Direito Do Trabalho

Dedé vai acionar Justiça do

Trabalho se for impedido de jogar

Técnico Paulo Autuori promete que Vasco será competitivo no Brasileiro

O Glob o

RIO - O imbróglio da transferência de Dedé para o Cruzeiro ainda não foi resolvido, e o jogador, que está

treinando com a seleção brasileira para o amistoso de quarta-feira contra o Chile, já sabe o que fará: acionará a

Justiça do Trabalho, requisitando o direito de exercer sua profissão.

Na última sexta-feira, a Fazenda Nacional bloqueou sua transferência para o time mineiro, impedindo-o de atuar

até que a pendência seja resolvida. O Vasco deve cerca de R$ 50 milhões e, com a venda do jogador, a Fazenda

entrou com mandado de segurança para receber parte do dinheiro da transação. O clube, no entanto, alega já ter

gasto o dinheiro com salários atrasados e outras dívidas.

Apesar do impasse, Vasco e Cruzeiro não demonstram preocupação com o caso. Segundo o departamento

jurídico do clube carioca, “a Fazenda se precipitou”, e este “é um caso sem maiores desdobramentos”. Já o time

mineiro pretende inscrevê-lo para a disputa da Copa do Brasil.

Enquanto isso, no Vasco, o clima é de ressaca. Ainda digerindo a péssima campanha na Taça Rio e com férias

forçadas até a estreia no Campeonato Brasileiro, no dia 26 de maio, contra a Portuguesa, o time procura

motivações. Para sobreviver ao período de inatividade, os jogadores receberam uma cartilha com atividades

para manterem a forma física. Já o técnico Paulo Autuori prega otimismo. Afirma que reforços vão chegar e que a

equipe não vai apenas fazer figuração no campeonato nacional.

— Nessa semana deveremos ter novidades. Uns jogadores serão apostas, e outros vêm para fazer a diferença,

resolver. Esses são mais difíceis, claro, mas vamos tentar — garante o treinador. — A prioridade é reforçar.

Vamos trabalhar com bastante jogadores. Muitos novos da base, pois acredito nisso. A equipe será competitiva.

O meia Bernardo, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, vai ser operado no início de

maio. A previsão é que volte às atividades normais em seis meses.