Doação de Órgãos
Por: gessicaadmuni • 6/4/2015 • Projeto de pesquisa • 1.981 Palavras (8 Páginas) • 155 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
O tema a ser abordado neste trabalho: Doação de Órgãos possui o principal intuito de informar e esclarecer ao leitor de forma clara e sucinta o que é a doação de órgãos, e a importância da doação.
No decorrer do trabalho iremos abordar todas as etapas que envolvem a doação, os órgãos que podem ser doados, os dados estatísticos referentes à doação de órgãos, e as legislações vigentes ligadas ao tema. Realizando uma breve introdução sobre o tema, vale ressaltar que os transplantes estão entre os procedimentos mais complexos da medicina, e que o Brasil tem possui o maior programa publico do gênero do mundo, que paga 95% dos procedimentos realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
O primeiro transplante de órgão bem sucedido ocorreu em 1933 por Vonoy, um cirurgião ucraniano, para tratar uma insuficiência renal aguda causada por envenenamento com mercúrio. Em Boston, nos Estados Unidos, em 1954, um rim foi transferido do corpo de um homem para seu irmão gêmeo. Starzl em 1963, o primeiro fígado. Barnard, em 1967, realizou o primeiro transplante cardíaco. No Brasil, o primeiro transplante de fígado foi realizado pela equipe do Dr. Marcel Machado em 1968. Na época o volume de sangue perdido pelos pacientes devido ao procedimento impressionava até o mais experiente cirurgião. Atualmente praticamente não há perda de sangue durante a cirurgia. Com o passar dos anos e as evoluções cientificas / tecnológicas que ocorreram na área de transplante, nos mostram números significativos nos procedimentos, pois, em media um transplante que na década de 60 durava até 24 horas hoje em média chega a 5 horas de duração. Essas entre outras informação irão ser detalhadas no decorrer do texto apresentado.
2 O QUE É DOAÇÃO DE ÓRGÃOS?
A doação de órgãos é um ato de manifestar a vontade de que partes do seu corpo possam, desde que em condições de serem aproveitadas, transplantadas e assim ajudar outras pessoas.
A legislação brasileira estabelece que somos todos doadores de órgãos desde que, após a morte, um familiar (até segundo-grau de parentesco) autorize, por escrito, a retirada dos órgãos. Portanto, não basta você querer ser um doador de órgãos. Sua família também precisa saber. São eles que vão autorizar os médicos a fazer o transplante da sua vida para outras vidas. Diga em casa, diga para seus amigos, diga para todo mundo que você quer ser um doador.
Qualquer pessoa pode doar órgãos e não é necessário nenhum registro em documento. Para um transplante de órgãos, só importa a compatibilidade entre você e as várias pessoas que esperam um coração, um pulmão, um rim. Uma vida.
3 MORTE ENCEFÁLICA
A morte encefálica, conhecida como morte cerebral, representa a perda irreversível das funções vitais que mantêm a vida, como perda da consciência e da capacidade de respirar, o que significa que o individuo está morto. O coração permanece batendo por pouco tempo e é neste período que os órgãos podem ser utilizados para transplante.
Já o coma representa uma lesão cerebral grave, mas que pode ser reversível e, portanto, o paciente não é doador de órgãos.
A morte encefálica também não deve ser confundida com o estado vegetativo persistente, em que o paciente tem uma lesão cerebral, permanece em coma por meses ou anos, mas mantém a capacidade de respirar.
4 ÓRGÃOS QUE PODEM SER DOADOS
Após o falecimento podem ser retirados para transplante: 2 córneas, 2 rins, 2 pulmões, fígado, coração, pâncreas, intestino, pele, veias, ossos, cartilagem e tendões. Um único doador pode salvar muitas vidas.
A falta de doadores falecidos faz com que se utilize a doação intervivos. Nesse caso, é possível doar um dos rins, que é o transplante intervivo mais comum. Em situações especiais pode-se doar parte do fígado ou do pulmão.
5 SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS
Um paciente com diagnóstico de morte encefálica internado em hospital é doador em potencial. Sua família é informada da possível doação dos órgãos. Acontecendo a aceitação familiar a CNCDO Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (Central de Transplantes) é informada do possível doador, ela repassa a informação a OPO (Organização de Procura de Órgão).
A OPO tem a tarefa de se dirigir ao hospital e avaliar o doador com base na sua história clínica, exames médicos e compatibilidade com os receptores, que estão na fila de espera. Após estes exames a Central de Transplantes emite uma lista de receptores compatíveis.
A Organização de Procura de Órgãos realiza a extração dos órgãos no hospital que se encontra o doador, de acordo com todas as técnicas de assepsia e preservação de órgãos. Os órgãos são levados (muitas vezes de avião, para rapidez ao processo) para o hospital onde acontecerá o transplante.
O corpo do doador é liberado para a sua família, recomposto e com todas as orientações do processo.
6 TRANSPLANTE
Antes do transplante para o receptor, o procedimento precisa ser expressamente autorizado pelo receptor ou, se suas condições de saúde não o permitirem, ou se ele for juridicamente incapaz, por um dos pais ou responsável legal. Na ausência destes um médico pode autorizar o procedimento, caso não exista a possibilidade de manter o receptor vivo por outro meio.
7 TRANSPLANTES NO BRASIL
O Brasil possue o maior sistema publico de transplantes do mundo, o SUS, este sistema realiza 95% dos procedimentos.
De acordo com o Ministério da Saúde o Brasil é o país latino-americano com maior percentual de aceitação familiar são 56%. Por região, o percentual de aceitação foi de 68,7% no Norte, 55,9% no Centro-Oeste, 58,2% no Sul, 54,3% no Sudeste e 52,2% no Nordeste.
O número de doadores efetivos de órgãos cresceu 90% em seis anos (2008 – 2013). De acordo com o coordenador geral do Sistema Nacional de Transplantes, Fausto Pereira, foram 2.562 casos no ano passado, contra 1.350 em 2008, ou seja, em 2013 foram 13,4 doadores por milhão. Consequentemente graças a esses valores, a lista de espera teve uma redução de 42% passando de 64.774 para 37.736.
No primeiro semestre de 2014, o país já realizou
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