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Educação Escpecial

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Por:   •  22/3/2014  •  4.137 Palavras (17 Páginas)  •  942 Visualizações

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1 - O que é a Educação Especial?

Já há algum tempo tem-se vindo a ouvir falar de Educação Especial e de Necessidades Educativas Especiais, mas será que na realidade se sabe do que se está a falar?

Durante muito tempo viveu-se a exclusão escolar das crianças com Necessidades Educativas Especiais na nossa sociedade. Quando se tratavam de deficiências severas, as crianças eram normalmente inseridas em escolas especiais, como as Cercis ou Instituições privadas do gênero, o que acontecia quando havia apoio por parte da Segurança Social ou boas condições financeiras familiares. Caso contrário, as crianças não iam à escola permanecendo em casa com as suas famílias. Com o passar dos anos e a latente necessidade de instruir todas as crianças em ambiente escolar inclusivo, surge a Educação Especial nas escolas regulares, baseada no lema “Escola para todos”.

A Educação Especial é uma vertente da escola moderna que despontou com a reestruturação das escolas regulares para atender às necessidades de todas as crianças. Na Educação Especial inserem-se todos os alunos que, quer por deficiência física, motora ou mental, ou por problemas cognitivos e de aprendizagem, não conseguem acompanhar o ensino regular e por isso têm que ter uma “Educação Especial”.

Há quem seja da opinião que as crianças com deficiência física, motora ou mental devem frequentar Instituições especializadas, contudo tem sido comprovado que estas crianças em contexto escolar normal também desenvolvem capacidades importantes para o seu desenvolvimento, como por exemplo, a socialização. No entanto, não nos podemos esquecer que a frequência da escola regular ou da instituição também vai depender do grau da sua deficiência, dado a escassez de meios físicos e de pessoal especializado nas escolas para lidar com certas situações. Porém, é frequente, mas errado pensar que os alunos com Necessidades Educativas Especiais são apenas os que têm deficiências aos níveis sensoriais (visão e audição), motor ou mental. As Necessidades Educativas Especiais abrangem todos os alunos que apresentam problemas educativos de caráter prolongado e graves dificuldades a nível escolar.

http://neeiscia.blogspot.com.br/

2 - Os objetivos da Educação Especial

Os objetivos da educação especial são os mesmos da educação em geral, o que difere é o atendimento, que passa ser de acordo com as diferenças individuais do educando.

Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas – ONU, as pessoas portadoras de deficiências representam 10% da população mundial. Esse percentual pode ser mais elevado quando se trata de países, como o Brasil, onde as condições socioeconômicas da população são precárias.

2.1 - Existem três categorias na Educação Especial:

Na categoria dos dependentes, estão aqueles atendidos somente em clínicas, pois, dependem totalmente de serviços necessários para sua total sobrevivência, não conseguem ter hábitos higiênicos, não conseguem se vestir, necessitando de um acompanhamento de 24 horas.

Na categoria dos treináveis, estão aqueles que frequentam escolas especiais, eles já conseguem se defender dos perigos, repartir e respeitar os outros, já adquirem hábitos rotineiros de higiene, necessitando somente de ajuda e supervisão. E na maioria dos casos, o retardo é identificado nos primeiros anos de vida.

Na categoria dos educáveis, estão aqueles que frequentam classes especiais, esses já possuem vocabulário suficiente para a vida diária, e habilidade de adaptação pessoal e social, geralmente essas crianças atingem na fase adulta, uma idade de desenvolvimento mental entre sete e doze anos.

A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, em classes comuns, exige que a escola regular se organize de forma a oferecer possibilidades objetivas de aprendizagem a todos os alunos, especialmente àqueles portadores de deficiências.

Referências bibliográficas:

http://portal.mec.gov.br

SIMÃO, Antoniette & SIMÂO, Flavia. Inclusão: Educação Especial – educação essencial. São Paulo: Livro pronto, 2004.

3 – A Educação Especial no Brasil – da Exclusão à Inclusão Escolar

3.1 - Legislação e concepções de atendimento escolar

Nossas leis educacionais sempre dedicaram capítulos à educação de alunos com deficiência, como um caso particular do ensino regular.

A educação especial figura na política educacional brasileira desde o final da década de 50 e sua situação atual decorre de todo um percurso estabelecido por diversos planos nacionais de educação geral, que marcaram sensivelmente os rumos traçados para o atendimento escolar de alunos com deficiência.

A evolução dos serviços de educação especial caminhou de uma fase inicial, eminentemente assistencial, visando apenas ao bem-estar da pessoa com deficiência para uma segunda, em que foram priorizados os aspectos médico e psicológico Em seguida, chegou às instituições de educação escolar e, depois, à integração da educação especial no sistema geral de ensino. Hoje, finalmente, choca-se com a proposta de inclusão total e incondicional desses alunos nas salas de aula do ensino regular.

Essas transformações têm alterado o significado da educação especial e deturpado o sentido dessa modalidade de ensino. Há muitos educadores, pais e profissionais interessados que a confundem como uma forma de assistência prestada por abnegados a crianças, jovens e adultos com deficiências. Mesmo quando concebida adequadamente, a educação especial no Brasil é entendida também como um conjunto de métodos, técnicas e recursos especiais de ensino e de formas de atendimento escolar de apoio que se destinam a alunos que não conseguem atender às expectativas e exigências da educação regular.

Ainda hoje, fica patente a dificuldade de se distinguir o modelo médico/ pedagógico do modelo educacional/escolar da educação especial. Esse impasse faz retroceder os rumos da educação especial brasileira, impedindo-a de optar por posições inovadoras, como é o caso da inserção de alunos com deficiência em escolas inclusivas.

O que parece estar claro é que os legisladores estabeleceram uma relação direta entre alunos com deficiência e educação especial. Essa correspondência binária nem sempre é a que mais nos interessa, principalmente quando temos como objetivo a inserção total e incondicional de todos os alunos, nas escolas

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