Educação E Cultura

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 28º ed., 1993.

Nós seres humanos vivemos experiências de aprendizagem nos diversos setores: em casa, na rua, igreja e na escola. Vivemos estas experiências e passamos por experiências do tipo: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver. Todos os dias misturáramos a vida com a educação.

“Educação? Educações: aprender com o índio”, o autor nos conta que há muitos anos atrás nos Estados Unidos, Virgínia e Maryland assinaram um tratado de paz com os índios das Seis Nações e como as promessas e os símbolos da educação sempre foram adequados a momentos solenes como aquele, logo depois os seus governantes mandaram cartas aos índios para que enviassem alguns de seus jovens às escolas dos brancos. Os chefes da tribo responderam agradecendo e recusando o convite. A carta acabou conhecida porque Benjamim Franklin que a divulgou.

“... Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo coração. Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa ideia de educação não é a mesma que a nossa... Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência. Mas, quando eles voltavam para nós eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportarem o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros. Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão oferecemos aos nobres senhores de Virgínia que nos enviem alguns dos seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos deles, homens” (p. 8-9).

Quando falamos de Educação logo pensamos em escolas tradicionais aonde os alunos vão ao encontro da sabedoria e achamos que somente nesse ambiente a criança vá aprender, mas quando vemos sobre outros modos de aprendizagem como o autor mostrar nas aldeias. Vemos que não e somente nas escolas mais que nas tribos as crianças aprendem com os adultos e os mais velhos e nos rituais. Nas aldeias as crianças têm a conviver mais com a natureza a aprender sobre a sobrevivência. Todos os dias os índios aprendem, pois eles aprendem com o dia a dia com a convivência de um com o outro e o mais essencial que eles aprendem e o respeito pelo outro.

A educação acontece em locais onde não há escola, já que por toda parte pode haver “redes e estruturas sociais de transferência de saber de uma geração a outra, onde não foi sequer criado a sombra de algum modelo de ensino formal e centralizado. A educação aprende com o homem a continuar o trabalho da vida” (p. 13).

Em todos os lugares e ate mesmo os mais simples, tem ate diversos tipos de treinamento através das trocas sociais que se socializam as crianças e adolescentes.

Cada tipo de grupo humano cria e desenvolve situações, recursos e métodos empregados para ensinar às crianças, aos adolescentes, e também aos jovens e