EPT e emancipação social

Educação Profissional e Tecnológica e emancipação social

A tão sonhada emancipação tem ficado distante, pois as pessoas estão longe de lutar pelos seus direitos, de expressar seus potenciais, capacidades e diferenças, sendo a educação em nosso país uma característica altamente seletiva, visto que poucos alunos têm acesso aos ensinos profissional, tecnológico ou superior. É evidente que o acesso não é para todos, mas sim, faz-se exceção que a educação oferecida tenha a qualificação de reduzir as desigualdades de oportunidades entre os grupos sociais.

Para conjugação de educação e cidadania é necessário atitude das pessoas responsáveis pela instituição educativa, pois exercem papel importante na estabilidade da sociedade. O ser humano não é um ente “vazio” a quem o mundo “encha” de conteúdos. São pessoas de valores que precisam ser reconhecidas. Portanto, é preciso proporcionar-lhes, de maneira geral, uma visão que lhes permita agir e compreender na sociedade em que vivem, capacitando-as para o exercício da solidariedade e liberdade, mesmo diante de uma visão contraditória que o mundo trás, a exemplo do torneiro mecânico que saiu do século XIX e chegou ao século XXI tendo que dominar a informática e o desenho gráfico.

De acordo com o texto-base^[1] emancipação humana é “[...] discorrer sobre um conjunto de ações, utopias, lutas, sonhos, projetos, ações humanas em busca da felicidade, da justiça, da liberdade e da fraternidade”. A EPT e emancipação consistem num histórico permeado de grandes desafios em que o ser humano busca responder através de sua disposição de cavar, sem esmorecer, a busca da libertação, humanização e emancipação humana.  Para que isso aconteça é necessário que a própria instituição educativa possa dar conta desses desafios, e, que todos os envolvidos compreendam e assumam princípios orientadores para tomada de decisões pedagógicas e administrativas, pois, ao longo da história o ser humano teve sua humanidade roubada.

Portanto, a EPT demanda, dentre outras estruturas, uma juntura profissional e tecnológica com as políticas de desenvolvimento nacional e regional, na perspectiva de perceber o papel da educação profissional na sua ampliação sustentável dos diferentes lugares, propondo uma metodologia que facilite o processo de emancipação do indivíduo, na esperança de superação da opressão, exploração e desigualdade social. O desafio para a EPT é alcançar de maneira igual os diversos segmentos sociais, preferencialmente os que estão à margem das ofertas educativas.  

Para obter uma formação integral é necessário aproximar a educação profissional das especificidades dos indivíduos. Para tanto, é preciso estabelecer políticas públicas que estreite o diálogo para discussão sobre as modalidades educacionais e a EPT. Dessa relação carece surgir as alternativas para proposição de ações que aproxime as pessoas de suas reais necessidades.

De acordo com a charge, pode-se observar a desigualdade entre os indivíduos, já que infelizmente uma pequena parte acompanha a evolução. Talvez nunca alcancem sua emancipação. Na realidade deveriam ser construídas cidadanias emancipatórias aprimoradas em lutas e iniciativas que combatessem a exclusão.