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Fichamento Economia Politica

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Por:   •  21/6/2013  •  751 Palavras (4 Páginas)  •  812 Visualizações

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Marcuse contrapõe a visão Marxista de que a obra de arte represente os interesses e a visão de mundo de determinadas classes sociais e que cada classe só pode produzir um tipo de arte. De igual modo, também, contrapõe a idéia marxista de desvalorização da subjetividade na estética, o realismo social e a arte figurativa. Para ele a libertação social só pode existir com a emancipação individual. A arte para Marcuse é autônoma perante as relações sociais, seu potencial político está na própria arte. E em sua autonomia a arte possui duas características importantes: ela contesta o princípio de realidade social estabelecido e, ao mesmo tempo, o transcende, emancipando-se do mesmo, mas não totalmente apartado um do outro.

Marcuse defende a tese de que “qualidades radicais da arte, ou seja, sua acusação da realidade existente e da “bela aparência” da turbulência baseam-se precisamente nas dimensões em que ela transcende a sua determinação social” (MARCUSE, 2007 p.17). Ele também defende que a função crítica da arte não está somente no conteúdo em si, nem tão pouco em sua forma independente, mas se da na medida em que ela tem sua forma tornado conteúdo.

Para Marcuse, diferente da idéia de fim da arte, trazido pelo avanço do capitalismo onde o poder de emancipação ficaria a cargo do progresso técnico, a arte deve permanecer mesmo após a revolução socialista, pois somente é possível conhecer o fim da arte quando os homens não conseguirem distinguir entre o que é verdadeiro e o que é falso, o que é bem e o que é mal, o que é belo e o que é feio, o que é presente e o que é futuro. Se isto um dia for possível então seria para Marcuse uma “condição de absoluta barbárie, no auge da civilização” (MARCUSE, 1973 p.1180).

Para Marcuse a verdade da arte não é apenas uma questão de estilo, havendo uma autonomia abstrata, ilusória, pois a estética nunca se desvencilha totalmente do mundo material, pois assim não influenciaria a emancipação individual deixando de ser um fator social. Assim o mundo estético artístico sempre tem uma relação com o material, já que a forma estética não se opõe ao conteúdo, mas torna-se parte integrante dele. Neste sentido, a arte faz parte contra o que existe.

Marcuse esclarece aspectos da submissão estética como veículo da submissão não-conformista, onde os objetivos e emoções instintivas, a racionalidade, a imaginação são removidas da sua socialização por uma sociedade repressiva e lutam pela autonomia, embora, segundo Marcuse, num mundo fictício (MARCUSE, 2007 p.45).

Sobre o aprofundamento da visão do mundo artístico Marcuse explica que ao mesmo tempo que a arte engloba todo os elementos do mundo concreto/real, quais sejam: ações, pensamentos, sonhos, sentimentos, entre outras coisas – a obra de arte em si é “irreal”, sendo uma realidade fictícia, não inferior, mas qualitativamente diferente, ou seja, como ilusão, a arte possui mais verdade do que a realidade de todos os dias, pois somente no mundo ilusório as coisas permanecem o que são e o que poderiam ser. A exemplo disso ele aborda um fato histórico que causou muito sofrimento Auschwitz. A pergunta é: a arte tem como fazer esse acontecimento passar-se apenas por ilusório?. A resposta é que a arte não pode representar esse sofrimento sem o sujeitar a forma

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