais. Foi criado para dar resposta aos questionamentos da sociedade ao Serviço Social tradicional, e para atendimento das reais necessidades da América latina, em confronto com governos imperialistas e capitalistas.

Ao fazerem questionamentos sobre a dominação, os profissionais começaram a questionar também sua prática profissional. O movimento na América Latina influenciou o Brasil, mas este movimento em nosso país foi diferente, considerando a organização da categoria que buscou a fundamentação para a sua metodologia, teoria, técnica e operacionalização, também em função da realidade social com produção mais alargada e mais crítica das desigualdades sociais.

Foi a partir dos anos 1960 que o conservadorismo e o tradicionalismo do Serviço Social passaram a ser questionados considerando a ocorrência das mudanças políticas econômicas e culturais configuradas no Brasil. Nos anos de 70 e 80 que este movimento realmente emergiu. Um dos fatores da eclosão desse Movimento de Reconceituação foi perda de níveis salariais das camadas médias da qual pertencia o Assistente Social, tendo como reação a sua inserção nos sindicatos.

Ao fazer a articulação com uma das classes iniciou um debate coletivo o que explica a materialização e iniciação política da categoria com viés histórico. O movimento de reconceituação germinou no interior da categoria, tendo como causa o acirramento das contradições ou aumento das desigualdades sociais, e também a inadequação do Serviço Social para atendimento destas demandas brasileiras, pois toda a sua fundamentação teórica vinha de outros países e não atendiam a situação brasileira. Os assistentes sociais além de melhores salários lutavam também contra a carestia e defendiam os moradores das favelas que requisitavam saneamento básico dentre outros. Com a reflexão do movimento também perceberam que não eram considerados profissionais liberais, mas pertencentes à classe trabalhadora.

O Serviço Social foi uma das profissões mais impactadas pelos fatos históricos a partir da ditadura, pois sua ação sempre foi colocada sob a tensão da relação capital versus trabalho. De um lado os dominantes, Estado e Instituições, querendo mais poder e lucro e de outro os trabalhadores, lutando contra a exploração a alienação e a mais valia deste antagonismo surgiu à questão social, resultantes das lutas no combate as desigualdades e exploração social.

É neste contexto que é impossível o profissional se manter dentro da neutralidade tão difundida no início da profissão, e assim a categoria pode identificar a ideologia política dos dominantes e dominados. Outro grande impacto foi que os profissionais se tornaram mais progressistas, vendendo a sua força de trabalho, se reconheceram como trabalhadores, e com compromisso de defender os direitos dos trabalhadores:

Temos que relacionar também ao III congresso a reinserção da classe operária na política, portanto a importância deste movimento para a construção do Projeto Ético Político do Serviço Social. Foi fator também da criação de uma nova identidade profissional baseada em uma dinâmica profissional crítica, com análise da realidade, da totalidade, reconhecendo todo cidadão como sujeito de direitos, e não de favores, promovendo ações para o favorecimento de toda a sociedade, principalmente quando passou a trabalhar com comunidades.

Concluímos que com a Reconceituação tornou-se possível à formação de profissionais com novos perfis, criticando as vertentes individualistas,

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