EFEITOS DO ÁCIDO TRANEXÂMICO ASSOCIADO AO ÁCIDO MANDÉLICO NO TRATAMENTO DO MELASMA
Por: Thaiana Freitas • 4/11/2018 • Trabalho acadêmico • 2.775 Palavras (12 Páginas) • 326 Visualizações
EFEITOS DO ÁCIDO TRANEXÂMICO ASSOCIADO AO ÁCIDO MANDÉLICO NO TRATAMENTO DO MELASMA[1][pic 1]
Fernanda Pereira Fantoni.[2]
Thaiana Gabrielle Patricio de Freitas.[3]
Ana Júlia Von Borell du Vernay França.[4]
Resumo:(Máximo 250 palavras) (ÚLTIMA COISA A SER FEITA) – Nele deve constar o objetivo do artigo, justificativa, assuntos abordados, metodologia utilizada, resultados e considerações finais. Tudo de forma bem sucinta e objetiva. Escrito em forma de bloco (justificado), espaço simples entrelinhas.
Palavras-chave: Melasma. Clareamento. Ácido Mandélico. Ácido Tranexâmico.
1 INTRODUÇÃO
A pele é formada por diferentes estruturas e por diversos tipos celulares, atua como uma barreira protetora dos órgãos internos ao ambiente, equilibrando o balanço entre proliferação e descamação celular. Ao mesmo tempo em que protege o organismo da entrada de substâncias estranhas, limita a ação fisiológica de muitos produtos aplicados topicamente. (RIBEIRO, 2010; VANZINN, 2011).
Além de uma barreira física formada pelos corneócitos queratinizados do estrato córneo o sistema tegumentar ainda conta com a presença da melanina, substância responsável pela coloração da pele a qual apresenta como principal função a capacidade de filtrar a radiação ultravioletas (UV) emitida pelo sol, evitando que esta atinja o tecido cutâneo. (DRAELOS; 2009)
A coloração da pele depende principalmente da melanina produzida pelos melanócitos e a forma com que esta é distribuída pela epiderme. Vários fatores podem interferir no funcionamento do melanócito e na distribuição da melanina sintetizada por eles, podendo resultar em um desequilíbrio de depósito pigmentar, passando a apresentar irregularidades na tonalidade. (VANZIN; 2011. PEREIRA; 2013).
O Melasma é um transtorno hipermelanótico comum que afeta a face e está associado a impactos psicológicos consideráveis. A gestão do melasma é desafiadora e requer um plano de tratamento a longo prazo. A busca por tratamentos cosméticos para clareamento da pele cresce devido ao fato do Melasma ser uma das hipercromias pigmentares de mais difícil tratamento devido ao seu caráter recorrente. Além dos fatores agravantes como a administração pílulas anticoncepcionais orais, exposição aos raios UV e o processo inflamatório. Neste sentido terapia tópica permanece como um dos principais suportes do tratamento. (BANDYOPADHYAY; 2009. PEREIRA; 2013).
O objetivo do tratamento do Melasma é prevenir o aumento da pigmentação por meio de medidas farmacológicas e físicas para clarear a pele afetada pelo melanossomo e retirar a Melanina já depositada, atuando nas diferentes etapas da melanogênese. Os efeitos indesejados dos tratamentos convencionais, somados à necessidade de tratamentos eficazes, fazem com que haja grande demanda de novos produtos clareadores. (SOUTOR; HORDINSKY, 2014).
Alguns princípios ativos despigmentantes são destinados a clarear a pele e manchas pigmentadas, esses princípios ativos tem diferentes mecanismos de ação, que estão ligados à interferência na produção ou transferência da Melanina, impedir a formação de melanina no transporte de grânulos, alterando-a quimicamente, inibindo a biossíntese de tirosina, além de inibir a formação de melanossomas e alterar sua estrutura. Os princípios ativos despigmentantes estão disponíveis em diferentes produtos cosméticos e podem estar combinados com outros princípios ativos úteis, como os esfoliantes químicos. Estes realizam uma renovação celular superficial da pele, proporcionando o clareamento da mesma (MOURA et al., 2017).
Do grupo dos Alfa hidróxiácidos (AHA), o Ácido Mandélico, um dos AHA de maior peso molecular, tendo uma permeação cutânea lenta, induz a uma descamação epidérmica e gerando uma aceleração do ciclo de renovação celular, favorecendo um efeito uniforme e rápido causando menos irritações e complicações à pele. Essas soluções removem a camada superficial do estrato córneo afinando essa barreira da pele e facilitando a permeação dos ativos seguintes do tratamento. (BAUMANN; 2004. PIMENTEL; 2008).
O Ácido Tranexâmico (AT), droga hidrofílica inibidora da plasmina, atua no depósito de melanina podendo contribuir de forma eficaz para o tratamento do melasma. Estudos recentes revelaram que seu uso tópico previne a pigmentação induzida por UV e produz clareamento rápido. (PEREIRA; 2013).
. O[a] objetivo deste artigo é caracterizar os efeitos do uso do Ácido Mandélico associado ao Ácido Tranexâmico, apresentando a sua capacidade de interferir na cascata de reações da síntese de Melanina, reduzindo a pigmentação e aparência do Melasma.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Pele
A pele é considerada o maior órgão do corpo humano, recobre sua superfície agindo como proteção ao meio externo. Sua estrutura se apresenta subdividida por camadas distintas e perfeitamente delimitadas. A mais superficial é a epiderme, constituída por células chamadas queratinócitos que vão se diferenciando, da profundidade em direção a superfície. Neste processo vão progressivamente perdendo água e ganhando queratina no seu interior até formar os corneócitos da camada córnea os quais darão origem à barreira cutânea. (SCOTTI, 2003; GUIRRO, 2004; PEREIRA, 2013).
Com[b] 1 a 4 mm de espessura a derme protege e amortece as estruturas subjacentes contra lesões e proporciona apoio para vasos sanguíneos, nervos e estruturas anexas. Separada da epiderme pela membrana basal da epiderme tem como principais estruturas o colágeno e as fibras elásticas, responsáveis pela força tênsil, elasticidade e resistência da pele. (SOUTOR; HORDINSKY, 2014).
A barreira epidérmica, criada pela diferenciação dos queratinócitos, protege a pele de microrganismos, substâncias químicas, traumatismos e da perda transepidérmica de água. Produzidos e renovados por células-tronco existentes na camada basal, conforme se movem para o estrato córneo, perdem seus núcleos e organelas e desenvolvem uma forma hexagonal plana e vão sendo empilhadas como tijolos, com 15 a 25 camadas de células circundadas por lipídeos que fazem o papel de “argamassa” unindo os tijolos da barreira protegendo a pele. Conforme vão perdendo suas organelas, se desprendem umas das outras o que resulta em uma substituição da epiderme, este ciclo dura aproximadamente 28 dias, cerca de 14 dias para atingir o estrato córneo e outros 14 dias para descamar (SOUTOR; HORDINSKY, 2014).
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