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Educação Em/para Direitos Humanos

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Por:   •  16/4/2014  •  1.073 Palavras (5 Páginas)  •  332 Visualizações

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Uma educação acautelada é a prova do direito a liberdade, o direito do pleno gozo a vida, a igualdade perante a lei. Ou seja, seus direitos civis e políticos assegurados por um Estado democrático, que esteja consciente que todos os cidadãos são livres e iguais em dignidade e direito. Portanto, os indivíduos que adquiri o conhecimento dos seus direitos e a usa com dignidade e moral, estarão garantindo o exercício da cidadania.

Segundo Adorno, em seu livro Educação e Emancipação, onde destaca a questão da liberdade no processo da educação, evitando assim o que ele chama de ‘‘barbárie’’, e busca a emancipação de cada indivíduo.

‘‘[...] desbarbarizar tornou-se a questão mais urgente da educação hoje em dia. O problema que se dispõe nesta medida é saber se por meio da educação pode-se transformar algo de decisivo em relação à barbárie. Entendo por barbárie algo muito simples, ou seja, que, estando na civilização do mais alto desenvolvimento tecnológico, as pessoas se encontrem atrasadas de um modo peculiarmente disforme em relação a sua própria civilização [...]’’(pág.155)

A barbárie pode ser entendida como o impulso que cada homem traz consigo, o qual, se manifesta-se de várias formas, não apenas no ato de agressão física ao outro.

‘‘[...] não é barbárie a demonstração de jovens ou adultos baseada em considerações racionais, ainda que rompa os limites da legalidade. Mas que é barbárie, por outro lado, a intervenção exagerada e objetivamente desnecessária da política numa situação destas.’’ (pag. 160)

A manifestação de agressividade no cotidiano que chegou a situações extremas, marcada por este impulso de barbárie, como os campos de extermínio da Segunda Grande Guerra Mundial. Uma educação autoritária marcada na história.

A emancipação evita a repressão, aproximando assim a sociedade e abrindo um espaço maior no caráter industrial, favorecendo o processo de formação de indivíduos críticos e emancipados, pessoas capazes de controlar o impulso destrutivo que lhes é inerente. Desta forma, a educação transforma em pessoas autônomas, onde se contribui para que barbáries não se repitam.

O que aconteceu em Auschwitz espera-se que não volte a se repetir, segundo Adorno, esta é a meta principal da educação. Logicamente a barbárie continuará existindo enquanto persistirem as condições a fatos como este e outros que presenciamos em nosso cotidiano. Em analises, Adorno busca referência em Freud. Em seus ensaios, Freud mostra a tendência anti-civilizatória dos indivíduos. Um exemplo desse instinto destrutivo é o genocídio, que se espalhou por muitos países no século XIX.

A dignidade é um valor fundamental aos seres humanos. Enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) construíam as bases para sua Carta de Direitos Humanos, no mesmo período o Brasil vivia a total violação dos direitos humanos com o regime da ditadura militar.

Os direitos humanos começaram assim ser reivindicados pelos movimentos sociais, como por exemplo, o Movimento Feminino pela Anistia e também a luta da Arquidiocese de São Paulo contra a tortura.

A resistência a este tipo de barbárie estendeu-se pelo país durante os anos de 1974 a 1978, onde muitos deputados e senadores ligados ao partido MDB, na época oposição, conseguiram ser eleitos, onde puderam denunciar institucionalmente a violação dos direitos humanos.

Nas palavras de Adorno:

“Eu diria que a educação tem muito mais a declarar acerca do comportamento no mundo do que intermediar para nós alguns modelos ideais preestabelecidos. Pois se não fosse por outro motivo, a simples e acelerada mudança da situação social bastaria para exigir dos indivíduos qualidades que podem ser designadas como capacitação à flexibilidade, ao comportamento emancipado e crítico.” (Pág. 141)

A educação tem um papel muito importante no desenvolvimento de nossas crianças, um país democrático, habitado por cidadãos emancipados, faz com que a barbárie fique no passado, hoje podemos perceber que a educação é uma principal arma contra qualquer outro fato que venha a desvalorizar a pessoa enquanto ser humano.

Os movimentos estudantis, este cada vez mais se integra no

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