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Educação E Infância Segundo Rousseau

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Por:   •  29/11/2014  •  2.390 Palavras (10 Páginas)  •  690 Visualizações

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Educação e Infância segundo Rousseau

Introdução

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) filósofo suíço que tem seu nome ligado a revolução francesa.

Pertencente ao movimento Iluminismo Rousseau acreditava que educação deveria se preocupar com a formação moral e política.

Acreditava também que o homem tinha a bondade em sua natureza e que ele era corrompido pelo sistema.

Rousseau dentre suas obras as duas mais significativas são Do Contrato Social e o Emílio. Ao que consta essas obras são de assuntos diferentes porém acabam se encontrando, para esse entendimento é preciso analisar as demais obras e correspondências de Rousseau.

Na Obra Emílio Rousseau, abordou assuntos de educação e infância, estruturando este livro em cinco partes, onde ele relata desde o nascimento ate os 25 anos de Emílio.

Rousseau usava de uma maneira diferenciada de pensar, dita por alguns estudiosos como própria. Outro aspecto que diferencia suas obras é a escrita na primeira pessoa.

1- Entendendo Rousseau

Cerizara (1990, p. 34) cita que Rousseau se define: “Leitores, lembrem-se sempre de que aquele que lhes fala não é nem sábio nem filósofo, mas um homem simples, amigo de verdade, sem partido, sem sistema; um solitário que, convivendo pouco com os homens, tem menos ocasiões de se deixar impregnar por seus preconceitos e mais tempo para refletir sobre o que impressiona quando os freqüenta”.

Para o site (http://revistaescola.abril.com.br/historia/praticapedagogica/ filosofo-liberdade-como-valor-supremo-423134.shtml acessado em 31/10/2009) O princípio fundamental de toda a obra de Rousseau, como ela é definida até os dias atuais, seria que o homem é bom por natureza, mas está submetido à influência corruptora da sociedade. Um dos sintomas das falhas da civilização em atingir o bem comum, de acordo com Rousseau, é a desigualdade, que se destaca em duas maneiras: a primeira seria que se deve às características individuais de cada ser humano e a segunda seria aquela causada por circunstâncias sociais. Entre essas causas, Rousseau inclui desde o surgimento do ciúme nas relações amorosas até a institucionalização da propriedade privada como pilar do funcionamento econômico.

“Rousseau dividiu a vida do jovem – e seu livro Emílio – em cinco fases: lactância (até 2 anos), infância (de 2 a 12), adolescência (de 12 a 15), mocidade (de 15 a 20) e início da idade adulta (de 20 a 25). Para a pedagogia, interessam particularmente os três primeiros períodos, para os quais Rousseau desenvolve sua idéia de educação como um processo subordinado à vida, isto é, à evolução natural do discípulo, e por isso chamado de método natural. O objetivo do mestre é interferir o menos possível no desenvolvimento próprio do jovem, em especial até os 12 anos, quando, segundo Rousseau, ele ainda não pode contar com a razão. O filósofo chamou o procedimento de educação negativa, que consiste, em suas palavras, não em ensinar a virtude ou a verdade, mas em preservar o coração do vício e o espírito do erro. Desse modo, quando adulto, o ex-aluno saberá se defender sozinho de tais perigos.” (http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/filosofo-liberdade-como-valor-supremo-423134.shtml, acessado em 30/11/2009).

Partindo desta lógica Rousseau tem sua crença de que o homem nasce bom por natureza, e que ao decorrer de sua vida a sociedade o corrompe, e deste ponto se tem a partida para este estudo.

2- A valorização da infância e suas especificidades

Rousseau dividiu o livro Emílio, que fala da educação e da infância em cinco partes, na primeira parte ele aborda do nascimento aos 2 anos de idade, nesse livro ele aborda questões como:

Cerizara (1990, p. 38) cita que neste primeiro livro compreende-se o desenvolvimento da criança desde seu nascimento ate a idade de 2 anos, que Rousseau compõe sua obra fazendo escolhas, e ao mesmo tempo que ele conceitua e explicita o significado que dá aos elementos envolvidos nessas escolhas.

“Dessa forma ele delimita o objeto do seu livro e abre espaço para tratar da educação do individuo, partindo da concepção fundamental de que O HOMEM É NATURALMENTE BOM. Não se trata, obviamente, do bem moral [...]”

(Cerizara, 1990, p.38)

Cerizara (1990, p. 38) Afirma ainda que para Rousseau opina que toda ação do homem é um mal, na medida em que esta alude ao homem natural, ou seja, aquilo que o homem não é mais vivendo em sociedade.

Cerizara (1990, p. 39) afirma ainda que Rousseau usa a comparação com uma planta para legitimar sua afirmação de que a educação é fator preponderante na formação humana e que por isso ela deve ter inicio logo após seu nascimento.

De acordo com Rousseau, assim que a vida começa, as necessidades surgem. Se a mãe consentisse em cumprir bem as suas responsabilidades para com o seu filho, não seria necessária uma ama-de-leite para o recém nascido, as orientações que seriam dadas por escrito ao preceptor ou ama-de-leite, passariam a ser transmitidas pela própria mãe. Segundo ele, isto seria vantajoso para a criança, assim manteria o preceptor afastado de seu aluno, deixando que o interesse e estima da criança fosse voltado unicamente para a mãe, para que esta fique sempre atenta aos conselhos do mestre, procurando sempre fazer o melhor para a criança. “Se precisarmos de uma ama-de-leite estranha comecemos por bem escolhê-la” (ROUSSEAU, 2004, p. 38).

Segundo Neto ( disponível em http://www.unicamp.br/~jmarques/curso

s/rousseau2001/mdn.htm, acessado em 30/11/2009)Rousseau, acredita que se faz necessário pensar seriamente no significado da infância que começa com o nascimento da criança que, por sua vez, deve ser também educada a partir daí. Ou seja: a educação deverá começar a partir do memento em que a criança vem ao mundo. Assim deve ser por se tratar da necessidade de formamos o homem, antes que este possa se inserir na sociedade como cidadão. No Emílio, diz-nos da impossibilidade de formar ao mesmo tempo o homem e o cidadão. Mas, considerando, por outro lado, a necessidade de termos homens capazes de assumir sua cidadania, faz-se necessário também compreender a necessidade de formar o homem, o que não poderá ser feito concomitantemente à formação do cidadão, nem muito menos em um momento posterior. O ser, que desde o seu surgimento no mundo, é designado

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