EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: Caminhos Para Que O Professor Torne-se Um Pesquisador

Orientados: Fernanda Machado de LIMA, Nilson Sá COSTA FILHO, Márcia Regina Sousa de OLANDA

Integrantes do Grupo de Pesquisa e Produção em Educação Matemática - GPPEM/UFMA

Orientadora: Kayla Rocha BRAGA

Coordenadora de Tutoria do Curso de Licenciatura em Matemática - NEAD/UFMA

A Educação Matemática, como área de conhecimento das ciências sociais ou humanas, que estuda o ensino e

a aprendizagem da matemática, vem diferenciar o matemático do educador matemático. Este concebe a

educação pela matemática, aquele tende a promover a educação para a Matemática. (FIORENTINI E

LORENZATO, 2006) O objeto de estudo desta área envolve as diversas relações e determinações entre

ensino, aprendizagem e conhecimento matemático em um contexto sociocultural específico, a sala de aula.

Assim, tem como objetivos a melhoria da qualidade do processo ensino- aprendizagem da matemática e o

desenvolvimento do campo de investigação e de produção de conhecimentos.A partir desta nova área o

professor de matemática, visto como educador matemático, através de pesquisas deve corroborar, construir

ou desconstruir conhecimentos e saberes apreendidos na comunidade educacional.A pesquisa como meio de

construção destes conhecimentos inicia-se pelas inquietações ou problemáticas que surgem do estudo e do

trabalho desenvolvido pelo professor. Por meio da exploração de forma reflexiva, inquisitiva e mediada por

leituras e outras experiências sobre o tema, ele chega a conclusões ou a outros questionamentos, como por

exemplo, que contribuições terão estas conclusões para a prática profissional. A problemática ou questão

pode ser investigada individualmente. No entanto, a troca de conhecimentos e experiências com outros

profissionais contribuem e enriquecem o trabalho de investigação. Além de conduzir o professor a

sistematizar seu próprio trabalho na sala de aula e na escola. A reunião de professores com este propósito tem

timidamente crescendo na área de educação. No Maranhão existe o Grupo de Pesquisa e Produção em

Educação Matemática (GPPEM), da Universidade Federal do Maranhão, que constitui um exemplo da

necessidade de professores do nível básico e superior de integrarem-se de forma colaborativa a fim de

estudar, discutir, elaborar, criar, planejar e escrever sobre sua prática docente. Alguns resultados das suas

investigações foram apresentados em encontros, congressos e palestras. Trazem as conclusões provenientes

das investigações e reflexões da ação dos docentes integrantes do grupo.Destaca-se, segundo Fiorentinni

(2006,p. ), três fatos determinantes para o surgimento da Educação Matemática (EM) enquanto campo

profissional e científico. A preocupação dos professores de Matemática sobre a qualidade matemáticas e

socialização das idéias às novas gerações. Essa preocupação dizia respeito tanto à melhoria de suas aulas

quanto à atualização e modernização do currículo escolar da matemática. A iniciativa das universidades

européias, no final do século XIX, em promover institucionalmente a formação de professores secundários.

Isso contribuiu para o surgimento de especialistas universitários em ensino de matemática.Aos estudos

experimentais realizados por psicólogos americanos e europeus, desde o início do século XX, sobre o modo

com as crianças aprendiam a matemática.Em 1958, a sociedade americana teve como foco de pesquisa a um

novo currículo escolar e matemática. Nessa época foram surgindo grupos de pesquisa, inclusive de

matemáticos.No final dos anos de 1970 e durante a década de 80, iniciou-se Educação Matemática - EM no

Brasil. década de 1980. Nesse período também surgiu a Sociedade Brasileira de Educação Matemática

(SBEM).Todo grupo de pesquisa tem o objeto de estudo e um objetivo a ser alcançado, e com a ED não

poderia ser diferente. Tem-se, então, como objeto de estudo, na Educação Matemática, segundo

Fiorentinni(2006) “envolve as múltiplas relações e determinações entre ensino, aprendizagem e

conhecimentos matemáticos em um contexto sócio-cultural específico”, por exemplo, se o pesquisador tem

como objeto de estudo - o ensino, ele irá considerar a existência de aprendizes enquanto sujeitos especiais,

esse estudo poderá ser prático, teórico, bibliográfico ou histórico. E tem como objetivo, analisar o ensino da

matemática, para discutir os problemas que norteiam a educação e encontrar meios (soluções) para melhoria

da qualidade do ensino e da aprendizagem matemática e, desenvolver a EM enquanto campo de investigação

e de produção de conhecimentos. Fiorentinni(2006) acrescenta em sua literatura que “a EM não é apenas um

campo profissional, mas também uma área de conhecimento. Ou seja, a EM é tanto uma área da pesquisa

teórica quanto uma área de atuação prática, além de ser, ao mesmo tempo, ciência, arte e prática social”. A

EM brasileira passou por quatro fases de desenvolvimento, enquanto campo profissional e científico, são

elas:1ª fase: Gestão da EM como campo profissional (período anterior à década de