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Edgar Morin

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Por:   •  11/9/2013  •  2.468 Palavras (10 Páginas)  •  824 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Atividade importante para compreensão das primeiras pesquisas de Edgar Morin. Ver que as teorias não são apenas ideias, conceitos abstratos criados pelo autor, mas resultados de muitas pesquisas, da observação do comportamento da sociedade, e a relação das pessoas com os primeiros meios de comunicação de massa. E como a época em que ela é criada, a situação política e econômica desse momento é um fator de grande importância.

EDGAR MORIN

Nasceu em 1921 em Paris, tendo como verdadeiro nome Edgar Nahoum. Estudou História, Geografia e Direito na Sorbonne, onde se aproximou do Partido Comunista, ao qual se filiou m 1941. Durante a Segunda Guerra Mundial, Morin teve uma participação ativa, no movimento de resistência à ocupação nazista. Logo após o final da guerra, participou da ocupação da Alemanha.

Em 1949, distanciou-se do PC (Partido Comunista), que o expulsou dois anos depois. Ingressou no Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), onde realizou um dos primeiros estudos etnológicos produzidos na França, sobre uma comunidade da região da Bretanha. Criou o Centro de Estudos de Comunicações de Massa e as revistas Arguments e Comunication.

Em 1961 rodou o filme Crônica de um Verão em parceria com o documentarista Jean Rouch. Após o lançamento do filme, fez uma série de viagens à América Latina. No ano de 1968 começou a lecionar na Universidade de Nanterre. Passou um ano no Instituto Salk de Estudos Biológicos em La Jolla, na Califórnia, onde acompanhou descobertas da genética. Redigiu em 1994, com o semiólogo português Lima de Freitas e o físico romeno Basarab Nicolescu, um manifesto a favor da transdisciplinaridade.

Promoveu com o governo francês, em 1998, jornadas temáticas que originaram o livro A Religação dos Saberes. Foi condenado pela justiça, em 2002, por difamação racial devido a um artigo no qual dizia que "os judeus, que foram vítimas de uma ordem impiedosa, impõem sua ordem impiedosa aos palestinos". Morin, que é judeu, pagou 1 euro como pena simbólica. Ainda diretor de pesquisas no CNRS, ele é doutor honores causa em universidades de vários países e presidente da Associação para o Pensamento Complexo.

TEORIAS DE MORIN

A teoria de Edgar Morin surgiu no auge do nascimento de outras teorias que tentavam explicar o comportamento homogêneo da sociedade moderna, comumente chamada de “cultura em massa”. Esse termo surgiu após a criação das mídias que abrangem os meios de comunicação: radio e televisão até aquela época. Esses meios foram designados assim, pois atingiam um grande número de pessoas influenciando-as em seus comportamentos e decisões. Entre tantas teorias que estavam surgindo na França e espelhando se pelo mundo, Edgar ressaltava que o convívio entre a cultura de massa e as outras culturas era corrompido, pois a cultura de massa prevalecia gerando assim hoje a chamada globalização.

No lugar da especialização, da simplificação e da fragmentação de saberes, ele propõe o conceito de complexidade. Ela é a ideia-chave de O Método, a obra principal do sociólogo, que se compõe de seis volumes, publicados a partir de 1977. A palavra é tomada em seu sentido etimológico latino, "aquilo que é tecido em conjunto". O pensamento complexo, segundo Edgar, tem como fundamento formulações encontradas no campo das ciências exatas e naturais, como as teorias da informação, dos sistemas e a cibernética, que evidenciaram a necessidade de superar as fronteiras entre as disciplinas. "Ele considera a incerteza e as contradições como parte da vida e da condição humana e, ao mesmo tempo, sugere a solidariedade e a ética como caminho para a religação dos seres e dos saberes", diz Izabel Cristina Petraglia, professora do Centro Universitário Nove de Julho, em São Paulo.

Para o pensador, os saberes tradicionais foram submetidos a um processo reducionista que acarretou a perda das noções de multiplicidade e diversidade. E menciona ainda que a simplificação está a serviço de uma falsa racionalidade, que passa por cima da desordem e das contradições existentes em todos os fenômenos e nas relações entre eles.

PROCESSOS DE REFLEXÕES SOBRE COMUNICAÇÃO DE MASSA.

Edgar trabalhou como redator em vários jornais ligados ao partido comunista francês, aonde era muito critico com suas matérias e daí gerando atritos com os comunistas. Após ficar sem trabalho, começou a escrever o livro ‘‘O homem e a Morte’’, a partir daí, formou a sua base da cultura transdisciplinar e foi trabalhar no centro nacional de pesquisas cientificas. Deu inicio ao seu livro autocrítico que foi publicado em 1959, onde fez um primeiro balanço de sua vida e da participação do meio cultural e político de seu tempo.

Entrou no CNRS no início dos anos 1950, e aí desenvolveu a seu modo o estudo da cultura de massa. Iniciou as suas três teorias que considera interpenetrastes e inseparáveis, a cibernética, a teoria do sistema e a teoria da informação. Em Paris começou a fundar o centro de estudos bi antropológico e de antropologia fundamental, nesse processo de reorganização dos princípios de conhecimento, começou a trabalhar uma das obras fundamentais do pensamento complexo: O Método.

O objetivo de “O Método” é promover uma reforma do pensamento. Trata-se inicialmente de aprender a ultrapassar as oposições binárias natureza/cultura, indivíduo/sociedade, determinismo/liberdade, sujeito/objeto. Aprender a combinar os determinismos e as incertezas do acaso, combinar entre eles as forças múltiplas que se entrelaçam em toda a identidade humana. Colocou em destaque alguns dos seus pensamentos desenvolvidos a partir do método sistêmico e das ciências da auto-organização: princípio da recursividade, princípio dialógico, princípio hologramático.

Com isso, ocorre uma visão do mundo social onde a ordem e a desordem se misturam, onde as ações individuais e os acontecimentos são ao mesmo tempo produtos e produtores da dinâmica social, onde os fenômenos de emergência e de bifurcação vem romper as regularidades da ordem social. Ao mesmo tempo em que Edgar Morin elaborou uma nova conduta do pensamento, ele se liga a alguns dos fenômenos contemporâneos.

DADOS MARCANTES DA ÉPOCA.

O início do século 20 foi marcado por duas revoluções científicas:

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