Direitos Humanos
Artigos Científicos: Direitos Humanos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatiane2003 • 5/11/2013 • 453 Palavras (2 Páginas) • 281 Visualizações
OS DIREITOS HUMANOS E A POLÍTICA
INTERNACIONAL
Recebido em 3 de maio de 2006
Aprovado em 4 de julho de 2006
O artigo trata da questão do crescente reconhecimento internacional dos direitos humanos desde o fim da
II Guerra Mundial e discute os efeitos desse processo sobre a política internacional. De modo geral os
argumentos sobre o papel dos direitos humanos na política internacional dividem-se entre os que acham
que eles não passam de retórica para encobrir interesses particulares, e os que enxergam na sua afirmação
um potencial transformador da ordem internacional. No contexto atual,em que se discute a adoção de
mecanismos coercitivos mais fortes para a proteção dos direitos humanos, como as intervenções humanitárias,
por exemplo, essa discussão torna-se mais complexa e mais urgente.
PALAVRAS-CHAVE: direitos humanos; intervenções humanitárias; política Internacional; ONU.
“Só a história poderá resolver, algum dia, o eterno debate do
maquiavelismo e do moralismo” (Raymond Aron).
I. INTRODUÇÃO
A idéia de que existe um conjunto de direitos
inalienáveis que todo e cada um dos seres humanos
possui pelo simples fato de ser humano tem
uma longa tradição na história do pensamento. No
entanto, é apenas a partir da segunda metade do
século XX que o reconhecimento desses direitos
passa a ser afirmado internacionalmente pela elaboração
de cartas de direitos, tratados e convenções
internacionais, e da incorporação da temática
dos direitos humanos na elaboração da política
externa de diversos estados.
A afirmação de que a “sociedade internacional”
tem responsabilidade pela vida e pela proteção
dos direitos humanos do indivíduo, independentemente
de seu próprio Estado, ganha força
após a II Guerra Mundial, especialmente diante
da proliferação dos refugiados e apátridas – o que
Celso Lafer chama de “os expulsos da trindade
povo-Estado-território”. A percepção do abandono
em que se encontrava o indivíduo quando não
estava vinculado a nenhum Estado motivou a criação
de um regime internacional que representa
um ponto de inflexão no direito internacional, pois
pela primeira vez é reconhecida
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