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Direito

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Por:   •  6/3/2015  •  393 Palavras (2 Páginas)  •  176 Visualizações

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favelados do Esqueleto, a maioria sem esconder a tristeza, começaram a se preparar, ontem, para deixar a favela”, dizia legenda da foto publicada em 30 de junho de 1965 no JB

“O Rio é uma cidade cercada de favelas por todos os lados”, dizia o jornal. Matéria do dia 13 de janeiro de 1965 informava que o Estado removeria a favela Esqueleto depois da remoção da favela Brás de Pina. “Não se verificam atualmente tentativas de formação de novas favelas na Guanabara”, acreditava-se. A Secretaria de Serviços Sociais ainda não sabia o que fazer com as favelas da Zona Sul, quais seriam urbanizadas e quais seriam removidas. “Não é propósito do governo remover favelas só porque incomodam os ricos”, alegava o secretário Luís Carlos Vital.

A favela do Esqueleto seria removida porque a dona do terreno, a Universidade do Estado da Guanabara, hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), queria construir prédios ali. Em meses, a Secretaria iniciaria a transferência dos 18 mil habitantes para a Vila Kennedy. Em junho, a remoção da favela foi marcada para o mês seguinte, para que a favela fosse restituída em três meses à Universidade. “Os moradores da favela do Esqueleto, apesar de no princípio terem se mostrado pouco satisfeitos com as perspectivas de mudança, já se acostumaram com a ideia, após terem visitado as suas futuras moradias na Vila Kennedy.”

No final de junho e início do mês seguinte, 15 das 3080 famílias começaram a mudança para a Vila Kennedy. Venderam porcos e cabritos, que não eram permitidos no novo local pelo Serviço de Saúde Pública. A favela do Esqueleto tinha sido dividida em 12 áreas, e as que começavam a ser realocadas ficavam na área denominada A. Junto com eles, os moradores poderiam levar apenas objetos de uso pessoal tijolos, telhas e caibros. Não poderiam transportar tábuas, para que não construíssem “novos barracos”.

Para ir para a Vila Kennedy, contudo, era preciso ter condições financeiras. Moradores do Morro do Esqueleto e de outras comunidades foram encaminhados para “parques proletários do Estado”, porque não tinham como adquirir uma casa na Vila Kennedy. Pelas residências, os novos proprietários pagariam mensalmente 15% do salário mínimo para casas da classe F, e 18% para a classe G. Havia ainda unidades mistas, casa e comércio, a 20% ou 25% do salário mínimo. O prazo para quitar a dívida era de 15 anos.

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