Educação não formal
Relatório de pesquisa: Educação não formal. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lomahrodrigues • 22/4/2014 • Relatório de pesquisa • 1.688 Palavras (7 Páginas) • 323 Visualizações
Introdução
Neste texto pontuaremos a ação da educação não-formal e a possibilidade desta ação na sociedade, Educação não-formal são as atividades ou programas organizados fora o sistema regular de ensino, com objetivos educacionais bem definidos. A Educação não-formal vem tomando grandes proporções na área da educação na sociedade atual, um exemplo isso são as crescentes ações de instituições tanto governamentais, quanto não governamentais, prioritariamente no atendimento a criança e ao adolescente, a ação da educação não-formal se caracteriza como uma prática lúdica, cultural política e social.
Se estivesse claro para nós que foi aprendendo que aprendemos ser possível ensinar, teríamos entendido com facilidade a importância das experiências informais nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios, em que variados gestos de alunos, de pessoal administrativo, de pessoal docente se cruzam cheios de significação.
(FREIRE, 1997, p.50)
Educação não-formal
A educação não-formal, porém, define-se como qualquer tentativa educacional organizada e sistemática que, normalmente, se realiza fora dos quadros do sistema formal de ensino, a educação não-formal não se submete a ordenamentos jurídicos do Estado, compreende toda atividade educativa organizada e sistemática que ocorre fora do sistema oficial de ensino, com o objetivo de facilitar determinados tipos de aprendizagem a grupos específicos da população. Refere-se àquelas “atividades com caráter de intencionalidade, porém com baixo grau de estruturação e sistematização, implicando certamente relações pedagógicas, mas não formalizadas”. (LIBÂNEO, 2008, p. 89).
Essas atividades educacionais, apesar de possuírem objetivos claros e bem definidos, são organizadas e estruturadas de maneira flexível. Apresenta um caráter complementar a Educação Formal, portanto, não conferem graus ou títulos aos seus participantes, apenas podem conceder certificados de aprendizagem obtida.
Como trata Gohn, (2006, p.31-32) em seu texto em relação à metodologia da educação
não-formal:
Na educação não-formal, as metodologias operadas no processo de aprendizagem parte da cultura dos indivíduos e dos grupos. O método nasce a partir de problematização da vida cotidiana; os conteúdos emergem a partir dos temas que se
colocam como necessidades, carências, desafios, obstáculos ou ações empreendedoras a serem realizados os conteúdos não são dados a priori. São construídos no processo. O método passa pela sistematização dos modos de agir e de pensar o mundo que circunda as pessoas. Penetra-se, portanto no campo do simbólico, das orientações e representações que conferem sentido e significado às ações humanas. Supõe a existência da motivação das pessoas que participam. Ela não se subordina às estruturas burocráticas. É dinâmica. Visa à formação integral dos indivíduos. Neste sentido tem um caráter humanista.
Ambiente não formal e mensagens veiculadas “falam ou fazem chamamentos” às pessoas e aos coletivos, e as motivam. Mas como há intencionalidades nos processos e espaços da educação não-formal, há caminhos, percursos, metas, objetivos estratégicos que podem se alterar constantemente. Há metodologias, em suma, que precisam ser desenvolvidas, codificadas, ainda que com alto grau de provisoriedade, pois o dinamismo, a mudança, o movimento da realidade segundo o desenrolar dos acontecimentos, são as marcas que singularizam a educação não-formal.
Na educação não-formal quem educa ou é o agente do processo de construção do saber é o outro, aquele com quem interagimos ou nos integramos; os espaços educativos localizam-se em territórios que acompanham as trajetórias de vida dos grupos e indivíduos, fora das escolas, em locais informais, locais onde há processos interativos intencionais.
A educação não-formal ocorre em ambientes e situações interativas construídos coletivamente, segundo diretrizes de dados grupos, usualmente a participação dos indivíduos é optativa, mas ela também poderá ocorrer por forças de certas circunstancias da vivência histórica de cada um. Há na educação não-formal uma intencionalidade na ação, no ato de participar, de aprender e de transmitir ou trocar saberes.
A finalidade ou objetivos da educação não- formal é capacitar os indivíduos a se tornarem cidadãos do mundo, no mundo. Sua finalidade é abrir janelas de conhecimento sobre o mundo que circunda os indivíduos e suas relações sociais. Seus objetivos não são dados a priori, eles se constroem no processo interativo, gerando um processo educativo. Um modo de educar surge como resultado do processo voltado para os interesses e as necessidades que dele participa. A construção de relações sociais baseadas em princípios de igualdade e justiça social, quando presentes num dado grupo social, fortalece o exercício da cidadania. A transmissão de informação e formação política e sócio cultural é uma meta na educação não formal. Ela preparar os cidadãos educa o ser humano para a civilidade, em oposição à barbárie, ao egoísmo, individualismo etc.
A educação não- formal poderá desenvolver, como resultados, uma série de processos tais como:
* consciência e organização de como agir em grupos coletivos;
* a construção e reconstrução de concepção (s) de mundo e sobre o mundo,;
* a contribuição para um sentimento de identidade com uma dada comunidade;
* forma o indivíduo para a vida e suas adversidades ( e não apenas capacita-o para entrar no mercado de trabalho);
* quando presente em programas com crianças ou jovens adolescentes a educação não-formal resgata o sentimento de valorização de si próprio (o que a mídia e os manuais de auto-ajuda denominam, simplificadamente, como a auto-estima); ou seja dá condições aos indivíduos para desenvolverem sentimentos de autovalorização, de rejeição dos preconceitos que lhes são dirigidos, o desejo de lutarem para de ser reconhecidos como iguais (enquanto seres humanos), dentro de suas diferenças (raciais, étnicas, religiosas, culturais etc.);
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