Economia Solidaria
Trabalho Universitário: Economia Solidaria. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sasilvania • 24/11/2014 • 1.049 Palavras (5 Páginas) • 316 Visualizações
Ou seja,a proposta da Economia Solidária se refere, não só à organização de pessoas para formar
empreendimentos econômicos, mas também organizar os empreendimentos para formarem uma rede de
cooperação construindo outro modelo de sociedade, baseado nos valores de união e respeito à vida.
A proposta da Economia Solidária é inspirada na luta dos operários europeus do século XIX, que
formaram cooperativas buscando alternativas ao desemprego e às péssimas condições de trabalho da época.
Origem: O Movimento do Cooperativismo Revolucionário do século XIX
A origem da Economia Solidária data a primeira metade do século XIX, no contexto da Inglaterra na
Revolução Indústrial. As dificuldades da época propiciaram a mudança e o surgimento de esforços para a
transformação da sociedade. Sendo elas:
z Ausência de leis trabalhistas de proteção ao trabalhador. As condições de trabalho na época eram de
extrema precariedade e exploração, gerando uma grande insatisfação por parte dos trabalhadores;
z Grande massa de desempregados. Com o fim das guerras Napoleônicas em 1815, a indústria bélica
inglesa teve uma grande queda na produção gerando recessão e desemprego.
Com isso, a massa de desempregados e trabalhadores insatisfeitos com suas condições de trabalho
começaram a se auto organizar para, através da ação de cada um, transformar um propósito de
transformação em realidade.
A forma como os trabalhadores começaram foi a criação de uma cooperativa de consumo. Uma
empresa democrática, para comercializar produtos de qualidade a preços baixos.
Dada a insatisfação dos trabalhadores, grande parte realizava suas compras na cooperativa, fazendo
com que a mesma prosperasse e gerasse abundância. A partir desses recursos, outras cooperativas foram
sendo criadas e um verdadeiro movimento de cooperativismo revolucionário foi sendo desenhado.
Revolucionário, pois a intenção era a transformação estrutural da economia e da sociedade.
Esse movimento durou cerca de 50 anos e durante esse tempo diversas ferramentas e práticas foram
apresentadas. A união dessas práticas e ferramentas se encontravam no conceito de Aldeias Cooperativas,
que propunham cidades inteiras organizadas de forma cooperativada.
No fim do século XIX, a organização patronal viabilizou a desarticulação dos trabalhadores. Aliado a
isso, houve a reorientação das críticas ao sistema econômico Capitalista, com o surgimento do
Comunismo científico conhecido como Marxismo. Essa reorientação passou a ver o cooperativismo como
uma forma de apagar o fogo da crise e silenciar a possibilidade da luta dos trabalhadores. Assim, o
cooperativismo revolucionário foi praticamente esquecido durante o século XX.
Resgate: A reinvenção da Economia Solidária na década de 1990
No fim do século XX essas idéias começaram a ser resgatadas criando novamente um ambiente
fértil para a organização de um movimento pratico amplo e organizado, capaz de viabilizar transformações
sociais.
O processo de globalização do mercado internacional, que propôs ou até impôs a expansão do livre
mercado através da redução dos impostos de importação, resultou em um aumento desastroso da
competição internacional resultando em um enfraquecimento da indústria nacional dos países em
desenvolvimento, como o caso do Brasil.
Assim, a partir da expansão da competição, atrelada ao processo de globalização econômica, três
problemas apareceram:
z Aumento do desemprego, ligado à falência de grandes empresas e o enxugamento
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