EXPERIÊNCIA, HISTÓRIA DE LEITURA E TREINAMENTO: QUADRO DE LEITURA E DÍAS ESCOLARES
Relatório de pesquisa: EXPERIÊNCIA, HISTÓRIA DE LEITURA E TREINAMENTO: QUADRO DE LEITURA E DÍAS ESCOLARES. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: isaamosilva • 26/11/2014 • Relatório de pesquisa • 940 Palavras (4 Páginas) • 351 Visualizações
EXPERIÊNCIA, HISTÓRIAS DE LEITURA E FORMAÇÃO: OS BASTIDORES DA LEITURA E CENAS DA ESCOLA.
Com quantas histórias se faz um leitor?
O ato de leitura resulta de um investimento individual condicionado pelos processos sociais, produzindo sentidos e se inserindo em uma dinâmica social na qual o leitor tem um lugar e uma referência de si, do outro e do mundo que o circunda.
A genealogia das formas de ler a partir das narrativas de vida e o significado cultural da leitura na vida de cada indivíduo. O leque de leitores, por sua vez, reparte-se entre as mais diferentes categorias. São crianças, jovens, adultos, estudantes, trabalhadores, profissionais diversos, dentre outras, e a depender de sua idade, classe social e sexo mantêm relações diferenciadas com a cultura escrita.
A indústria editorial, mediada pelas instituições de difusão de livros e a imprensa, que depositam nos leitores suas demandas e expectativas.
Assume-se que o impresso – em especial o livro – é igualmente fundamental, embora, como bem lembra Lahire (2004, p. 179-197), “a leitura não é uma prática homogênea em todo lugar e espaço social”. É quase lugar comum creditar à leitura um significado quase sagrado. É claro que a leitura ocupa um lugar essencial na formação do indivíduo, pondo o leitor em contato com o conhecimento, ou instigando sua fantasia, sua imaginação, sensibilidade estética ou refinando seu estilo.
Por que alguns amam os livros e outros se limitam à leitura pragmática ou específica à sua formação profissional? Não há respostas prontas para essa ou aquela inclinação. Na verdade, só as experiências vividas com os livros ou outros produtos culturais de massa poderiam revelar como os leitores se constituem. Segundo Lahire (2004, p.184), como nem todos.
(...) vivem a mesma vida, as mesmas condições sociais de existência, assim como não têm
tido as mesmas experiências escolares, familiares, amorosas, profissionais, etc. (...) os eitores não compartem os mesmos gostos pelos mesmos tipos de histórias {e livros}.
A leitura é uma prática cultural, entre outras, um exercício cotidiano, e, para tanto, exige vontade, interesse, necessidade, perseverança, esforço intelectual, espírito crítico e questionador. É algo da ordem do desejo, que pode não florescer se não se tem pelo menos a oportunidade de acesso aos bens culturais, ainda restritos e hierarquizados.
Numa contemporaneidade, os desejos e motivações se dispersam por muitas ofertas da indústria da cultura e do lazer. Podemos ou não optar pela leitura.
Mas, vocês, meus caros leitores, poderiam me surpreender, indagando: Então, como fica a leitura no espaço escolar, a leitura que nós, professores, “impomos” aos nossos alunos? A leitura é livre arbítrio? A leitura nos permite estar no mundo e interagir com o outro – igual ou desigual –com as misérias e as grandezas da vida. Compreender que a leitura é necessária à nossa formação crítica e humanista e refletir sobre a crise da leitura como uma crise mais ampla da sociedade brasileira, que se esgarça em políticas públicas sociais ainda frágeis e insuficientes para superar diferenças tão abissais.
Vejam os fragmentos de relatos de vida4 e sua relação com a leitura e os livros recolhidos de um segmento de alunos dos cursos de graduação em Letras e Pedagogia e do Mestrado em Educação, da UNEB.
Cresci vendo meu pai comprar anualmente uma nova cartilha. Ele queria aprender a ler.
Ele desejava ser um homem culto. Meu pai morreu aos 42 anos sem aprender a fazer a
leitura nos livros, mas sabia fazer com muita competência uma leitura de mundo, pois era
um vencedor. Com a ajuda da mamãe, papai conseguira um emprego de cozinheiro em
uma grande empresa e se tornara chefe de cozinha respeitado.
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