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Economia títulos de dívida externa

Seminário: Economia títulos de dívida externa. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/9/2014  •  Seminário  •  456 Palavras (2 Páginas)  •  302 Visualizações

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Nos últimos anos, virou moda decantar as qualidades de novos atores no cenário global. Refiro-me às grandes nações emergentes, em especial Brasil, Rússia, Índia e China, o já famoso Bric. Por algum tempo, porém, houve quem considerasse o Brasil algo deslocado no grupo. Afinal, a China se tornou a principal estrela da economia global na última década, a Índia passou a segui-la de perto mais recentemente e a Rússia surfou como poucos o boom nos preços do petróleo. À luz das estatísticas, tal vigor não encontrava paralelo no Brasil. Quem se dispusesse a entender as transformações mais profundas no cenário brasileiro, porém, já teria percebido o erro que é não considerar seriamente a hipótese de o Brasil se alçar como novo peso pesado da economia mundial. Destaco três áreas em que o país vem trilhando um caminho de renovação. A primeira é a macroeconomia. Nem precisamos voltar aos anos 80 e à confusão reinante em meio à hiperinflação. Mesmo uma comparação recente mostrará que, em pouco tempo, o país se transformou. A inflação foi domada. A dívida do setor público está hoje abaixo de

40% do PIB. O país tem sido capaz de emitir títulos da dívida externa em reais, o

que demonstra a confiança de investidores internacionais. As reservas somam 200 bilhões de dólares. E o déficit em conta corrente é pequeno. Além disso, o setor financeiro encontra-se completamente sólido.

A segunda área, como resultado desses e de outros avanços, é que o país atingiu patamares novos em termos de crescimento econômico. A crise global em curso fez com que o tema do crescimento pareça um fora do lugar. Mas não devemos nos esquecer que, até a eclosão da tormenta financeira, e pela primeira vez em muito tempo, o Brasil passou a crescer num ritmo já bastante interessante, especialmente quando se considera seu nível médio de renda, muito superior ao de China e Índia. Se e quando irá conseguir apresentar um desempenho semelhante, ainda são questões em aberto – mas essa dúvida se coloca hoje para todos os países.

O terceiro front que merece destaque é o social. Poucos países no mundo têm motivos para comemorar o avanço em termos de inclusão como o Brasil, graças a uma combinação de crescimento mais forte e, principalmente, uma vasta rede de proteção. Ela será de fundamental importância a partir de agora, com o inevitável desaquecimento econômico do país. Quando se considera os três ângulos de análise – a macroeconomia, o crescimento e a inclusão social –, fica claro que o Brasil não apenas merece estar entre os Bric como provavelmente seja o mais bem-sucedido dentre eles. Não apresenta taxas de expansão tão altas como China e índia, mas compensa com avanços sólidos em outras esferas.

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