Educação ecológica

Resumo: Esta nota de pesquisa descreve uma proposta de estudo que visa identificar a

mudança de comportamento em pessoas que recebem Educação Ambiental (EA) formal e

daquelas que trabalham em empresas que possuem sistema de gestão ambiental ISO14000.

Pretende-se, com a aplicação de questionários semi-estruturados com estudantes de

diferentes escolas e níveis de ensino e colaboradores de empresas, identificar relações entre

a mudança de comportamento e forma de ensino (formal ou informal), a faixa etária, o nível

de ensino e o nível social. Espera-se que os resultados indiquem se a EA está promovendo

mudanças no comportamento humano, além de indicarem em qual momento esta é mais

eficaz. Acredita-se que diante dos dados levantados e suas respectivas análises quantitativas

e qualitativas, tanto o poder público quanto privado, possam utilizá-los como ferramenta

norteadora de futuros projetos e investimentos em EA para que promova a mudança de

comportamento

1. Introdução

A Educação Ambiental (EA) teve seu reconhecimento enquanto elemento essencial no

combate à crise ambiental no mundo em 1972, na Conferência da ONU sobre o Ambiente

Humano, em Estocolmo na Suécia. No Brasil começou a ter reconhecimento a partir da

década de 90, após anos de luta dos ambientalistas (RUSCHEINSKY, 2002). O ápice deste

reconhecimento aconteceu, de acordo com Ruscheinsky, (2002), com a promulgação da Lei

9795, em 27 de abril de 1999, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental

(PNEA).

De acordo com Carvalho (2006) a EA constitui uma ¨proposta pedagógica concebida

como nova orientação em educação a partir da consciência da crise ambiental.¨ No setor

produtivo, de acordo com Berna (2010) a variável ambiental é uma realidade que chegou

definitivamente nas empresas modernas.

É possível fazer um comparativo entre as atividades de educação ambiental que

acontece nas escolas e aquelas de treinamento e capacitação de empresas e indústrias, pois

ambas atuam sobre o mesmo sujeito e buscam transformar as mesmas questões

(RUSCHEINSKY org., 2002). Isto significa que é possível trabalhar EA com funcionários de

uma indústria, envolvidos nos processos produtivos, e desenvolver nestes novos

conhecimentos, habilidades e atitudes que promovam o comportamento pró-ambiental.

Sendo