EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA COMO ESTRATÉGIA PARA A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: POSSIBILIDADES E DESAFIOS

Título do Artigo: EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA COMO ESTRATÉGIA PARA A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: POSSIBILIDADES E DESAFIOS

Aluno: Carlitos da Cruz

Tema principal: Educação permanente em saúde

Objeto de estudo: Realizar uma reflexão utilizando fontes secundárias, sobre a importância da Educação Permanente em Saúde (EPS) na promoção do processo de mudança dos docentes de uma Universidade Estadual;

Revista em que foi publicado: Revista Brasileira de Enfermagem v. 60,n.5, p.585-9,2007.

Submissão: 02/07/2006

Aprovação: 23/06/2007

Considerações críticas

A Educação à Distância (EAD), é uma modalidade de ensino que facilita o auto-aprendizado, sendo considerada como uma estratégia para a educação permanente, que dispõe de recursos didáticos organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, podendo ser utilizada por diversos meios de comunicação.

No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9394 aprovada em 20 de dezembro de 1996, coloca a EAD como modalidade regular integrante do sistema educacional nacional, dando maior credibilidade e expressão política, para a criação de novas modalidades de cursos, de modo a poder incorporar novos conteúdos, práticas pedagógicas e procedimentos de avaliação.

O Ministério da Saúde tem buscado transformar as práticas educativas da formação, da atenção, da gestão, de construção de políticas, de participação popular e de controle social no setor de saúde, através da inovação e mudanças de concepções a partir da democratização da gestão dos processos de trabalho da saúde.

A Educação Permanente realizada através da educação a distancia, incentiva a participação e produção do dialogo entre os profissionais dos serviços, atenção, formação e controle social, buscando qualidade e ampliando conhecimento, pois é possível provocar mudanças de comportamento partindo de novos conhecimentos e vivências e experiências.

Os autores estabeleceram como objetivo deste estudo, refletir sobre a importância da educação permanente em saúde na promoção do processo de mudança nos docentes do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Feira de Santana, bem como, estabelecer estratégias para a promoção da Educação Permanente em Saúde e apontar as possibilidades e os desafios para a operacionalização da EAD como estratégia para a Educação Permanente em Saúde.

Os autores propuseram como método de análise, desenvolver um estudo descritivo, realizando leitura nas referências na área de Educação Permanente em Saúde e na área de EAD, de fontes secundárias junto a autores nacionais e internacionais, periódicos, artigos científicos, dissertação de mestrado, buscas on-line no período de abril a maio de 2006.

Foram selecionados após leitura das referência os núcleos temáticos:

- educação a distância: definição, legislação, possibilidades e desafios;

- educação permanente em saúde: definição, importância para a consolidação do SUS, importância na formação e no serviço.

Partindo destes núcleos os autores categorizaram em :

- a educação permanente: novo olhar sobre a aprendizagem na formação;

- a EAD: uma estratégia para a educação permanente em saúde;

- Educação a Distância: possibilidades e desafios.

3. RESULTADOS

3.1. A educação permanente em saúde: novo olhar sobre a aprendizagem na formação.

Considerou-se que é necessário profundas transformações na formação e no desenvolvimento dos profissionais da área da saúde, para que alcançar o fortalecimento do Sistema Único de Saúde, mas para que isso aconteça mudanças devem ocorrer na forma de educar, cuidar, tratar e acompanhar a saúde dos brasileiros .

Verificou-se que a educação permanente é uma das estratégias que possibilita construir um novo estilo na formação e que pode ser realizado através de trabalhos coletivos entre os docentes nas instituições de ensino. aperfeiçoando a formação com profissionais críticos e ativos inseridos no contexto de educação.

Contribui tanto para o desenvolvimento pessoal daqueles que trabalham na saúde como também o desenvolvimento da instituição.

Buscando aperfeiçoando na formação de profissionais críticos e ativos inseridos no contexto de educação, devemos considerar profissional com uma boa formação geral, sendo capaz de perceber fenômenos em processo, formular análises e propor soluções, com maior autonomia e senso de responsabilidade organizacional.

A educação permanente parte dos problemas apresentados no cotidiano das instituições e leva em consideração os conhecimentos e as experiências que as pessoas já trazem na sua vivência profissional, devendo ser desenvolvida em espaços coletivos e de maneira articulada, onde os diferentes atores podem estabelecer negociações, construir novos pactos e novos acordos para objetivos comuns.

Os autores relatam que os profissionais de saúde, que estão na academia, com dois ou mais vínculos empregatícios, apresentam dificuldades de participarem de atualizações nas suas áreas de conhecimento, nas discussões inerentes ao curso ou as disciplina que ministram. Ficam, portanto, despreparados para lidar com os avanços científicos e tecnológicos na área de saúde e, no caso específico, consequentemente, sem participar de forma coletiva no processo, sem incorporar a sua vivência ao conjunto dos saberes de sua área de atuação.

3.2. A educação à distância: uma estratégia para a educação permanente em saúde

Ao se falar em educação devemos lembrar que ela está presente ao longo da vida do homem, facilitando as relações pessoais, sociais e políticas, através de uma prática educativa. È capaz de instrumentalizar o indivíduo para que possa disputar no mercado seu espaço profissional.

Na educação à distância o aluno se envolve na atividade de aprendizagem em um local onde o professor não está fisicamente presente, por isso necessita de do uso de tecnologias para que a mensagem do professor chegue até ele.

São ferramentas deste processo os materiais impressos apoiados por transmissão