Direitos Humanos
Monografias: Direitos Humanos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: juliasido • 20/10/2013 • 685 Palavras (3 Páginas) • 321 Visualizações
EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE
PROFESSORA THAÍS SILVÉRIO
1º B
JULIANA MATOS SIDÔ, R.A.-6276249050
LEI 10.639/03
IMPORTÂNCIA, PONTOS POSITIVOS E DESAFIOS.
O Brasil está marcado por um histórico de escravidão, preconceito e discriminação dos afrodescendentes. Em geral, forçados a vir para o nosso país, sua trajetória no Brasil, não é muito diferente, das que vemos pelo Mundo. Pessoas de origem africana pagaram, muitas vezes, com o próprio sangue, na luta para obtenção de respeito, dignidade, igualdade e justiça. A abolição da escravatura não propiciou aos seus descendentes uma inserção justa na sociedade. O preconceito e a discriminação foram desleais, segregando os negros, limitando-os às posições inferiores na sociedade, impedindo-os de usufruir de bens, que no passado fora produzido com suor e lagrimas, de seus pais, avós, bisavós. Nesse contexto de exclusão, os que nascem os negros no Brasil, sofrem também com a aculturação, pois em nosso país veicula-se a ideia de que não há o preconceito de etnia. Talvez ele não seja explicito, como por exemplo, nos Estados Unidos, mas com certeza está implícito na desigualdade de oportunidades a qual essas pessoas foram relegadas. Aculturação essa, que tende a esconder toda a riqueza e a importância da nossa herança Africana.
É esse contexto de aculturação e de discriminação, que a escola brasileira se configura. Uma escola, assim como sua sociedade, que apregoa um modelo ideal de ser humano, e para aqueles que não se enquadram, resta a conformação. Porém, tal conformidade gera sofrimento para essas pessoas, se manifestando muitas vezes em seu desinteresse pelo estudo, baixa autoestima, baixo rendimento escolar, entre outros. O fato é que a falta de oportunidades determinou a classe social dessas pessoas, e a discriminação deturpou sua cultura, fazendo-os muitas vezes renegar suas origens. A escola, com as grandes intervenções politicas, e muitas vezes pelo preconceito impregnado nas mentes dos que nela atuavam, tornou-se mais um palco onde falar de África e seus descendentes era falar de escravidão, fome, miséria, ou até mesmo de sua fauna e flora (em um sentido primitivo de organização social), e aos que passaram por ela, estabeleceu-se essa imagem, que em nada comtempla a real magnitude de sua contribuição na formação do mundo atual. A escola, sendo o lugar onde o saber se produz, se dissemina, não cumpre seu papel na formação da identidade social dos indivíduos, portanto se faz necessário a implementações de leis que garantam um trabalho efetivo dessas questões.
A implantação da lei 10369, visa uma discussão mais séria, sobre como abordar o tema na escola, buscando na interdisciplinaridade, construir uma imagem positiva do que a mesma representa, buscando também, propiciar novas formas de interação entre aqueles que a frequentam, alicerçar a identidade (tanto a individual, como a social) dos brasileiros. Por tudo o que se perdeu durante a trajetória da escola, nesse âmbito de conhecimento, a lei vem como um levante dos excluídos, que silenciados e marginalizados, pouco viram de sua contribuição para a formação da sociedade.
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