ECONOMIA EMPRESARIAL

MBA EM FINANÇAS E CONTROLADORIA

ECONOMIA EMPRESARIAL

Na coletânea de textos apresentada podemos ver o que não é nenhuma novidade, as deficiências e carências de um país grande, mas mal administrado. O Brasil teria tudo para estar mais próximo do primeiro mundo do que do terceiro. Não se pode negar que de pouco mais de uma década para cá demos um grande salto, mas as mazelas ainda são grandes.

Muito se tem feito como vemos no texto sobre o Custo de Investimento, custo este que tem baixado, mas o investimento não vem de encontro, pois o receio ainda é grande e não se vê a estabilidade tranquilizadora para se investir com a certeza de retorno. O governo vem aumentando a taxa de juros tentando frear a inflação, mas o que parece é que se está dando murro em ponta de faca. Semelhante ao que ocorre com a política expansionista onde taxa de crescimento também decepciona.

Mesmo com incentivos e desonerações, principalmente nos setores de máquinas e equipamentos, o país tem muitos problemas que prejudicam o alcance de índices melhores. O Brasil tem altos custos de produção oriundos, em grande parte, da carga tributária e leis trabalhistas, alvos das reclamações das grandes indústrias, as multinacionais sentem isso na comparação com o custo em outros países.

Nessa conta incluem ainda outros fatores como péssima infraestrutura aeroportuária e de logística. O país investiu mais no transporte rodoviário que tem um alto custo refletido no preços dos produtos e no caso de exportações mesmo pagando caro o transporte, quando chega no porto a produção brasileira enfrenta um gargalo sem fim para embarcar em navios que ficam semanas esperando para carregar.

No texto que trata do ranking de competitividade a autora Mônica Scaramuzzo escreve que o país tem uma econômica muito orientada para dentro, mercado doméstico e que não se pode confundir tamanho com sustentação de longo prazo.

Chegamos ao absurdo de importar milho da Argentina por ser mais barato do que a logística brasileira para distribuição do milho estocado na Bahia, aliás uma das maiores produções da história.

Trabalho no setor público, na Universidade de São Paulo, então não se fala muito da questão de produção e crescimento, mas temos acompanhado no momento os reflexos de uma má gestão e aplicação errada de recursos. Conseguimos ver como as decisões econômicas e financeiras podem ter consequências terríveis.

Os recursos da Universidade são oriundos de uma parte da arrecadação do ICMS, logicamente quanto maior a produção e o consumo, maiores são os recursos destinados a Universidade e maiores são os investimentos.

Em sua última gestão encerrada em 2013, os dirigentes tomaram decisões que agora estão causando sérios problemas à Universidade, como havia grandes reservas financeiras os dirigentes investiram em custos fixos, mas as reservas terminam e o custo fixo fica, o correto seria aplicar em investimento de infraestrutura que poderia ser utilizada sem gerar novas despesas.

Na comparação de produção do Brasil com outros países que vimos nos textos, podemos fazer uma analogia à produção científica da Universidade, que sofre também com entraves da burocracia brasileira e alto custo para registro de marcas e patentes, deixando as universidades brasileiras