Educação Bilíngue

Educação Bilíngue

Acredito que a formação do educador deve ser voltada para atendimento às diversidades encontradas em uma sala de aula. Nos dias atuais, com a inclusão sendo garantida por lei às pessoas com necessidades especiais, não podemos pensar que o professor poderá trabalhar apenas com boa vontade e criatividade. Faz-se necessário que o mesmo esteja apropriado e dominando conhecimentos sobre a surdez, cultura e identidade surda, bem como noções e/ ou fluência da língua de sinais para que as barreiras linguísticas sejam ultrapassadas e os direitos legais da pessoa surda sejam salvaguardados. Aliado a uma formação adequada, surgem o desejo e a criatividade para desenvolver atividades e conteúdos, usando recursos visuais que atendam as demandas de aprendizagem do educando. Faz-se necessário reconhecer que a língua de sinais é uma segunda língua para eles e, portanto, requer estudo e prática para ser bem compreendida e produzida.

A escola deve buscar alternativas para garantir à criança acesso aos conhecimentos escolares na língua de sinais e o ensino da língua portuguesa como segunda língua proporcionando atividades que insiram a criança no processo de alfabetização como autora do próprio processo.

Além de buscar desenvolver habilidades de discriminação visual, explorando a comunicação de forma espontânea e ampliando constantemente vocabulário.

Não basta aceitar a criança surda na escola ou aceitar sua condição bilíngue assumindo a Língua de Sinais, se a da Surdez não for respeitada de forma integral.

É preciso assumir um projeto educacional comprometido que mude e ou adapte as estratégias pedagógicas, a organização do espaço acadêmico, o currículo adotado de maneira a contemplar as necessidades e características da comunidade Surda.