ENFERMAGEM E O SETOR DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
Artigo: ENFERMAGEM E O SETOR DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: julimanfroi • 26/6/2014 • 2.548 Palavras (11 Páginas) • 1.399 Visualizações
ENFERMAGEM E O SETOR DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
Resumo: A unidade de emergência tem a finalidade de receber e atender de modo adequado os pacientes que requerem cuidados emergenciais ou urgentes. A equipe de profissionais da urgência/emergência, principalmente a enfermagem devem estar atentos e preparados para atuarem nas situações de urgência e emergência, pois a capacitação profissional, a dedicação e o conhecimento teórico e prático, fará a diferença no atendimento ao paciente. Objetivou-se realizar uma revisão bibliográfica da literatura, para descrever o que as pesquisas trazem nos últimos cinco anos sobre a atuação dos enfermeiros no gerenciamento do cuidado no setor de urgência/emergência, através da analise de cinco trabalhos, publicados no LILACS e SCIELO. Os resultados apontaram que é necessário haver a sistematização do trabalho em equipe na urgência/emergência. Apresentam que o planejamento e a realização do cuidado são realizados por meio da aplicação do processo de enfermagem e o controle sobre a realização de exames laboratoriais e radiológicos. Também expõe a previsão e provisão de recursos, e a elaboração da escala mensal de funcionários. As dificuldades encontradas foram a manutenção da qualidade do cuidado, falta de estrutura física hospitalar, escassez de material, grande demanda de pacientes. Os enfermeiros realizam treinamentos e ações de ensino com os técnicos e também observa-se a liderança como uma ferramenta gerencial do cuidado. Os resultados contribuem para que o enfermeiro compreenda a importância do gerenciamento do cuidado para a melhoria na qualidade de assistência aos clientes.
Palavras-chave: enfermagem em emergência; urgência/emergência, enfermagem.
INTRODUÇÃO
A necessidade de atender as crescentes exigências dos usuários por melhorias no atendimento tem estimulado muitas investigações e discussões na busca da qualidade dos serviços de saúde. O setor de urgência/emergência está dentro do movimento pela melhoria da qualidade da assistência.
Muitas pessoas não tem acesso a cuidados de saúde, então os serviços de emergência são progressivamente cada vez mais usados para problemas emergenciais. Por essa razão, a filosofia do tratamento de emergência se ampliou e passou a incluir o conceito de que uma emergência é o que quer que seja considerado como tal pelo paciente ou por seus familiares (SMELTZER e BARE, 2009).
Já Mantovani (2005) conceitua que onde há risco de morte iminente, determinados por acontecimentos casuais, inesperados, imprevisíveis e que exijam diagnóstico e terapêutica imediatos são considerados emergência, enquanto que urgência é quando ocorre estado patológico de súbita instalação, sem que haja risco de morte iminente, mas que necessita de pronto atendimento médico.
Uma unidade de emergência tem a finalidade de receber e atender de modo adequado os pacientes que requerem cuidados emergenciais ou urgentes. A falha dos serviços básicos de saúde em realizar o primeiro atendimentos em cuidados de saúde tem como efeito o aumento na demanda de serviços de atendimentos terciários, ou seja, os serviços de emergência dos hospitais públicos tornam-se mais cheios levando o paciente que necessita de atendimento de emergência real, que é aquele com risco iminente de morte, como o cardiopata, hipertenso, neurológico, vítima de trauma, entre outros, a aguardar por horas pela assistência (VALENTIM e SANTOS, 2009).
Porem de acordo com a portaria nº. 1600 os usuários com quadros agudos devem ser atendidos em todas as portas de entrada dos serviços do Sistema Único de Saúde, possibilitando a resolução integral do seu problema, ou referenciando o mesmo para o serviço de maior complexidade, de acordo com a regulação local, que deve ser organizada conforme a região (BRASIL, 2011).
Pela própria característica da unidade de emergência, conclui Valentim e Santos (2009) que é necessário fortalecer o trabalho na emergência com um modelo de gerenciamento que vise ao paciente como um todo, focado na continuidade do tratamento e do atendimento. O enfermeiro pode ser o profissional responsável e atuar como gerente de caso, para direcionar e integrar os pacientes, favorecendo seu vínculo com a equipe de saúde, a rede básica de saúde e sua operadora de saúde. Figueiredo e Vieira (2006) afirmam que cabe ao enfermeiro no setor de urgência/emergência, um grande entrosamento com toda a equipe, no sentido de resolver os seus problemas e firmar os laços de sistematização, por meio do exemplo profissional e pessoal e da disponibilidade para atender as divergências e as diferentes necessidades surgidas de modo imprevisto.
A equipe de profissionais da urgência/emergência, principalmente a enfermagem devem estar atentos e preparados para atuarem nas situações de urgência e emergência, pois a capacitação profissional, a dedicação e o conhecimento teórico e prático, fará a diferença no atendimento ao paciente. Figueiredo e Vieira (2006) alegam que o cuidado de enfermagem por si só, requer dos enfermeiros o domínio de conhecimento técnico-científico, metodologia de pesquisas aplicadas a saúde, filosofias e políticas institucionais, além de toda dimensão humanística indissociável ao ato de cuidar.
Buscou-se determinar o que as pesquisas trazem nos últimos cinco anos sobre a atuação dos enfermeiros no gerenciamento do cuidado no setor de urgência/emergência, suas práticas, suas dificuldades e desafios.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo bibliográfico, constituído por artigos publicados na literatura nacional, na língua portuguesa, no período de janeiro 2008 a junho 2013, indexados nas bases eletrônicas: literatura latino americana de ciências da saúde (LILACS) e scientificlibrary online (SCIELO). Foram considerados também monografias, dissertações, teses e resumos de congressos.
A pesquisa foi feita utilizando os seguintes descritores: enfermagem em emergência; urgência/emergência; enfermagem, resultando em 11 artigos e uma tese sobre a enfermagem na urgência e emergência. Após a leitura, foram descartados sete artigos que não se enquadravam nos objetivos, restando somente cinco trabalhos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após a leitura e interpretação dos resultados dos cincos estudos, derivaram-se duas categorias sobre atuação do enfermeiro na urgência/emergência, intituladas como assistência ao cuidado e práticas gerenciais e liderança no exercício profissional.
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