Direito Internacional Público - Conflito Na Síria
Artigos Científicos: Direito Internacional Público - Conflito Na Síria. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: beumzinha • 23/5/2013 • 843 Palavras (4 Páginas) • 1.017 Visualizações
O que motiva os protestos no país?
A população síria tem suportado décadas de depressão econômica, repressão política e corrupção sob o governo da família Assad, no poder desde 1971.
Bashar al-Assad, que assumiu o governo após a morte de seu pai, Hafez, em 2000, tentou abrir a economia do país, mas continuou a reprimir a oposição e a controlar a internet e a mídia.
Partidos políticos e protestos foram banidos e a lei de emergência, em vigor desde 1963, dá poderes a polícia e aos serviços de segurança para prender qualquer pessoa.
Os protestos recentes iniciados em março foram inspirados pelas revoluções que derrubaram os líderes do Egito e da Tunísia. Eles começaram na cidade de Deraa, no sul da Síria, onde vários adolescentes foram presos por pichar a frase "As pessoas querem a queda do regime" nas paredes de sua escola.
Moradores protestaram, pedindo pela libertação dos jovens e as forças de segurança abriram fogo contra uma manifestação, matando e ferindo várias pessoas.
O levante rapidamente espalhou-se para outras vilas e cidades, incluindo Homs, terceira maior cidade do país, e Banias, na costa mediterrânea. Os manifestantes pedem por mais liberdade, o fim da corrupção e cada vez mais pela saída de Assad.Como o governo sírio tem respondido?
Ainda no começo das manifestações, Assad fez aparições na TV estatal síria, prometendo acelerar as reformas. No que analistas internacionais consideram uma concessão aos protestos, ele suspendeu a lei de poderes de emergência no fim de abril. Entretanto, após alguns dias, o governo passou a usar as forças de segurança para reprimir e prender os manifestantes.
As forças governamentais teriam usado tanques e soldados de grupos de elite do exército em pelo menos oito cidades. Em Deraa e Homs, onde os manifestantes tem resistido fortemente, tanques chegaram a atacar pessoas nos protestos. Homens têm sido presos em buscas noturnas casa por casa. A eletricidade e meios de comunicação teriam sido cortados, as estradas bloqueadas e a presença de jornalista e observadores da ONU proibida.
Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que aproximadamente 800 civis foram mortos e 10 mil presos desde os primeiros protestos pró-democracia, em meados de março. As autoridades sírias negam esses números e dizem que 100 soldados teriam morridos, em combate com "gangues armadas e grupos terroristas".
Porque o governo não caiu, como nos outros casos?
Os poucos jornalistas que conseguiram permanecer no país dizem que os protestos ainda não atingiram um ponto crítico.
As duas maiores cidades do país, a capital Damasco e Alepo, tiveram alguns pequenos focos de protestos, mas restritos aos campi universitários e aos subúrbios, principalmente devido a uma forte presença das forças de segurança. Os epicentros das manifestações, Deraa, Banias e Homs, foram aparentemente silenciados por enquanto por grandes operações militares.
Assad continua a ser apoiado por parte da população. Ocorreram grandes protestos pró-governo na capital, organizados em uma exibição da força do presidente.
No que a Síria difere do Egito ou da Líbia?
- O presidente Assad tem um forte apoio de vários grupos da sociedade, principalmente entre as minorias religiosas, a classe média e os grandes empresários.
- Esse apoio é principalmente devido ao medo de uma guerra civil se
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