Economia Politica

Em Economia Política iremos ver a dinâmica que envolve as leis sociais do trabalho. Sabendo que atividade econômica é o processo que envolve a produção e distribuição de bens para satisfazer as necessidades coletivas e individuais da sociedade, o primeiro capítulo irá abordar a conjuntura do trabalho e como o mesmo funciona na sociedade.

Segundo os autores, o trabalho é a base da atividade econômica, pois além de tornar possível a construção de qualquer bem material, constituir os valores de riqueza social, também está relacionado à fenômenos sociais, ao modo de ser do homem, sendo de, certa forma, um atributo que humaniza o homem.

No primeiro tópico é aberta uma discussão acerca do significado termo do trabalhado, revelando características que o definem e o distinguem de uma atividade natural, por exemplo: o trabalho exige instrumentos específicos para sua atuação; não cumpre determinações genéticas, ou seja, precisa de aprendizado, conhecimento e habilidades específicos; o trabalho requer necessidades específicas que devem ser atendidas. Posto isso, é necessário entender a dinâmica de como se realiza como, por exemplo, a problemática dos meios e dos fins do trabalho, como é dada essa escolha para exercê-lo, frisando que essas escolhas vão acontecer através da comunicação articulada, que é uma condição de aprendizado exercida pelo sujeito como forma de expressar suas representações sobre o mundo. Desta forma, o trabalho em si é uma atividade coletiva que configura o ser social, que através dele foi constituída a humanidade tal como ela é. Nesta obra é discutida a forma como o trabalho interferiu na sociedade e na formação do ser social, concluindo que, o ser social é uma estrutura história inconclusa, apta a transformações ao longo do tempo.

Partindo deste ponto, Netto e Braz explanam que é imprescindível entender que o ser social é mais que trabalho, existindo uma categoria, a práxis, que inclui todas a objetivações humanas, revelando que o homem é um ser criativo e autoreprodutivo, ou seja, o homem é produto do que fez e do que faz, ele é produto e criação de sua auto-atividade, mas também a práxis pode estar avessa ao homem, esta última caracteriza a alienação, que é própria da sociedade onde existe divisão social do trabalho, onde o produto da atividade do trabalhar não lhe pertence, sociedades nas quais existe exploração do homem pelo homem.

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